terça-feira, 31 de agosto de 2010

METÁFORAS

As metáforas constituem uma das mais poderosas técnicas disponíveis de mudança. As metáforas incorporadas estabelecem uma ligação direta com as emoções e os padrões profundos de comportamento. Na obra Metaphors We Live by, Lakoff and Johnson (1980) mencionam que nosso sistema conceptual é metafórico, e o pensamento é corporificado e se desenvolve através da percepção, do movimento, e da experiência física. Diversos pesquisadores atuais identificaram a importância do corpo para criar a consciência. Antonio Damasio (1999) identificou sistemas de resposta em nível corporal como aspectos complexos das emoções e, até mesmo, da consciência. Além das estruturas neurais, os estados emocionais são definidos por mudanças no perfil químico do corpo, mudanças nas vísceras, e mudanças no grau de contração dos músculos do corpo. Damasio acredita que as emoções são uma parte importante de nossa normalidade homeostática e do mecanismo de sobrevivência. Candace Pert (1991), outro pesquisador, acredita que nosso corpo é a mente inconsciente e pode ser melhor abordado através do lado direito do cérebro, de terapias expressivas como o trabalho com os sonhos e de terapia pela arte. A razão pela qual necessitamos abordar os estados emocionais no corpo é porque as emoções negativas são armazenadas no corpo físico a longo prazo e devem ser liberadas para que a cura possa ocorrer. Essas emoções negativas armazenadas podem criar numerosos problemas emocionais e podem até favorecer a doença.

As emoções negativas acumuladas no decorrer da vida são armazenadas não somente como lembranças, mas também no corpo físico. Essas emoções armazenadas podem tornar-se uma parte integrante de nossa personalidade e identidade. Uma vez que essas emoções não representam a natureza verdadeira do indivíduo, elas podem freqüentemente bloquear seu sucesso em diversas áreas da vida. A focalização direta das emoções incorporadas pode criar mudanças nos diferentes contextos. É, também, uma maneira de ignorar obstáculos conscientes e provocar a criatividade da mente inconsciente. Trabalhar nesse nível garante que as mudanças são coerentes com o sistema de crenças de cada individuo e estão em linha com os valores mais profundos do indivíduo. De fato, esse tipo de trabalho de mudança freqüentemente tem um componente de vínculo.

A abordagem é baseada no método de Robert Dilts (1990) de combinar estados de problema com estados de recursos para criar um estado desejado. Ao trabalhar com metáforas, o processo pode ser reescrito, como segue: metáfora do problema + metáfora de recurso = metáfora do resultado desejado.

A idéia básica nesse processo é de que os indivíduos tenham todos os recursos dos quais necessitam e que esses recursos tenham sido obscurecidos por emoções negativas. Uma vez liberadas as emoções negativas do corpo, o indivíduo será capaz de acessar esses estados de maiores recursos. Além dos estados que nós normalmente consideramos como emoções, como a raiva ou a culpa, estados de confusão ou de “eu não sei” podem ser tratados com sucesso através desse processo de metáforas incorporadas. Em certo sentido, esse é um processo que ajuda as pessoas a se tornarem quem elas pretendiam ser.

O processo pode ser esquematizado da seguinte maneira: 1) identificar o estado a ser tratado, 2) desenvolver a metáfora incorporada associada, 3) identificar um tempo anterior à metáfora do problema, 4) desenvolver ou criar uma metáfora de recursos, 5) convidar a metáfora de recursos para interagir com a metáfora do problema, 6) verificar os resultados. Além do conhecimento de PNL, este artigo pressupõe uma compreensão básica da precisão de linguagem. Em Metaphors in Mind, Lawley e Tompkins (2000) oferecem uma descrição completa da precisão de linguagem.

1. Identificar o Estado de Problema Emocional.

O estado inicial de problema pode ser uma simples emoção ou um padrão de comportamento problemático. Esses padrões de comportamento podem ser aspectos de identidade ou personalidade. O ponto mais importante consiste em usar a própria linguagem do grupo quando estiver identificando o estado a ser tratado.

2. Desenvolver a Metáfora do Problema.

3. Identificar um Tempo anterior à Metáfora do Problema.

O próximo passo é identificar um tempo anterior àquele em que o indivíduo experimentou o estado de problema. É bom escolher um tempo quando o indivíduo se sentia com recursos. Perguntar o tempo imediatamente anterior ao estado de problema pode não ser útil, pois poderá ser outro estado de problema. Se o estado de problema for um trauma severo, você corre o risco de associar a pessoa a uma lembrança traumática.

4. Desenvolver uma Metáfora de Recursos.

5. Desenvolver uma reflexão a respeito da metáfora trabalhada

A fase de interação nem sempre é simples ou direta. Talvez outros estados tenham que ser tratados, ou sejam necessárias metáforas de recursos adicionais. Isso depende da natureza e severidade do estado de problema.

