terça-feira, 6 de setembro de 2011

Pais estressados alteram o DNA de suas crianças

Que radiação que nada. Pesquisadores descobriram que até o estresse demasiado dos pais pode deixar marcas duráveis no material genético de seus filhos.
Um novo estudo visou explorar se e como a experiência negativa altera genes de uma criança, e se essas alterações permanecem até a adolescência.
A pesquisa revelou um mecanismo pelo qual as experiências de infância influenciam na parte biológica de uma pessoa.
De acordo com a pesquisadora Marilyn Essex, a novidade confirma a hipótese de que um cotidiano conturbado e estressante na infância pode prever mudanças no DNA que se manifestarão na adolescência. “Essa é mais uma prova da importância dos primeiros anos e dos efeitos duradouros dos ambientes familiares durante a infância e na idade pré-escolar da criança”, diz.
A equipe se concentrou na epigenética, que é um processo que afeta a expressão de genes sem alterar a sequência de DNA subjacente. Un conceito-base da epigenética é um processo chamado de “metilação”, no qual um grupo químico se junta a partes do DNA de um organismo e afeta o fato de o gene se expressar ou não em resposta a estímulos sociais e físicos.
Os pesquisadores mediram os padrões de metilação em amostras de DNA das células da bochecha de mais de cem adolescentes de 15 anos. Os resultados dessa experiência foram em seguida comparados com dados coletados em 1990 e 1991, com os pais dessas mesmas crianças. Os pais foram convidados a fornecer informações sobre seus níveis de estresse, incluindo expressão frequente de raiva, estresse e depressão.
“Esta parece ser a primeira demonstração científica de que momentos de adversidade dos pais durante os primeiros anos de uma criança levam a mudanças perceptíveis em sua ‘epigenoma’, ainda mensuráveis mesmo mais de uma década mais tarde”, afirma o pesquisador Michael Kobor.
Níveis mais elevados de estresse relatados pela mãe durante o primeiro ano de vida de seus filhos foram relacionados com os níveis de metilação do DNA em 139 locais quando as crianças se tornaram adolescentes. Os resultados também mostraram 31 casos que foram associados ao estresse dos pais durante os anos pré-escolares de seus filhos, enquanto as crianças tinham de três e meio a quatro anos e meio.
Outro dado interessante apontado pelos pesquisadores foi que os níveis de estresse da mãe têm efeito tanto nos meninos quanto nas meninas, porém os níveis de estresse do pai são mais fortemente associados com a metilação do DNA das filhas. Esses resultados apoiam pesquisas anteriores que mostram que a ausência da figura paterna está associada ao início mais precoce da puberdade e a difíceis traços temperamentais em meninas – mas não em meninos.

Dormir tarde pode significar mais pesadelos

Se você é daqueles que adora dormir tarde, pense bem: um novo estudo sugere que o sono atrasado pode ter um lado sinistro.

Pessoas que adormecem muito tarde podem ter um risco maior de ter pesadelos.
Estudos anteriores afirmam que cerca de 80% dos adultos experimentam pelo menos um pesadelo por ano, com 5% sofrendo de sonhos perturbadores mais de uma vez por mês.

A nova pesquisa analisou 264 estudantes universitários sobre seus hábitos de sono e frequência de pesadelos, definidos como “sonhos disfóricos associados com sentimentos de ameaça, medo, ansiedade ou terror”.

Os cientistas usaram uma medida conhecida como Escala de Ansiedade e Sonho de Van para avaliar a taxa de sonhos ruins.

Especificamente, os participantes do estudo foram solicitados a classificar a sua frequência de pesadelos em uma escala de zero a quatro, o que correspondia a nunca e sempre, respectivamente.

Em média, os indivíduos que se descreveram como tipos noturnos tiveram uma pontuação de 2,10, enquanto os indivíduos que acordavam cedo pontuaram em média 1,23 na escala, uma diferença significativa.

O estudo resulta de uma pesquisa online maior, com cerca de 4.000 pessoas, que encontrou indícios de uma associação entre ser um tipo noturno e ter pesadelos entre as mulheres de 20 e poucos anos.

“Fiquei satisfeito ao ver que replicaram a associação entre ser uma pessoa da noite e ter pesadelos”, disse Tore Nielsen, autor da pesquisa original. Ele acrescenta que é necessário mais estudos sobre as diferenças de gênero. “Homens e mulheres têm grande diversidade de sistemas emocionais, e eu acho que há expressões diferentes em torno de pesadelos”, explica.

