quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Jabuticabas



Um senhor de idade avançada estava cuidando da planta com todo o carinho, quando um jovem aproximou-se dele e perguntou:
- Que planta é esta que o senhor está cuidando?
- É uma jabuticabeira - respondeu o senhor.
- E ela demora quanto tempo para dar frutos?
- Pelo menos uns quinze anos - informou o senhor.
- E o senhor espera viver tanto tempo assim? Indagou irônico o rapaz.
- Não, não creio que viva mais tanto tempo, pois já estou no fim da minha jornada - disse o ancião.
- Então, que vantagem você leva com isso, meu velho?
- Nenhuma, exceto a vantagem de saber que ninguém colheria jabuticabas, se todos pensassem como você...

Como Usar as Palavras


Certa vez, uma jovem foi ter com o bom homem, São Filipe Neri, para confessar seus pecados. Ele já conhecia muito bem uma de suas falhas: não que ela fosse má, mas costumava falar dos vizinhos, deduzindo histórias sobre eles. Essas histórias passavam de boca em boca e acabavam fazendo mal – sem nenhum proveito para ninguém.
São Filipe lhe disse:
– Minha filha, você age mal falando dos outros; tenho que lhe passar uma penitência. Você deverá comprar uma galinha no mercado e depois caminhar para fora da cidade. Enquanto for andando, deverá arrancar as penas e ir espalhando-as. Não pare até ter depenado completamente a ave. Quando tiver feito isso, volte e me conte.
Ela pensou com seus botões que era mesmo uma penitência muito singular! Mas não objetou. Comprou a galinha, saiu caminhando e arrancando as penas, como ele lhe dissera. Depois, voltou e reportou a São Filipe.
– Minha filha – disse o Santo –, você completou a primeira parte da penitência. Agora vem o resto.
– Sim, o que é, padre?
– Você deverá voltar pelo mesmo caminho e catar todas as penas.
– Mas, padre, é impossível! A esta hora, o vento já as espalhou em todas as direções. Posso até conseguir algumas, mas não todas!
– É verdade, minha filha. E não é isso mesmo que acontece com as palavras tolas que você deixa sair? Não é verdade que você inventa histórias que vão sendo espalhadas por aí, de boca em boca, até ficarem fora do seu alcance? Será que você conseguiria segui-las e cancelá-las, se desejasse?
– Não, padre.
– Então, minha filha, quando você sentir vontade de dizer coisas indelicadas sobre seus vizinhos, feche os lábios. Não espalhe essas penas, pequenas e maldosas, pelo seu caminho

Antes de desanimar



Antes de você desanimar porque fracassou em alguma coisa, pense que somente alcança o sucesso quem insiste, apesar de tudo.
Fred Astaire, o famoso ator que encantou as telas do cinema dançando, ao fazer seu primeiro teste para o cinema, recebeu as informações de que não sabia atuar. Era careca, dizia o relatório, e ainda dançava pouco.
O professor de Enrico Caruso dizia que ele não tinha voz e não era capaz de cantar. Acreditando nisso, os pais de Enrico queriam que ele fosse engenheiro. Ele não desistiu e se tornou famoso cantor de ópera, admirado até os dias atuais.
Winston Churchill foi reprovado na sexta série. Somente se tornou primeiro ministro da Inglaterra depois dos 60 anos. Sua vida foi cheia de derrotas e fracassos. Mas ele nunca desistiu. Chegou a dizer um dia: "eu deixaria a política para sempre, se não fosse a possibilidade de um dia vir a ser Primeiro-Ministro." Conseguiu.
E talvez poucos saibam: ele foi prêmio Nobel de literatura em 1953, por suas memórias da segunda guerra mundial.
Walt Disney foi despedido pelo editor de um jornal por falta de idéias. Você pode imaginar tal coisa? Antes de construir a Disneylândia, foi à falência diversas vezes. Nunca desanimou.
Richard Bach teve recusada a sua história de dez mil palavras por 18 editoras. Era a história de uma gaivota que planava. Uma gaivota chamada Fernão Capelo Gaivota. Porque ele não desistiu, em 1970 a Macmillan publicou a história e em 5 anos vendeu mais de 7 milhões de exemplares, só nos Estados Unidos.
Rodin era considerado por seu pai como um idiota. Seu tio dizia que ele era um caso perdido. Por três vezes ele foi reprovado na admissão à escola de artes. Descrito como o pior aluno da escola, Rodin não desistiu e deu ao mundo maravilhas da escultura como o pensador, o beijo e filho pródigo. Chegou a ficar afastado do mundo das artes por dez anos, quando teve uma de suas obras recusada para exposição. Contudo, em 1900, em Paris, foi lhe destinado um pavilhão inteiro para a mostra de 168 trabalhos seus. Ao morrer, o hotel em Paris, onde viveu seus últimos nove anos de vida, se transformou em museu Rodin, tendo ele legado suas obras ao estado.
Assim acontece com todos os que perseguem os seus sonhos, não se permitindo desanimar por fracassos, derrotas ou julgamentos precipitados. Portanto, se você está a ponto de desanimar, pare um pouco e pense. Logo haverá de descobrir que ainda há muitas tentativas a serem feitas. Há muita gente a ser procurada, muitos dias a serem vividos e muitas conquistas a alcançar. Não há limites para quem acredita que pode atingir os seus objetivos, que pode concretizar os seus projetos.
Charles Darwin, conta sua biografia, que ele era considerado por todos seus mestres e por seu próprio pai, um garoto comum e intelectualmente bem abaixo do padrão médio. Por que não se permitiu desanimar, se transformou no pai da teoria da evolução. Pense nisso e tente outra vez. E outra mais. Não se deixe abater por críticas, por experiências mal sucedidas. Vá em frente. Tente de novo e verá que os seus esforços alcançarão êxito

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

O urso faminto


Certa vez, um urso faminto perambulava pela floresta em busca de alimento. A época era de escassez, porém, seu faro aguçado sentiu o cheiro de comida e o conduziu a um acampamento de caçadores. Ao chegar lá, o urso, percebendo que o acampamento estava vazio, foi até a fogueira, ardendo em brasas, e dela tirou um panelão de comida. Quando a tina já estava fora da fogueira, o urso a abraçou com toda sua força e enfiou a cabeça dentro dela, devorando tudo. Enquanto abraçava a panela, começou a perceber algo lhe atingindo.
Na verdade, era o calor da tina... Ele estava sendo queimado nas patas, no peito e por onde mais a panela encostava. O urso nunca havia experimentado aquela sensação e, então, interpretou as queimaduras pelo seu corpo como uma coisa que queria lhe tirar a comida.
Começou a urrar muito alto. E, quanto mais alto rugia, mais apertava a panela quente contra seu imenso corpo. Quanto mais a tina quente lhe queimava, mais ele apertava contra o seu corpo e mais alto ainda rugia.
Quando os caçadores chegaram ao acampamento, encontraram o urso recostado a uma árvore próxima à fogueira, segurando a tina de comida. O urso tinha tantas queimaduras que o fizeram grudar na panela e, seu imenso corpo, mesmo morto, ainda mantinha a expressão de estar rugindo. Quando terminei de ouvir esta história de um mestre, percebi que, em nossa vida, por muitas vezes, abraçamos certas coisas que julgamos ser importantes.
Algumas delas nos fazem gemer de dor, nos queimam por fora e por dentro, e mesmo assim, ainda as julgamos importantes. Temos medo de abandoná-las e esse medo nos coloca numa situação de sofrimento, de desespero.
Apertamos essas coisas contra nossos corações e terminamos derrotados por algo que tanto protegemos, acreditamos e defendemos. Para que tudo dê certo em sua vida, é necessário reconhecer, em certos momentos, que nem sempre o que parece salvação vai lhe dar condições de prosseguir. Tenha a coragem e a visão que o urso não teve.Tire de seu caminho tudo aquilo que faz seu coração arder. Solte a panela!