6. Verificar os Resultados.

Uma parte importante da verificação de resultados consiste em determinar se houve mudança. O eu adulto não necessita compreender o que significa essa mudança.

O processo de Metáforas Incorporadas é útil para diferentes estados de problemas. Isso inclui emoções problemáticas, estados sem recursos, crenças... Uma vez tendo o indivíduo se familiarizado com este processo, ele pode reconhecer, no momento adequado, quando está experimentando uma emoção que é resultado de antigas emoções negativas armazenadas. Diversas pessoas que sentiram uma conexão especial com sua metáfora de recursos foram capazes de empregá-la quando foi necessária em outras situações.

Uma das maneiras mais eficazes de usar esse processo é ajudar as pessoas a curar os padrões negativos de comportamento. Dessa forma, o indivíduo se torna mais congruente e mais capaz de responder aos desafios da vida. Uma vez liberada a energia negativa armazenada, todos podem experimentar uma criatividade maior e uma capacidade melhor para usar suas emoções como recursos valiosos.
Entendendo a PNL
Programação - são padrões de comportamento e objetivos que estabelecemos em nossas vidas.
Neuro - a maneira como nosso cérebro e sistema nervoso trabalham.
Linguística - modo como nos comunicamos com os outros (verbal e não-verbal) e com nós mesmos (em voz alta ou dentro de nossas mentes).

Vamos começar:

Ao contrário da psicologia que é reparadora (tenta consertar o que há de errado com o indivíduo), a PNL é geradora, cria padrões de comportamento que lhe dão novas opções de vida

Males, que no divã do psicanalista demoram a serem tratados, somem , às vezes em minutos, com a PNL. Em vez de procurar a cura através do conteúdo do discurso do paciente, ela analisa a forma como o discurso é emitidoe daí reprograma o comportamento.

Richard Bandler criou a PNL junto com John Grinder, a partir das técnicas de hipnose de Milton Erickson, da terapia familiar de Virginia Satire da terapia da Gestalt de Fritz Perls. Três magos da comunicação que tiveram seu trabalho decodificado pela nova ciëncia.

Para Bandler e Grinder qualquer comunicação é hipnose. " Toda vez que algo é comunicado por quem quer que seja" , dizem no livro "Sapos e Príncipes", "este alguém está tentando induzir o interlocutor a determinados estados. Se falo de minhas férias, a intenção é induzí-lo a um estado em que se tem experiências relativas a férias".

Gandhi, Martin Luter King e Hitler já usavam modelos de comunicação mapeados pela PNL e conhecidos como ferramentas de comunicação e persuasão.

Para se comunicar bem com alguém é preciso saber em que modelo de mundo a pessoa vive. A PNL diz não haver uma "realidade" única a que todos têm acesso.

Todos nós usamos um filtro predominante para ver o mundo. A boa comunicação se faz quando detectamos o canal predominante do nosso interlocutor e o usamos para entrar em sintonia com ele, o que na PNL se chama rapport. Uma pessoa ligada ao mundo por imagens possui um filtro visual. Outra se liga ao mundo por sons e palavras e tem um filtro auditivo. E a terceira se liga ao mundo por sensações físicas com um filtro cinestésico.

Fora os sensoriais, usamos outros filtros para distorcer, deletar e generalizar nossas experiëncias. "Meu pai nunca me entende", por exemplo, é uma frase que mostra uma visão generalizante da realidade que ao mesmo tempo a encurta.

Uma regra da PNL é que devemos informar ao nosso cérebro aquilo que queremos e não o que não queremos. Se digo "Não quero ser igual minha mãe" acabo me tornando igual a ela. Devemos ter objetivos claros e sermos flexíveis ao tentarmos atingi-los.

Com a PNL, aprendemos a aprender.E para se fazer algo bem feito é bom não pensar no que se está fazendo, isto é, agir mais ou menos inconscientemente. Ao digitar no computador quanto mais inconsciente for o processo, mais rápida é a digitação.

Experts em várias áreas agem por intuição e a PNL procura mapear seus comportamentos para que outros possam ter acesso aos mesmos resultados. No livro "A Estrutura da Genialidade" por exemplo Robert Diltsanalisa os processos mentais de Albert Einstein.

Einstein reduziu a física ao que os psicólogos chamam de "fantasia orientada" e ele chamava de "experiëncias de pensamento". A PNL usa estados alterados ou de transe para sugerir outras opções de vida. Seja para fazer alguém perder o medo de avião ou distorcer sua noção de tempo e tornar uma longa viagem mais curta.


Abraços


ELAINE CRISTINA CUNHA