Especialistas estão intrigados com a ideia de que o ciclo corporal de uma pessoa, conhecido como ritmo circadiano, pode estar vinculado a pesadelos.
Porque tipos noturnos relatam mais pesadelos é um mistério. Os autores do estudo apontam para trabalhos anteriores que descobriram que estes indivíduos podem ser mais propensos a ter transtornos de humor e estilos de vida estressantes.
Outros cientistas encontraram uma associação entre transtornos de humor, como depressão, e problemas de sono.
Ainda assim, a pesquisa constatou que os tipos da noite eram ligeiramente mais
propensos a se lembrar de seus sonhos em geral, e isso poderia em parte explicar as
descobertas.

No entanto, pessoas que dormem tarde e acordam cedo têm mais probabilidade de experimentar déficit de sono e compensá-lo nos fins de semana, dormindo mais. Assim, poderiam sentir mais sono REM, a fase do sono caracterizada por movimentos rápidos dos olhos, aumento da atividade cerebral e sonhos vívidos.
Também, os pesquisadores teorizam que um hormônio do estresse chamado cortisol pode estar envolvido. O hormônio normalmente atinge seu pico no corpo pela manhã, pouco antes de alguém acordar. É também nessa época que os ciclos do sono REM atingem seu pico. A ideia é que, se o seu sono for deslocado, você pode dormir quando seu cortisol estiver elevado, o que pode levar a pesadelos ou sonhos bizarros e vivos.
Novos estudos sobre a associação vão pedir que os participantes registrem seus hábitos de sono em um diário, ou usem um dispositivo de detecção de movimento especializado que pode gravar os padrões de sono com base em períodos de descanso

Pessoas atraentes são também mais egoístas

Uma nova pesquisa confirmou aquilo que sempre suspeitamos, desde a escola: as pessoas mais belas e atraentes são mais “malvadas” do que as que têm a aparência média normal. Por isso, nada de ficar se remoendo ao lembrar que a menina mais bonita do colégio te deu um fora.

Pesquisadores fizeram um experimento com diversas pessoas. Em uma espécie de jogo, os participantes podiam escolher cooperar com os outros ou os ignorar para obter benefício próprio maior. Eles descobriram que as pessoas com rostos mais simétricos foram mais propensas a pensar nelas mesmas.

De acordo com os pesquisadores, as pessoas com rostos simétricos tendem a ser mais saudáveis e atraentes. Por isso, elas também são mais autossuficientes e têm um incentivo a menos para ajudar os outros.

Basicamente, as pessoas muito bonitas não precisam ser legais, porque podem fazer coisas por elas mesmas através da superioridade genética – ou apenas levar outras pessoas (possivelmente impressionadas com a beleza) a fazer algum trabalho para elas.
Se ser uma pessoa sedutora pode tornar alguém mais cruel e egoísta, também pode facilitar o enriquecimento. De acordo com um estudo, homens que tiveram uma menor tendência a ajudar e cooperar com os outros conseguiram 18% mais dinheiro do que os colegas que não foram contemplados com um belo rosto e corpo. Para as mulheres, a diferença foi modesta, de apenas 5% – mas ainda assim, as atraentes recebiam mais do que as mulheres de aparência comum.

É possível que o fato das pessoas mais atraentes ganharem mais dinheiro tenha a ver com o egoísmo. Por isso, muitas empresas estão instituindo programas para treinar seus funcionários – ser sexy não conta, e sim conseguir trabalhar em grupo de maneira positiva

Será que reprimimos a atração sexual por nossos familiares?