O Nome


Durante meu segundo mês na escola de enfermagem, nosso professor nos deu um questionário. Eu era bom aluno e respondi rápido todas as questões até chegar a última que era: "Qual o primeiro nome da mulher que faz a limpeza da escola?" Sinceramente, isso parecia uma piada. Eu já tinha visto a tal mulher várias vezes. Ela era alta, cabelo escuro, lá pelos seus 50 anos, mas como eu ia saber o primeiro nome dela?
Eu entreguei meu teste deixando essa questão em branco e um pouco antes da aula terminar, um aluno perguntou se a última pergunta do teste ia contar na nota. "É claro!", respondeu o professor. "Na sua carreira, você encontrará muitas pessoas. Todas têm seu grau de importância. Elas merecem sua atenção mesmo que seja com um simples sorriso ou um simples ‘alô’."
Eu nunca mais esqueci essa lição e também acabei aprendendo o primeiro nome dela, que era Dorothy.

Alcançar Deus


Havia uma pessoa que possuía um enorme desejo de alcançar Deus. Mas estava bloqueada. Havia passado por inúmeras vidas e estava repleta de incontáveis impressões de orgulho e pretensão.
Este aspirante foi a um Guru e disse:
- Quero seguir o caminho para Deus. Por favor, inicie-me.
- Vá, tome um banho no rio e depois volte - retrucou o Guru.
Na Índia, antes que um aspirante receba iniciação, deve tomar um banho como parte de um ritual de purificação. O aspirante foi se banhar.
Enquanto isso, o grande Ser chamou a faxineira e disse:
- Um homem chegará aqui muito em breve. Quando você o vir, comece a varrer e levante poeira.
Quando a faxineira viu o aspirante, começou a varrer com toda força e o cobriu com uma nuvem de poeira.
Nesta época, na Índia, vigorava ainda o sistema de castas e as faxineiras eram vistas como inferiores e consideradas impuras.
Ao sentir a poeira, ele ficou furioso.
- O que há com você? - gritou. - Não me viu chegar? Acabei de tomar um banho e estou purificado. Agora você jogou toda essa poeira em mim!
Ele estava pronto para agredir a faxineira, mas controlou-se, sacudiu a poeira e entrou no Ashram.
- Você ainda não está limpo - disse o Guru ao vê-lo. Volte em um ano quando estiver limpo.
O aspirante saiu e voltou um ano mais tarde.
- Vá e tome um banho - disse-lhe novamente o Guru. Então chamou a faxineira e falou:
- Encha uma cesta com lixo e segure-a na cabeça, Quando o aspirante se aproximar, dê um esbarrão nele, de modo que a cesta de lixo caia toda em cima dele.
Logo que a faxineira viu o homem voltando de seu banho, esbarrou nele e a cesta inteira caiu em sua cabeça. Um ano antes, este homem quase a agredira. Desta vez, não teve vontade de bater nela, mas ainda ficou muito irritado.
- Você ainda está sujo - disse-lhe o mestre quando o homem entrou no Ashram. - Vá embora, limpe-se e volte daqui a um ano.
O aspirante foi embora e daí a um ano voltou ao Guru pela terceira vez.
- Vá e tome um banho - disse-lhe de novo o Guru. Depois disse à faxineira:
- Desta vez, se ele lhe disser qualquer coisa enquanto estiver varrendo, bata-lhe duas vezes com a vassoura.
Quando o aspirante voltou do banho, a mulher estava varrendo.
- Saia daí! - disse ele.
A faxineira virou a vassoura e deu-lhe quatro golpes.
O Guru havia lhe ordenado dois golpes, mas ela tinha suas razões pessoais.
Desta vez o aspirante recebeu os golpes sem dizer nada.
- Agora você pode se sentar - disse-lhe o Guru. - Você está pronto para receber alguma coisa.

O empurrão


A águia empurrou gentilmente seus filhotes para a beirada do ninho.
Seu coração se acelerou com emoções conflitantes, ao mesmo tempo em que sentiu a resistência dos filhotes a seus insistentes cutucões. Por que a emoção de voar tem que começar com o medo de cair? - Pensou ela.
O ninho estava colocado bem no alto de um pico rochoso. Abaixo, somente o abismo e o ar para sustentar as asas dos filhotes. E se justamente agora isto não funcionar?
Apesar do medo, a águia sabia que aquele era o momento. Sua missão estava prestes a se completar, restava ainda uma tarefa final o empurrão.
A águia encheu-se de coragem. Enquanto os filhotes não descobrirem suas asas não haverá propósito para a sua vida.
Enquanto eles não aprenderem a voar não compreenderão o privilégio que é nascer águia. O empurrão era o melhor presente que ela podia oferecer-lhes. Era seu supremo ato de amor.
Então, um a um, ela os precipitou para o abismo. E eles voaram! Às vezes, nas nossas vidas, as circunstâncias fazem o papel de águia. São elas que nos empurram para o abismo. E quem sabe não são elas, as próprias circunstâncias, que nos fazem descobrir que temos asas para voar.

A paciência de Atisha


Atisha, um grande mestre tibetano, tinha um empregado que era muito desagradável. Estava sempre muito mal disposto, resmungava com tudo e arranjava problemas com todas as pessoas do mosteiro. Além disso, era muito malcriado com o mestre.
Indignados com a sua atitude os discípulos imploravam ao mestre que o mandasse embora, que o substituiriam no seu trabalho. Então Atisha respondia:
- E sem ele como é que vou treinar a minha paciência?
Consta que ao fim de uns anos, tratado carinhosamente por Atisha, o empregado se converteu.
Agora quando alguma coisa me irrita ou alguém me aborrece lembro-me desta história e agradeço a "este meu empregado Atisha" que me permite desenvolver a paciência.

Dê para receber


Existe uma lenda chinesa que ilustra perfeitamente a necessidade de dar antes de receber.
Um mendigo vivia em uma rua de uma cidade chinesa e segurava uma caneca o dia inteiro, pedindo arroz ou qualquer outra coisa que os passantes tivessem para dar.
Um dia, o mendigo viu um grande cortejo descendo a rua, liderado pelo imperador em seu imponente riquixá, entregando presentes aos seus súditos. O mendigo se encheu de felicidade. “Chegou a minha grande oportunidade”, pensou Woo. “Dessa vez receberei um presente valioso”, e dançou com alegria.
Quando o imperador chegou perto dele, Woo exibiu sua caneca com grande determinação, mas em lugar de receber o esperado presente do imperador, sua Majestade pediu a Woo um presente.
O pobre Woo ficou extremamente desapontado e envergonhado; pegou os dois menores grãos de arroz que conseguiu encontrar em sua caneca e, muito a contragosto, entregou-os ao imperador, que depois foi embora.
Durante todo o dia, Woo reclamou e resmungou. Censurou o imperador, culpou Buda, tratou mal os que se dirigiam a ele; e poucas pessoas pararam para lhe falar ou colocar grãos de arroz em sua caneca.
Nessa noite, quando chegou à sua pobre cabana e derramou seu escasso suprimento de arroz, Woo encontrou duas pepitas de ouro do tamanho exato dos grãos de arroz que tinha dado ao imperador

Conta corrente



Imagine que você tenha uma conta corrente e a cada manhã acorde com um saldo de R$ 86.400,00. Só que não é permitido transferir o saldo para o dia seguinte.
Todas as noites o seu saldo é zerado, mesmo que você não tenha conseguido gastá-lo durante o dia. O que você faz? Você iria gastar cada centavo é claro!
Todos nós somos clientes deste banco que estamos falando. Chama-se "TEMPO". Todas as manhãs são creditadas para cada um 86.400 segundos. Todas as noites o saldo é debitado como perda.
Não é permitido acumular este saldo para o dia seguinte. Todas as manhãs a sua conta é reinicializada, e todas as noites as sobras do dia se evaporam. Não há volta.
Você precisa gastar vivendo no presente o seu depósito diário. Invista então no que for melhor, na sua saúde, felicidade, sucesso!
O relógio esta correndo. Faça o melhor para o seu dia-a-dia.
Para você perceber o valor de "um ano", pergunte a um estudante que repetiu o ano.
Para você perceber o valor de "um mês", pergunte para uma mãe que teve seu bebê prematuramente.
Para você perceber o valor de "uma semana", pergunte a um editor de um jornal semanal.
Para você perceber o valor de "uma hora", pergunte aos amantes que estão esperando para se encontrar.
Para você perceber o valor de "um minuto", pergunte a uma pessoa que perdeu um trem.
Para você perceber o valor de "um segundo", pergunte a uma pessoa que conseguiu evitar um acidente.
Para você perceber o valor de "um milésimo de segundo", pergunte a alguém que venceu a medalha de prata em uma olimpíada.
Valorize cada momento que você tem! E valorize mais porque você deve dividir com alguém especial, especial o suficiente para gastar o seu tempo junto com você.
Lembre-se, o tempo não espera por ninguém!
Ontem é história. O amanhã é um mistério. Hoje é uma dádiva. Por isso é chamado de PRESENTE

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

POLEMICA



Em 1.997 foi apresentada ao mundo a ovelha Dolly, primeiro mamífero clonado no mundo a partir de uma célula adulta. Este fato levou o senso comum a acreditar que todos nós poderíamos ser copiados. A biotecnologia estava mostrando seu poder e importância. Já seria possível modificar e copiar qualquer organismo vivo?
.....Porém, desde então, foram inúmeras as discussões acerca dos limites entre a ética e a ciência. Todavia, tal alarde não foi tudo o que parecia ser. A ovelha Dolly morreu precocemente. Isso esfriou o ânimo das pessoas comuns, mas não reteve os cientistas nos avanços tecnológicos sobre a questão da clonagem. .....No caso da Dolly, os cientistas não sabem se deu certo ou não a experiência, pois, o clone morreu por ter contraído um vírus (comum entre as ovelhas) e acabou por desenvolver um câncer. Não é sabido ainda o tempo real de vida média de uma ovelha confinada, considerando que são abatidas tão logo fiquem adultas e não forneçam mais lã de qualidade. Entretanto, os cientistas, com bases em clonagem com outras espécies, admitem que ser a técnica, ainda ineficiente......Tais estudos visam benefícios para os seres humanos, cujos benefícios são voltados, principalmente para a produção farmacêutica e para tornar os homens mais fortes e resistentes às doenças. Não obstante, a conquista mais significante foi desenvolvimento de uma técnica na qual hoje já se é possível alterar a identidade de uma célula. Pode-se, por meio de um tecido, como o da pele, por exemplo, transformá-lo em um tecido de fígado.
.....Estas experiências inauguram a polêmica da célula tronco humana. Indiferente disso, com essa técnica, a medicina já pode ajudar pessoas com diabete, Parkinson, leucemia, danos na coluna, entre outras......Outra idéia provinda do sistema de clonagem é a da possibilidade de salvar espécies que estejam em extinção. Entretanto, neste aspecto, o único problema é a degeneração da espécie clonada, pois, há poucos exemplares sobreviventes para trocar suas cargas genéticas. Tal idéia só será possível quando os cientistas conseguirem, congelando células troncos das espécies que ainda se encontram em número suficiente para, no futuro, incluir nos embriões DNAs variados, gerando diversidades nos descendentes.
.....O problema está em se usar a clonagem para casais que não podem ter filhos. Hoje há várias técnicas de reprodução assistida que pode deixar de lado a questão da clonagem humana, tão discutida entre os éticos e religiosos, pois, nesta ótica, a divergência ainda é muito grande......Outro ponto na questão da clonagem humana é o fato de, se fizermos isso, teríamos uma sociedade praticamente de pessoas iguais em um curto prazo de tempo, restringindo o processo da evolução humana......O que se faz hoje, de um ponto de vista ético, é o estudo voltado para o cultivo de tecidos humanos visando à recuperação de partes danificadas ou experiências com o intuito de se fazer células crescerem dentro e em torno de moldes para se formar cópias perfeitas de órgãos humanos para transplantes......Por essa temática, os cientistas acreditam que não estão manipulando a vida e nem brincando de Deus, mas sim, executando um ato em benefício para toda a humanidade. Alegam que estão apenas procurando o conhecimento do processo de clonagem para benefícios médicos.
.....O grande dilema, ético e moral, permeia os interesses científicos e religiosos. É necessário ainda muito debate sobre o assunto no mundo todo, pois, cada sociedade tem seus princípios morais, éticos e religiosos, pelos quais, há muitas razões, tanto para uns como para outros, para serem contra ou a favor sobre as experiências de clonagem, principalmente quando se trata de seres humanos; mesmo porque a confusão do senso comum acerca desse assunto é muito confusa.
.....Contudo, não há como negar que estamos vivendo a Era do Controle Biológico, na qual as sociedades devem se atentar. Os cientistas devem, por meio da mídia, educar a população e prepará-la para um futuro próximo, pois, imagine uma pessoa, com sérios traumas de queimadura, por exemplo, por mais religioso que seja e, ainda que sua religião não permita, em hipótese alguma, não ficaria feliz de ter sua pele recuperada pelos tecidos clonados?
.....É possível que os humanos ainda não estejam preparados para os avanços biológicos. Vemos-nos – o senso comum – muito aquém da ciência e, como pode o homem comum aceitar tal engenhosidade se ainda está preso a paradigmas e dogmas retrógrados, os quais acham atualizados? Como as pessoas, nesta perspectiva, poderão tomar decisões acertadas e produtivas a esse respeito?