Várias culturas ao redor do mundo proíbem o incesto, e por boas razões. A endogamia pode causar mutações raras que levam a defeitos congênitos graves.
Durante quase 100 anos, pesquisadores discutiram sobre a origem dos tabus do incesto. Em 1913, o psiquiatra vienense Sigmund Freud (foto) propôs que eles existem porque temos “impulsos incestuosos” que precisam ser reprimidos. Já o sociólogo finlandês Edward Westermarck argumentou em 1891 que as pessoas desenvolveram um mecanismo biológico para evitar o incesto. Segundo ele, as pessoas que crescem juntas se achariam mutuamente atraentes.
Sim, esses caras sugeriram que todas as pessoas reprimem impulsos de cometer incesto. E sim, isso é nojento. Mas eles podem estar – apenas parcialmente – corretos. Um novo estudo revelou que as pessoas se sentem mais atraídas pelos rostos que se parecem com o seu próprio ou que foram precedidos por uma imagem subliminar de seu pai ou mãe.
Os resultados da pesquisa não querem dizer que todos nós secretamente desejamos ter relações sexuais com membros de nossa família, mas sim apontam para o poder da familiaridade nas formas que achamos atraentes.
Porém, evidências indicam que as pessoas se sentem atraídas por companheiros que se parecem com seus pais. Em outro estudo publicado em 2004, pessoas viram fotos de pais adotivos e homens, e foram capazes de adivinhar quais eram as esposas dos homens com base somente na aparência do pai adotivo. Em outras palavras, as mulheres se casaram com homens que se pareciam com seus pais adotivos.
Os pesquisadores recentes tendem para a teoria de Westermarck.Ele sugeriu que determinados fatores, tais como a semelhança familiar ou ter crescido com alguém, tendem a inibir a atração porque provocam mecanismos que desenvolvemos para evitar incesto (como o nojo que sentimos só de pensar em fazer sexo com um parente próximo).
Porém, uma grande quantidade de dados em psicologia social sugere que esses mesmos fatores tendem a facilitar a atração entre as pessoas.
Na mesma pesquisa que revelou que as pessoas se sentem atraídas por indivíduos parecidos com seus pais e consigo mesmas, os cientistas fizeram um experimento contando aos participantes do estudo que eles veriam imagens de pessoas misturadas com fotos deles próprios, o que era uma mentira. As imagens eram compostas na verdade de rostos de outras pessoas. Porém, nesse caso, as pessoas classificaram as imagens como menos atraentes.
Tais resultados apóiam a teoria de Westermarck. Inconscientemente, os participantes avaliaram as imagens de parentes deles, mas quando imaginaram que havia a presença do rosto de seus pais ou elementos de seu próprio rosto, isso provocou repulsa.
Os pesquisadores acreditam que a familiaridade pode ser mais forte quando as pessoas não sabem de onde ela está vindo. Quando as pessoas estão conscientes de ter passado muito tempo juntos, como em um casamento de décadas, elas podem ficar habituadas umas as outras. Ou em outras palavras, a paixão morre. A mistura de familiaridade e novidade é que parece funcionar melhor para a atração.
Apesar de todo esse material, existem especialistas céticos das pesquisas por bons motivos. Uma psicóloga evolucionária da Universidade de Miami, por exemplo, diz que os estudos feitos não testam a hipótese de Westermarck, que é sobre atração entre irmãos, e não pais.
Também segundo ela, os resultados dos experimentos com os próprios rostos das pessoas não devem ser explicados em termos de atração. Pode ser que as pessoas usem os parentes para criar um modelo do que é uma pessoa saudável do sexo oposto, mas não é uma prova que somos atraídos pelos membros de nossa própria família.
o paciente, ao comunicar seus estados psíquicos ou não ao analista, está transferindo tais emoções ao profissional. Este recebe e elabora o material, e devolve, sempre que for o caso, a interpretação do que ouviu. Quando, porém, a comunicação do paciente atinge o terapeuta em algo particular (por exemplo, uma situação parecida com a que o terapeuta já vivenciou), o analista pode, algumas várias vezes, “travar”, isto é, não conseguir elaborar o material levado pelo paciente. Soa, mais ou menos, como se ele se recusasse – emocionalmente – a receber a transferência, exercendo a chamada contratransferência. Os psicanalistas franceses Jean Laplanche e Jean Pontalis afirmam que a contratransferência, na Psicanálise freudiana, é compreendida como o “conjunto das reações inconscientes do analista à pessoa do analisando e, mais particularmente, à transferência deste”

É importante ressaltar que a figura do analista está, para muitas pessoas, numa fronteira entre bruxo e mágico. Por não conhecerem o corpo teórico da Psicanálise e suas várias vertentes, parece, a alguns, que o terapeuta tem a capacidade de “ler” pensamentos e traduzir em palavras todo o desconforto emocional pelo qual o paciente passa. Assim sendo, sua ascendência sobre o paciente é grande, o que fala tem relevo e é levado muito em consideração. Por isso, seus sentimentos precisam estar sob controle na dinâmica com o paciente, sob o risco de contaminar a relação. É fundamental que o terapeuta os observe em relação ao paciente, uma vez que tais sentimentos são subprodutos da interação que ocorre na sessão.