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

O Caso das Laranjas


Um gerente foi procurado por um funcionário, que veio reclamar que um colega havia tido um aumento salarial e ele não, o que considerava injusto.
Sem entrar no mérito do caso, o gerente pediu a este funcionário:
- Você está vendo aquele caminhão que está vendendo laranjas, lá no outro lado da rua? Vá, por favor, ver o preço das laranjas.
Meio sem entender o pedido do gerente, foi e logo voltou dizendo:
- O preço de uma dúzia de laranjas é R$1,00.
O gerente perguntou:
- E se eu comprar 10 dúzias, será que o preço é o mesmo? Você pode verificar?
Sem saber responder, lá foi o funcionário perguntar de novo, e logo voltou.
- Ele disse que se você comprar 10 dúzias, ele faz o preço de R$0,80 a dúzia.
- Eu estou realmente interessado nestas laranjas! E se eu comprar o caminhão inteiro, a que preço ele fará a dúzia?
Já com cara meio aborrecida, mais uma vez ele foi perguntar e voltou dizendo:
- Se você comprar o caminhão todo, ele vende a dúzia a R$0,55.
Agradecendo ao funcionário pediu para que ficasse ali e solicitou que o colega que havia tido o aumento fosse chamado à sua sala. Sorridente, ele logo entrou, e o gerente fez exatamente a mesma pergunta:
- Você está vendo aquele caminhão que está vendendo laranjas, lá no outro lado da rua? Vá, por favor, ver o preço das laranjas.
Rapidamente ele saiu e logo voltou com um saco de uma dúzia de laranjas debaixo do braço, e muito animado foi logo dizendo:
- O preço de uma dúzia é R$1,00. No entanto, se você comprar 10 dúzias ou mais, ele pode dar um desconto e vender a R$0,80 a dúzia. Mas se você quiser comprar o caminhão inteiro o preço é de R$0,55 a dúzia.

Aí eu disse ao vendedor que o meu gerente estava interessado no preço das laranjas, e ele me deu esta dúzia como uma amostra, para você poder avaliar a sua qualidade.
O gerente agradeceu.

O funcionário deixou a dúzia de laranjas na mesa e saiu.
Um silêncio se fez e o gerente nada teve a dizer, pois o funcionário que entrou reclamando, saiu tendo aprendido uma importante lição

Correndo Juntos


Há alguns anos, nas Olimpíadas Especiais de Seattle, nove participantes, todos com deficiência mental ou física, alinharam-se para o início da corrida dos 100 metros rasos.
Ao sinal, todos partiram, não exatamente em disparada, mas com vontade de dar o melhor de si, terminar a corrida e ganhar.
Todos, com exceção de um garoto, que tropeçou no asfalto, caiu rolando e começou a chorar.
Os outros oito ouviram o choro. Diminuíram o passo e olharam para trás.
Então eles viraram e voltaram. Todos eles.
Uma das meninas, com Síndrome de Down, ajoelhou, deu um beijo no garoto e disse: "Pronto, agora vai sarar". E todos os nove competidores deram os braços e andaram juntos até a linha de chegada.
O estádio inteiro levantou e os aplausos duraram muitos minutos. E as pessoas que estavam ali, naquele dia, continuam repetindo essa história até hoje.
Por que? Porque, lá no fundo, nós sabemos que o que importa nesta vida é mais do que ganhar sozinho. O que importa é ajudar os outros a vencer, mesmo que isso signifique diminuir o passo e mudar de curso.

O que é Virtual?


Entrei apressado e com muita fome no restaurante. Escolhi uma mesa bem afastada do movimento, pois queria aproveitar os poucos minutos de que dispunha naquele dia atribulado para comer e consertar alguns bugs de programação de um sistema que estava desenvolvendo, além de planejar minha viagem de férias, que há tempos não sei o que são.
Pedi um filé de salmão com alcaparras na manteiga, uma salada e um suco de laranja, pois afinal de contas fome é fome, mas regime é regime, né?
Abri meu notebook e levei um susto com aquela voz baixinha atrás de mim:
— Tio, dá um trocado?
— Não tenho, menino.
— Só uma moedinha para comprar um pão.
— Está bem, compro um para você.
Para variar, minha caixa de entrada estava lotada de e-mails. Fico distraído vendo poesias, as formatações lindas, dando risadas com as piadas malucas. Ah! Essa música me leva a Londres e a boas lembranças de tempos idos.
— Tio, pede para colocar margarina e queijo também?
Percebo que o menino tinha ficado ali.
— OK, mas depois me deixe trabalhar, pois estou muito ocupado, tá?
Chega a minha refeição e junto com ela o meu constrangimento. Faço o pedido do menino, e o garçom me pergunta se quero que mande o garoto ir. Meus resquícios de consciência me impedem de dizer. Digo que está tudo bem.
— Deixe-o ficar. Traga o pão e mais uma refeição decente para ele.
Então o menino se sentou à minha frente e perguntou:
— Tio, o que está fazendo?
— Estou lendo uns e-mails.
— O que são e-mails?
— São mensagens eletrônicas mandadas por pessoas via Internet.
Sabia que ele não iria entender nada, mas a título de livrar-me de maiores questionários disse:
— É como se fosse uma carta, só que via Internet.
— Tio, você tem Internet?
— Tenho sim, é essencial no mundo de hoje.
— O que é Internet, tio?
— É um local no computador onde podemos ver e ouvir muitas coisas, notícias, músicas, conhecer pessoas, ler, escrever, sonhar, trabalhar, aprender. Tem tudo no mundo virtual.
— E o que é virtual, tio?
Resolvo dar uma explicação simplificada, novamente na certeza que ele pouco vai entender e vai me liberar para comer minha refeição, sem culpas.
— Virtual é um local que imaginamos algo que não podemos pegar, tocar. É lá que criamos um monte de coisas que gostaríamos de fazer. Criamos nossas fantasias, transforma- mos o mundo em quase como queríamos que fosse.
— Legal isso. Gostei!
— Mocinho, você entendeu o que é virtual?
— Sim, tio, eu também vivo neste mundo virtual.
— Você tem computador?
— Não, mas meu mundo também é desse jeito... Virtual. Minha mãe fica todo dia fora, só chega muito tarde, quase não a vejo. Eu fico cuidando do meu irmão pequeno que vive chorando de fome, e eu dou água para ele pensar que é sopa. Minha irmã mais velha sai todo dia, diz que vai vender o corpo, mas eu não entendo, pois ela sempre volta com o corpo. Meu pai está na cadeia há muito tempo. Mas sempre imagino nossa família toda junta em casa, muita comida muitos brinquedos de Natal, e eu indo ao colégio para virar médico um dia. Isto não é virtual, tio?
Fechei meu notebook, não antes que as lágrimas caíssem sobre o teclado. Esperei que o menino terminasse de literalmente 'devorar' o prato dele, paguei a conta e dei o troco para o garoto, que me retribuiu com um dos mais belos e sinceros sorrisos que eu já recebi na vida, e com um 'Brigado tio, você é legal!'.
Ali, naquele instante, tive a maior prova do virtualismo insensato em que vivemos todos os dias, enquanto a realidade cruel rodeia de verdade, e fazemos de conta que não percebemos!