Afim de manter tais sentimentos sob controle vários psicanalistas adotaram posturas de defesa tanto emocionais como físicas. Durante muito tempo, o divã foi a barreira física estabelecida entre o analista e o paciente. Ficar ao lado do divã, com o paciente deitado, funcionava como uma defesa ativa para o analista, ainda que a “desculpa” fosse o conforto do paciente. Sem olhar nos olhos, apenas recebendo a comunicação deste, o terapeuta podia dar vazão a caras e bocas diante do material exarado. Com o desuso do divã, contudo, foi preciso que adotasse outras posturas físicas. Hoje, na maioria das vezes, de frente para o paciente, ele recebe toda a carga de sentimentos, emoções e frustrações e precisa lidar com o impacto que tais revelações proporcionam, sem lhe demonstrar nenhum sintoma que possa ser interpretado como juízo de valor ou reprovação. A frieza, para muitos analistas, é sua principal defesa.

Há que se perguntar, contudo, se tal frieza ainda tem lugar na clínica psicanalítica. Na década de 1950, os psicanalistas que tentavam tratar dependentes de álcool com essa postura fria e distante não conseguiam estabelecer o menor contato com o paciente. Com isso, o índice de insucesso era tremendo, o que só colaborava para tornar a dependência de álcool um “problema de caráter que acometia pessoas que não queriam se tratar”. Não se compreendia, na época, que alcoolistas severamente comprometidos necessitavam de uma abordagem mais próxima, de acolhimento. Prevalecia a idéia de que o psicanalista, do alto do seu pedestal, não podia se aproximar muito do paciente, uma vez que isso faria com que não compreendesse o quadro em sua totalidade. E isso ocorria não só com pacientes dependentes de álcool, mas com vários outros portadores de muitas outras psicopatologias. O distanciamento protegia o analista – não o paciente.

Por mais acaciano que seja é preciso que se diga que analista é um ser humano. E como tal, está sujeito às vicissitudes que assolam as pessoas. Ele fica magoado, triste, irritado e deprimido. Tem raiva (ódio mesmo), pode ter um dia excepcionalmente ruim e não conseguir atender seu paciente como de costume. É capaz de “dormir” na sessão (ficar disperso e não prestar atenção na fala do paciente), pode confundir sentimentos e situações e, por mais treinado que seja, está sujeito a erros de interpretação. Mas, ao contrário do que ocorre em outras profissões, o terapeuta pode aproveitar esses momentos de fragilidade emocional para aprimorar seus contatos com os pacientes. Isso porque, embora tais sentimentos possam não estar direcionados para algum analisando em especial, alguns deles têm a capacidade de evocar certas lembranças e emoções no terapeuta, com repercussões no mínimo interessantes na interação entre os dois e no conjunto do tratamento.

De modo bem simplista, diz-se que o paciente, ao comunicar seus estados psíquicos ou não ao analista, está transferindo tais emoções ao profissional. Este recebe e elabora o material, e devolve, sempre que for o caso, a interpretação do que ouviu. Quando, porém, a comunicação do paciente atinge o terapeuta em algo particular (por exemplo, uma situação parecida com a que o terapeuta já vivenciou), o analista pode, algumas várias vezes, “travar”, isto é, não conseguir elaborar o material levado pelo paciente. Soa, mais ou menos, como se ele se recusasse – emocionalmente – a receber a transferência, exercendo a chamada contratransferência. Os psicanalistas franceses Jean Laplanche e Jean Pontalis afirmam que a contratransferência, na Psicanálise freudiana, é compreendida como o “conjunto das reações inconscientes do analista à pessoa do analisando e, mais particularmente, à transferência deste”.


Durante muito tempo, o divã foi a barreira física estabelecida entre o analista e o paciente
Receber materiais que expressam, de uma forma ou de outra, passagens de sua vida, pode tornar o terapeuta um agente inconsciente dos recalques, repressões, sublimações do paciente. É importante ressaltar que a figura do analista está, para muitas pessoas, numa fronteira entre bruxo e mágico. Por não conhecerem o corpo teórico da Psicanálise e suas várias vertentes, parece, a alguns, que o terapeuta tem a capacidade de “ler” pensamentos e traduzir em palavras todo o desconforto emocional pelo qual o paciente passa. Assim sendo, sua ascendência sobre o paciente é grande, o que fala tem relevo e é levado muito em consideração. Por isso, seus sentimentos precisam estar sob controle na dinâmica com o paciente, sob o risco de contaminar a relação. É fundamental que o terapeuta os observe em relação ao paciente, uma vez que tais sentimentos são subprodutos da interação que ocorre na sessão.