O Ambiente



Conta uma popular lenda do Oriente, que um jovem chegou à beira de um oásis, junto a um povoado e, aproximando-se de um velho, perguntou-lhe:
- Que tipo de pessoas vive neste lugar?
- Que tipo de pessoas vive no lugar de onde você vem? - perguntou por sua vez o ancião.
- Oh! Um grupo de egoístas e malvados - replicou-lhe o rapaz.- Estou satisfeito por ter saído de lá.
E o velho replicou: - a mesma coisa você haverá de encontrar por aqui.
No mesmo dia, um outro jovem se acercou do oásis para beber água e vendo o ancião perguntou-lhe:
- Que tipo de pessoas vive por aqui?
O velho respondeu com a mesma pergunta:
- Que tipo de pessoas vive no lugar de onde você vem?
O rapaz respondeu:
- Um magnífico grupo de pessoas, amigas, honestas, hospitaleiras. Fiquei muito triste por ter de deixá-las.
- O mesmo encontrará por aqui - respondeu o ancião.
Um homem que havia escutado as duas conversas perguntou ao velho:
- Como é possível dar respostas tão diferentes à mesma pergunta?
Ao que o velho respondeu:
- Cada um carrega no seu coração o meio ambiente em que vive. Aquele que nada encontrou de bom nos lugares por onde passou, não poderá encontrar outra coisa por aqui. Aquele que encontrou amigos ali, também os encontrará aqui. Somos todos viajantes no tempo. O futuro de cada um está escrito no seu próprio passado. Ou seja, cada um encontra na vida exatamente aquilo que traz dentro de si mesmo. O ambiente, o presente e o futuro somos nós que criamos e isso só depende de nós mesmos.

As flores encomendadas


Um grande carro de luxo parou diante do pequeno escritório à entrada do cemitério e o chofer, uniformizado, dirigiu-se ao vigia.
- Você pode acompanhar-me, por favor? É que minha patroa está doente e não pode andar, explicou. Quer ter a bondade de vir falar com ela? Uma senhora de idade, cujos olhos fundos não podiam ocultar o profundo sofrimento, esperava no carro.
- Nestes últimos dois anos mandei-lhe cinco dólares por semana.
- Para as flores, lembrou o vigia.
- Justamente. Para que fossem colocadas na sepultura de meu filho.
- Vim aqui hoje, disse um tanto consternada, porque os médicos me avisaram que tenho pouco tempo de vida. Então quis vir até aqui para uma última visita e para lhe agradecer.
O funcionário teve um momento de hesitação, mas depois falou com delicadeza:
- Sabe, minha senhora, eu sempre lamentei que continuasse mandando o dinheiro para as flores.
- Como assim? Perguntou a senhora.
- É que... A senhora sabe... As flores duram tão pouco tempo, e afinal, aqui, ninguém as vê...
- O senhor sabe o que está dizendo? Retrucou a senhora.
- Sei, sim minha senhora. Pertenço a uma associação de serviço social, cujos membros visitam os hospitais e os asilos. Lá, sim, é que as flores fazem muita falta. Os internados podem vê-las e apreciar seu perfume.
A senhora deixou-se ficar em silêncio por alguns segundos. Depois, sem dizer uma palavra, fez um sinal ao chofer para que partissem.
Apenas alguns meses depois, o vigia foi surpreendido por outra visita. Duplamente surpreendido porque, desta vez, era a própria senhora que vinha guiando o carro.
- Agora eu mesma levo as flores aos doentes, explicou-lhe, com um sorriso amável. O senhor tem razão. Os enfermos ficam radiantes e faz com que eu me sinta feliz.


Os médicos não sabem a razão da minha cura, mas eu sei: é que eu reencontrei motivos para viver.

Não esqueci meu filho, pelo contrário, dou as flores em seu nome e isso me dá forças.


Esta senhora descobrira o que quase todos não ignoramos, mas muitas vezes esquecemos. Auxiliando os outros, conseguimos auxiliar a nós mesmos

História dos dois videntes


Pressentindo que seu país em breve iria mergulhar numa guerra civil, o sultão chamou um dos seus melhores videntes, e perguntou-lhe quanto tempo ainda lhe restava de vida.
- Meu adorado mestre, o senhor viverá o bastante para ver todos os seus filhos mortos.
Num acesso de fúria, o sultão mandou imediatamente enforcar aquele que proferira palavras tão aterradoras. Então, a guerra civil era realmente uma ameaça!
Desesperado, chamou um segundo vidente.
- Quanto tempo viverei? - perguntou, procurando saber se ainda seria capaz de controlar uma situação potencialmente explosiva.
- Senhor, Deus lhe concedeu uma vida tão longa, que ultrapassará a geração dos seus filhos, e chegará a geração dos seus netos.
Agradecido, o sultão mandou recompensá-lo com ouro e prata.
Ao sair do palácio, um conselheiro comentou com o vidente:
- Você disse a mesma coisa que o adivinho anterior. Entretanto, o primeiro foi executado, e você recebeu recompensas. Por que?- Porque o segredo não está no que você diz, mas na maneira como diz. Sempre que precisar disparar a flecha da verdade, não esqueça de antes molhar sua ponta num vaso de mel.

diamante



Diz a lenda que, certa vez, um homem caminhava pela praia numa noite de lua cheia. Pensava desta forma:
"Se tivesse uma casa grande, seria feliz". "Se tivesse um excelente trabalho, seria feliz. Se tivesse uma companheira perfeita, seria feliz".
Nesse momento, tropeçou numa sacolinha cheia de pedras e começou a jogá-las, uma a uma, no mar, enquanto dizia: "seria feliz se tivesse..."
Assim o fez até que a sacolinha ficou com uma só pedrinha, que decidiu guardar.
Ao chegar em casa, percebeu que aquela pedrinha tratava-se de um diamante muito valioso.
Você imaginou quantos diamantes jogou no mar, sem parar para pensar?
Quantos de nós vivemos jogando fora nossos preciosos tesouros por estar esperando o que acreditamos ser perfeito ou sonhando e desejando o que não temos, sem dar valor ao que temos perto de nossas mãos?
Olhe ao seu redor e, se você parar para observar, perceberá quão afortunado você é. Muito perto de ti está tua felicidade.
Observe a pedrinha, que pode ser um diamante valioso.
Cada um de nossos dias pode ser considerado um diamante precioso e insubstituível. Depende de nós aproveitá-lo ou lançá-lo ao mar do esquecimento para nunca mais recuperá-lo

O Gato Zen


O Homem estava muito triste. Sabia que os dias do Gato estavam contados. O médico havia dito que não havia mais nada a fazer, que ele deveria levar o Gato para casa, e deixá-lo o mais confortável possível.
O Homem acariciou o Gato em seu colo e suspirou. O Gato abriu os olhos, ronronou e olhou para o Homem. Uma lágrima escorreu pela face do Homem e caiu na testa do Gato. O Gato lhe lançou um olhar ligeiramente irritado.
"Por que você está chorando, Homem?", perguntou. "Porque não suporta a idéia de me perder? Porque acha que nunca vai poder me substituir?"
O Homem fez que sim com a cabeça.
"E para onde acha que eu irei quando deixar você?", o Gato perguntou.
O Homem deu de ombros, sem saber o que dizer.
"Feche os olhos, Homem", disse o Gato. O Homem o olhou sem entender bem, mas obedeceu.
"De que cor são meus olhos, meu pêlo?", o Gato perguntou.
"Os olhos são dourados e o pêlo é marrom, um marrom intenso e vivo", o Homem respondeu.
"E em que parte do corpo tenho pêlos mais escuros?", o Gato perguntou.
"Nas costas, no rabo, nas pernas, no nariz e nas orelhas", disse o Homem.
"E em que lugares você mais costuma me ver?", perguntou o Gato.
"Eu vejo você... no parapeito da janela da cozinha, observando os passarinhos... na minha cadeira preferida... na escrivaninha, deitado em cima dos papéis de que eu preciso... no travesseiro ao meu lado, à noite".
O Gato assentiu.
"Você consegue me ver em todos esses lugares agora, mesmo de olhos fechados?", perguntou.
"Claro. Vi você neles por muitos anos", o Homem disse.
"Então, sempre que você quiser me ver, tudo o que precisa fazer é fechar os olhos", disse o Gato.
"Mas você não vai estar lá de verdade", respondeu o Homem com tristeza.
"Ah, é mesmo?", disse o gato. "Pegue aquele barbante do chão - ali, meu 'brinquedo'".
O Homem abriu os olhos, esticou o braço e pegou o barbante. Tinha uns 60 centímetros e o Gato conseguia se divertir com ele por horas e horas.
"De que ele é feito?", o Gato perguntou.
"Parece que é de algodão", o Homem disse.
"Que vem de uma planta?", perguntou o Gato.
"Sim," disse o Homem.
"De uma só planta ou de muitas?"
"De muitos algodoeiros," o Homem respondeu.
"E seria possível que outras plantas e flores nascessem no mesmo solo do algodoeiro? Uma rosa poderia nascer ao lado do algodão, não?", perguntou o Gato.
"Sim, acho que seria possível", disse o Homem.
"E todas as plantas se alimentariam do mesmo solo e da mesma chuva, não é?", o Gato perguntou.
"Sim", disse o Homem.
"Então, todas as plantas, a rosa e o algodão, seriam muito parecidas por dentro, mesmo aparentando ser muito diferentes por fora", disse o Gato.
O Homem concordou com a cabeça, mas não conseguia entender o que aquilo tinha aver com a situação.
"E então, aquele barbante", disse o Gato, "é o único barbante do mundo feito de algodão?"
"Não, claro que não", disse o Homem, "foi tirado de um rolo de barbante".
"E você sabe onde estão todos os outros pedaços de barbante, e todos os outros rolos?", perguntou o Gato.
"Não, não sei... seria impossível saber", disse o Homem.
"Mas mesmo sem saber onde estão, você acredita que eles existem. E mesmo que alguns pedaços de barbante estejam com você, e outros estejam em outros lugares... mesmo que alguns sejam curtos e outros sejam compridos, e mesmo que seu rolo de barbante não seja o único no mundo... você concorda que há uma relação entre todos os barbantes?", o Gato perguntou.
"Nunca tinha pensado nisso, mas acho que sim, há uma relação", o Homem disse.
"O que aconteceria se um pedaço de barbante caísse no chão?", perguntou o Gato.
"Bom... ele ia acabar enterrado, e se decompondo na terra", o Homem disse.
"Sei", disse o Gato. "E talvez nascesse mais algodão naquele lugar, ou uma rosa".
"Pode ser", concordou o Homem.
"Quer dizer que a rosa no parapeito da janela pode ter alguma relação com o barbante na sua mão, e também com todos os barbantes que você nunca viu", disse o Gato.
O Homem franziu a testa, pensando.
"Agora pegue uma ponta do barbante em cada mão", instruiu o Gato.
O Homem fez o que foi pedido.
"A ponta na mão esquerda é o meu nascimento, e a na mão direita é minha morte. Agora junte as duas pontas", disse o Gato.
O Homem obedeceu.
"Você formou um círculo contínuo", disse o Gato. "Alguma parte do barbante parece diferente, melhor ou pior que qualquer outra parte dele?"
O Homem examinou o barbante e então fez que não com a cabeça.
"O espaço dentro do círculo parece diferente do espaço fora dele?", o Gato perguntou.
De novo, o Homem fez que não com a cabeça, mas ainda não sabia se estava entendendo onde o Gato queria chegar.
"Feche os olhos de novo", disse o Gato. "Agora lamba a mão".
O Homem arregalou os olhos, surpreso.
"Faça o que eu digo", disse o Gato. "Lamba a mão, pense em mim em todos os meus lugares costumeiros, pense em todos os pedaços de barbante, pense no algodão e na rosa, pense em como o interior do círculo não é diferente do exterior".
O Homem se sentiu bobo, lambendo a mão, mas obedeceu. Ele descobriu o que um gato deve saber, que lamber uma pata é muito relaxante, e ajuda a pensar mais claramente. Continuou a lamber, e os cantos da boca começaram a esboçar o primeiro sorriso que ele dava em muitos dias. Esperou que o Gato lhe mandasse parar mas, como este não mandou, abriu os olhos. Os olhos do Gato estavam fechados. O Homem acariciou o pêlo marrom, quente, mas o Gato havia morrido.
O Homem cerrou os olhos com força e as lágrimas começaram a escorrer pelo seu rosto.
Viu o Gato no parapeito da janela, na cama, deitado em cima dos papéis importantes. Ele o viu no travesseiro ao seu lado, viu os olhos dourados brilhantes, e o marrom mais escuro no nariz e nas orelhas. Abriu os olhos e, por entre as lágrimas, olhou para a rosa que crescia em um vaso na janela, e depois para o barbante que ainda segurava apertado na mão.
Um dia, não muito depois, tinha um novo Gato no colo. Era uma linda gata malhada... tão diferente do seu querido Gato anterior mas, ao mesmo tempo, tão parecida.

Como ser humilde?



Era uma vez um jovem. Ele sabia que, se se tornasse humilde, seria uma pessoa melhor, mais feliz e mais conectada a Deus e ao sagrado. Um dia, esse jovem foi a um mosteiro e perguntou a um velho sábio que lá vivia:
- Sábio, o que devo fazer para me tornar uma pessoa humilde?
- Se quiser realmente encontrar essa resposta, deve ir ao cemitério e criticar os mortos – disse-lhe o sábio.
Sem questionar, o jovem foi ao cemitério e pôs-se a criticar os mortos.
Depois, voltou à presença do sábio, que lhe disse:
- O que os mortos fizeram diante de suas críticas?
- Nada. Não aconteceu absolutamente nada enquanto eu os criticava – respondeu o jovem.
- Muito bom – disse o sábio. - Agora você deve voltar ao cemitério e elogiá-los bastante.
Novamente, seguindo a orientação do sábio, o jovem foi ao cemitério e passou várias horas elogiando os mortos.
Depois, voltou à presença do sábio, que lhe perguntou:
- O que os mortos fizeram diante de seus elogios?
- Nada. Não aconteceu absolutamente nada enquanto eu os elogiava – respondeu o jovem.
Então, o sábio disse-lhe:
- Se quiser ser um homem humilde, vai precisar aprender a reagir como os mortos reagiram aos elogios e às críticas que você lhes fez. Ou seja, deve manter-se indiferente perante elogios ou críticas, mantendo, porém, a capacidade de perceber a verdade que pode existir na crítica sem deixar que isso lhe traga sofrimento.

Professor criativo



Olhem o que um professor é capaz de fazer. O fato narrado abaixo é real e aconteceu em um curso de Engenharia da USJT (Univ. São Judas Tadeu), tornando-se logo uma das "lendas" da faculdade...
Na véspera de uma prova, 4 alunos resolveram chutar o balde: iriam viajar. Faltaram a prova e então resolveram dar um "jeitinho".
Voltaram à USJT na terça, sendo que a prova havia ocorrido na segunda.Então dirigiram-se ao professor:
- Professor, fomos viajar, o pneu furou, não conseguimos consertá-lo, tivemos mil problemas, e por conta disso tudo nos atrasamos, mas, gostaríamos de fazer a prova.
O professor, sempre compreensivo:
- Claro, vocês podem fazer a prova hoje a tarde, após o almoço.
- E assim foi feito. Os rapazes correram para casa e se racharam de tanto estudar, na medida do possível. Na hora da prova, o professor colocou cada aluno em uma sala diferente e entregou a prova:
Primeira pergunta, valendo 1 ponto: algo sobre a Lei de Ohm.
Os quatro ficaram contentes pois haviam visto algo sobre o assunto. Pensaram que a prova seria muito fácil e que haviam conseguido se "dar bem".
Segunda pergunta, valendo 9 pontos: "Qual pneu furou?"