O divã
Afim de manter tais sentimentos sob controle vários psicanalistas adotaram posturas de defesa tanto emocionais como físicas. Durante muito tempo, o divã foi a barreira física estabelecida entre o analista e o paciente. Ficar ao lado do divã, com o paciente deitado, funcionava como uma defesa ativa para o analista, ainda que a “desculpa” fosse o conforto do paciente. Sem olhar nos olhos, apenas recebendo a comunicação deste, o terapeuta podia dar vazão a caras e bocas diante do material exarado. Com o desuso do divã, contudo, foi preciso que adotasse outras posturas físicas. Hoje, na maioria das vezes, de frente para o paciente, ele recebe toda a carga de sentimentos, emoções e frustrações e precisa lidar com o impacto que tais revelações proporcionam, sem lhe demonstrar nenhum sintoma que possa ser interpretado como juízo de valor ou reprovação. A frieza, para muitos analistas, é sua principal defesa.

Há que se perguntar, contudo, se tal frieza ainda tem lugar na clínica psicanalítica. Na década de 1950, os psicanalistas que tentavam tratar dependentes de álcool com essa postura fria e distante não conseguiam estabelecer o menor contato com o paciente. Com isso, o índice de insucesso era tremendo, o que só colaborava para tornar a dependência de álcool um “problema de caráter que acometia pessoas que não queriam se tratar”. Não se compreendia, na época, que alcoolistas severamente comprometidos necessitavam de uma abordagem mais próxima, de acolhimento. Prevalecia a idéia de que o psicanalista, do alto do seu pedestal, não podia se aproximar muito do paciente, uma vez que isso faria com que não compreendesse o quadro em sua totalidade. E isso ocorria não só com pacientes dependentes de álcool, mas com vários outros portadores de muitas outras psicopatologias. O distanciamento protegia o analista – não o paciente

Embora essa rigidez ainda esteja presente em vários psicanalistas, o fato é que hoje, felizmente, muita coisa mudou. O analista, que deixou de ser um totem para si mesmo, desceu à terra e partilha a dor do seu paciente. Entende-se, claro, que esse “partilhar” vai até o limite do conforto que pode ser oferecido. O terapeuta que se envolve em demasia com a dor do paciente não vai conseguir ajudá-lo. Mas a distância fria e objetiva, que faz do analisando apenas um objeto de estudo, vem sendo abandonada em favor da leitura do sofrimento total experimentado por ele. O acolhimento não tira a objetividade da ação do analista. O receio deste, ao não acolher o paciente em sua totalidade (mas somente os sintomas apresentados) é justamente envolverse, tecendo, desse modo, uma rede de defesa em torno de si que não colabora com o tratamento. O terapeuta devidamente psicanalisado não tem receio de acolher o paciente.

Três fases
Citando Ferenczi, a psicanalista Lúcia Helena Rodrigues Navarro, em seu trabalho Da contratransferência em direção às questões relativas à regressão, diz que o autor “considerava os fenômenos contratransferenciais como pontos cegos ou aspectos não trabalhados na análise do analista, e absolutamente tudo o que se passasse do lado do analista, que pudesse ser tanto obstáculo quanto instrumento para a análise”. Ela cita as três fases da contratransferência: a lua-de-mel, o controle excessivo e a regulação (essas fases não são os nomes propostos por Ferenczi nem pela autora). Na lua-de-mel, o terapeuta se encanta e “adota” o paciente quando de suas queixas. No segundo, percebendo a contratransferência, ele regula, controla as emoções a fim de não se deixar “levar” (assume a distância protetora). No terceiro, com supervisão se for o caso, aprende a manejar a contratransferência.

Mas nem sempre esse caminho é percorrido. Mesmo dominando a contratransferência, alguns sentimentos são evocados no momento em que determinados pacientes atravessam a soleira do consultório e podem ir desde o ligeiro desconforto (já que o analista sabe o que virá), até a negligência na escuta, o “dormir” na sessão, sintomas marcantes do fastio que o paciente promove no terapeuta. Por mais bem trabalhada que sejam as questões envolvidas na contratransferência muitas vezes se torna impossível contorná-las. O paciente passa a ser, para o terapeuta, não alguém que precisa ser ajudado, mas alguém que o incomoda, que lhe promove “dor”, uma dor emocional – que nos psicossomáticos vai ao corpo – que se transforma, gradualmente, em ódio por ele “ter de agüentar” o paciente, por ter de ficar com ele por dever de ofício, por obrigação. Desse modo, é mais do que natural que o tratamento não atinja resultados satisfatórios.