Professor criativo


Olhem o que um professor é capaz de fazer. O fato narrado abaixo é real e aconteceu em um curso de Engenharia da USJT (Univ. São Judas Tadeu), tornando-se logo uma das "lendas" da faculdade...
Na véspera de uma prova, 4 alunos resolveram chutar o balde: iriam viajar. Faltaram a prova e então resolveram dar um "jeitinho".
Voltaram à USJT na terça, sendo que a prova havia ocorrido na segunda.Então dirigiram-se ao professor:
- Professor, fomos viajar, o pneu furou, não conseguimos consertá-lo, tivemos mil problemas, e por conta disso tudo nos atrasamos, mas, gostaríamos de fazer a prova.
O professor, sempre compreensivo:
- Claro, vocês podem fazer a prova hoje a tarde, após o almoço.
- E assim foi feito. Os rapazes correram para casa e se racharam de tanto estudar, na medida do possível. Na hora da prova, o professor colocou cada aluno em uma sala diferente e entregou a prova:
Primeira pergunta, valendo 1 ponto: algo sobre a Lei de Ohm.
Os quatro ficaram contentes pois haviam visto algo sobre o assunto. Pensaram que a prova seria muito fácil e que haviam conseguido se "dar bem".
Segunda pergunta, valendo 9 pontos: "Qual pneu furou?"

MEDO X RELIGIÃO


A religião nos ensina a ter medo de Deus. Se eu não me dirigir a Ele em oração todos os dias, de joelho dentro do meu quarto. Se eu não guardar o dia do sábado, ficando enclausurado dentro de casa ou dentro de uma igreja orando até às 18 horas. Se eu não me circuncidar ao oitavo dia. Se eu comer carne de porco ou galinha ao molho pardo. Deus irá ficar com muita raiva e com certeza irá me castigar e me destruirá.Está na hora dos cristãos em todo o mundo acordarem e quebrar com os dogmas que nos foram impostos.Deus nos fez livre e nós nos tornamos escravos de preceitos e regras humanos.
Os ápices dos textos bíblicos que causam terror e medo na humanidade residem basicamente no capitulo 28 de Deuteronômio e nas profecias apocalípticas de Daniel, Mateus, e no livro escrito pelo apóstolo João denominado apocalipse ou revelação.
As profecias falam somente de destruição do homem por causa do pecado. Não trazem esperanças a humanidade, somente destruição. A ira de Deus sendo derramada sobre a terra (sete trombetas, sete flagelos, fome, guerras, mortes, destruição, etc.). Não há esperança para nós, somente esperar e rezar.
É como se a humanidade não tivesse livre arbítrio para escolher o caminho a seguir, tudo está predestinado. Há somente duas opções: vida ou morte. Logo não há livre arbítrio. Para haver livre arbítrio seria necessário que mesmo que eu escolhesse um caminho “x” eu pudesse ser feliz nessa escolha. Entretanto, se existem somente duas alternativas e mesmo não querendo sou obrigado a escolher uma para ser feliz, não tenho livre arbítrio.
Para ser salvo eu tenho que professar a fé em um Deus, fazer orações, ir à igreja regularmente, andar com um livro que dizem que foi escrito por homens divinamente inspirados e jamais questioná-lo, pregar o evangelho para que outras pessoas façam o que faço, e assim mereçam a salvação. Se possível seria melhor que eu não me casasse e dedicasse toda a minha existência por essa causa, conforme Paulo aconselha no livro de Romanos.
É digno de notas que tais livros que compõe a Bíblia foram juntados sobre a forma de um único livro muito tempo depois pelos padres católicos. E que tais livros no decorrer do tempo sofreram alterações por intermédios dos copistas (glosadores) que muitas das vezes ao fazer a tradução incluíram novas expressões que fizeram o texto original perder o verdadeiro sentido.

Mulher que lê!



Um casal sai de férias para um hotel-fazenda. O homem gosta de pescar e a mulher gosta de ler.
Uma manhã, o marido volta de horas pescando e resolve tirar uma soneca. Apesar de não conhecer bem o lago, a mulher decide pegar o barco do marido e ler no lago.Ela navega um pouco, ancora, e continua lendo seu livro.
Chega um guardião do parque em seu barco, pára ao lado da mulher e fala:
- Bom dia, madame. O que está fazendo?
- Lendo um livro - responde, pensando: será que não é óbvio?
- A senhora está em uma área restrita, em que a pesca é proibida, informa.
- Sinto muito, tenente, mas não estou pescando, estou lendo.
- Sim, mas com todo o equipamento de pesca. Pelo que sei, a senhora pode começar a qualquer momento. Se não sair daí imediatamente, terei de multá-la e processá-la.
- Se o senhor fizer isso, terei que acusá-lo de assédio sexual.
- Mas eu nem sequer a toquei! - diz o guardião.
- É verdade, mas o senhor tem todo o equipamento. Pelo que sei, pode começar a qualquer momento.
- Tenha um bom dia, madame.


MORAL DA HISTÓRIA: 'NUNCA DISCUTA COM UMA MULHER QUE LÊ...
CERTAMENTE ELA PENSA.'

Contratação

Um dia, enquanto caminha pela rua, uma mulher de sucesso, Diretora de Recursos Humanos de uma multinacional, (aquelas que fazem de tudo para vender a imagem de sua empresa aos futuros empregados), é tragicamente atropelada por um caminhão e morre. Sua alma chega ao paraíso e se encontra, na entrada, com São Pedro, em "carne e osso".
- Bem-vinda ao paraíso, diz São Pedro! Mas... Antes que você se acomode, parece que temos um problema. Você vai perceber que é muito raro um diretor de recursos humanos chegar aqui e não estamos seguros do que fazer com você.
- Não tem problema, deixe-me entrar. - Diz ela, já analisando São Pedro dos pés à cabeça e imaginando seu antigo trabalho e se ele fosse um candidato, se ela o contrataria para trabalhar em sua empresa.
- Bem que eu gostaria de deixá-la entrar agora mesmo, mas tenho ordens do Superior. O que faremos é deixá-la passar um dia no inferno e outro no paraíso, e então poderá escolher onde ficar a eternidade.
- Então, já está decidido. Prefiro ficar no paraíso, diz a mulher.
- Sinto muito, mas temos nossas regras, primeiro você precisa conhecer os dois locais.E, assim, São Pedro acompanha a diretora ao elevador e desce, desce, desce até o inferno.
As portas se abrem e aparece um verde campo de golfe. Mais distante um belo clube. Lá estão todos os seus amigos, colegas diretores que trabalharam com ela e grandes executivos de outras empresas, todos em trajes de festa e muito felizes. Correm para cumprimentá-la, beijam-na e se lembram dos bons tempos. Jogam uma agradável partida de golfe, mais tarde jantam juntos num clube muito bonito e se divertem contando piadas e dançando. O Diabo, então, era um anfitrião de primeira classe, elegante, charmoso, muito educado e divertido.
Ela se sente de tal maneira bem que, antes que se dê conta, já é hora de ir embora. Todos lhe apertam as mãos e se despedem enquanto ela entra no elevador. O elevador sobe, sobe, sobe, e ela se vê novamente na porta do paraíso, onde São Pedro a espera.
- Agora é a hora de visitar o céu.
Assim, nas 24 horas seguintes, a mulher se diverte pulando de nuvem em nuvem, tocando harpa e cantando. É tudo tão bonito e tão sereno, que, quando percebe, as 24 horas se passaram e São Pedro vai buscá-la.
- Então, passou um dia no inferno e outro no paraíso. Agora você deve escolher sua eternidade.
A mulher pensa um pouco e responde:
- Senhor, o paraíso é maravilhoso, mas penso que me senti melhor no inferno, com todos os meus amigos e aquela intensa vida social.
Assim, São Pedro a acompanha até o elevador, que outra vez desce, desce, desce, até o inferno. Quando as portas do elevador se abrem ela depara com um deserto, inóspito, sujo, cheio de desgraças e coisas ruins. Vê todos os seus amigos, vestidos com trapos, trabalhando como escravos, aguilhoados por diabos inferiores, que estão recolhendo as desgraças e colocando-as dentro de bolsas pretas. O diabo se aproxima e conduz a mulher pelo braço, com brutalidade.
- Não entendo - balbucia a mulher. - Ontem eu estava aqui e havia um campo de golfe, um clube, comemos lagosta e caviar, dançamos e nos divertimos muito. Agora tudo o que existe é um deserto cheio de lixo e todos os meus amigos parecem uns miseráveis.
O diabo olha para ela e sorri:
- Ontem estávamos te contratando. Hoje você faz parte da equipe!

Árvore dos desejos



Uma vez um homem estava viajando e, acidentalmente, entrou no Paraíso. No conceito indiano de Paraíso, existe a árvore dos desejos. Você simplesmente senta debaixo dela, deseja qualquer coisa e imediatamente seu desejo é realizado - não há intervalo entre o desejo e sua realização.
O homem estava cansado, e pegou no sono sob a árvore dos desejos. Quando despertou, estava com muita fome, então disse: "Estou com tanta fome, desejaria poder conseguir alguma comida de qualquer lugar."
Imediatamente apareceu comida vinda do nada - simplesmente uma deliciosa comida flutuando no ar. Ele estava tão faminto que não prestou atenção de onde a comida viera. Começou a comer imediatamente e a comida era tão deliciosa... Depois, a fome tendo desaparecido, olhou à sua volta. Agora estava satisfeito. Outro pensamento surgiu em sua mente: "Se ao menos eu conseguisse algo para beber..."
Como não há proibições no Paraíso, imediatamente apareceu um excelente vinho. Bebendo vinho relaxadamente na brisa fresca do lugar, sob a sombra da árvore, começou a pensar: "O que está acontecendo? O que está havendo? Estou sonhando ou existem espíritos ao meu redor zombando comigo?"
E os espíritos apareceram, e eram ferozes, horríveis, nauseantes. Ele começou a tremer e um pensamento surgiu em sua mente: "Agora vou ser assassinado, com certeza!!!!"
Conforme seu desejo, foi o que aconteceu.
Esta é uma antiga parábola e de imenso significado. Sua mente é a arvore dos desejos - o que você pensa mais cedo ou mais tarde se realiza. Às vezes o intervalo é tão grande que você se esquece completamente que, de alguma forma, desejou aquilo; então, não faz ligação com a fonte. Mas se olharmos profundamente, perceberemos que todos os nossos pensamentos, medos e receios estão formando nossas vidas. Eles criam nosso Inferno ou criam nosso Paraíso. Criam nossos tormentos, ou criam nossas alegrias. Eles criam o negativo ou criam o positivo. Todos aqui são mágicos. E todos estão fiando e tecendo um mundo mágico ao seu redor, e aí são apanhados.
A própria aranha é pega em sua própria teia. Ninguém o está torturando a não ser você mesmo. E uma vez que isso seja compreendido, mudanças começam a acontecer. Então você pode dar a volta, pode transformar seu Inferno em Paraíso; é simplesmente uma questão de pintá-lo a partir de um ângulo diferente. Seu Paraíso depende de VOCÊ!!!
Isso é Brasil...
KIT DO BRASILEIRO*Vai transar?*O governo dá camisinha.*Já transou?*O governo dá a pílula do dia seguinte.

*Teve filho?*O governo dá o Bolsa Família.

*Tá desempregado?*O governo dá Bolsa Desemprego.*Vai prestar vestibular?*O governo dá o Bolsa Cota.*Não tem terra?*O governo dá o Bolsa Invasão e ainda te aposenta.*Mas experimenta estudar e andar na linha pra ver o que é que te acontece!*

" Trabalhe duro, pois milhões de pessoas que vivem do
Fome - Zero e do Bolsa - Família , sem trabalhar , dependem
de você "

Triste realidade brasileira...

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Um Tempo para Ser

Quando viu o relógio, saiu apressado. Mal daria para um café...Seu dia longo e cansativo...Pegou seu carro, celular no bolso, gravata na mão e o portão, onde está o controle do portão?A manhã linda o recebia em suas ruas, em seus jardins...Mas, ele só pensava nas reuniões, depois pegar as crianças...No certo vão querer comer no Mac Donald´s.Talvez seja melhor deixar para amanhã o terno na lavanderia...Que trânsito, Meu Deus!Um engarrafamento quilométrico e ele ali, feito leão na jaula, prestes a arrancar sua juba com seus próprios dentes.E sabia, não dava para fugir do trânsito, teria que esperar.Não conseguia aceitar...Quando, ao seu lado, um menino na rua, a dançar por entre os carros, oferecia suas balinhas e seus versinhos:"Uma balinha adoçará o seu dia, duas, adoçarão muito mais!E, pela primeira vez no dia, ele se viu a sorrir para aquela criança.Ficou observando como se movia graciosamente por entre tantos carros, tantas pessoas mal humoradas.E nada parecia lhe tirar aquele riso gostoso.Ficou olhando a criança...E aos poucos pôs-se a relembrar sua infância...A rua cheia de árvores, a cachoeira de águas cristalinas, os brigadeiros roubados da mesa da vovó, as brincadeiras ao anoitecer, seu jantar, seu cachorro...Fechou os olhos e percorreu toda sua vida, sua correria, suas dores, suas alegrias...Que vontade de parar...E, foi o que fez!Estacionou seu carro, tirou seus sapatos e caminhou pela grama morna e suave do parque.Sentiu a frescura do dia pairando em seu ser, agora mais renovado...Que dia lindo! Que céu azul!Respirou fundo, sentia-se feliz, relaxado...Por momentos lembrou-se de si mesmo, dos seus olhos, da sua paz tão esquecida por entre a sua correria...E percebeu como era precioso para si mesmo...E havia esquecido isso...Como era bom ter um momento apenas para ser, existir...Tinha tanto para sentir, tanto para aprender.Poderia ser este um bom começo... percorrer seus dias com mais suavidade e atenção.Percebeu que aprendia com aquilo que se permitia viver, e agora, tentaria viver melhor, para aprender o melhor.Pegou seu carro, engatou a primeira e foi para mais um dia de trabalho e que dia...Que dia lindo!