É preciso entender esse “ódio”. A psicóloga Camila Salles Gonçalves, em seu trabalho Ódio e medo na contratransferência, diz: “Retomo aquelas páginas de Winnicott em que sua experiência de odiar uma criança é cruamente declarada. Ele não fala de um momento explosivo, vivência extrema que qualquer cidadão admite, desde que única e excepcional. Refere-se a um ódio inseparável da relação que estabeleceu com um menino de 9 anos, do qual cuidava, e que analisava, utilizando a interpretação, toda vez que deparava com a oportunidade de fazê-lo”. Winnicott, só para lembrar, foi um dos mais saudados, consagrados e prolíficos psicanalistas, que fundamentou seu corpo teórico na relação mãe–bebê. Esse relato citado pela psicóloga faz parte da comunicação que tem por título Ódio na contratransferência, e é um retrato muito cru do quanto o paciente pode desorganizar o analista durante as sessões.

Erotização
A raiva dirigida ao paciente se dá por uma série de motivos. Um deles guarda relação com a repetição temática. Se o cerne da comunicação é sempre o mesmo, ou com um roteiro que inescapavelmente cai no que já foi dito e repisado, e se isso fala às emoções do terapeuta, este pode tender a “não ouvir” o paciente. Ignorá-lo durante as sessões é uma defesa para não odiá-lo. Porque se verbalizar a raiva, o terapeuta provavelmente afrontará o paciente com todo o material de que dispõe e já elaborou. Todos sabem que o analista não diz o que o paciente deve fazer, mas o conduz até o ponto de compreensão. O analista com raiva do paciente fará um atalho que pode feri-lo (não será essa a intenção?). Outros motivos tais como semelhanças de situação, evocação de sentimentos eróticos (por parte de ambos), resistências internas superativadas (por parte de ambos também) avultam o ódio.

O ódio é, todavia, apenas um dos sentimentos que podem aflorar no analista diante do analisando. A própria condução do processo terapêutico se perde quando ocorre a erotização do binômio fala–escuta. Casos e mais casos de romance entre terapeuta e paciente têm sido relatados, e a história mostra que analistas consagrados não tiveram como escapar dessa armadilha. Jung, por exemplo, enamorou-se de sua paciente Sabine Spilrein. Obviamente, nos primórdios do movimento psicanalítico o envolvimento paciente–terapeuta não era visto como hoje – muito prejudicial ao tratamento, uma transposição e sintetização de todas as pulsões libidinais do paciente no terapeuta, e vice-versa, já que a correspondência não precisa nem se dar objetivamente, visto que o analista, tendo “permitido emocionalmente” que isso ocorresse, aceita o flerte e conjuga o verbo “erotizar” no setting terapêutico. A terapêutica, claro, se perdeu.

Mesmo que não exista a clara configuração da erotização do ambiente terapêutico, há, para muitos analistas, o desejo de estar sempre com determinado paciente. Este, ao contrário do que ocorre com o paciente odiado, quando chega ao consultório parece ao analista que tudo se ilumina. Há por parte do analista devoção aparentemente genuína pela fala do paciente, uma preocupação excessiva com seu bem-estar. O olhar do analista que não resolve essa interação na contratransferência está deslocado. Ele não consegue mais atuar em prol do paciente porque está preocupado consigo mesmo, com seus próprios sentimentos. Desse modo, contamina sua escuta, suas interpretações e devolutivas com seus desejos e devaneios e, emocionalmente – o que é muito ruim –, pode conduzir o paciente a algumas conclusões que favoreçam tais desejos. É urgente, neste caso, que o terapeuta leve a questão para terapia e supervisão ou, na falta destas, dê alta ao paciente.

Máquina
O que muitos se perguntam é se o analista deve falar de si para o paciente. Não dos seus sentimentos talvez, mas de si mesmo. De suas dificuldades, de sua história, dos seus caminhos. Durante muito tempo isso foi considerado um verdadeiro absurdo pelos psicanalistas mais puristas, justamente por causa da auréola de infalibilidade que possuíam. Analista, afinal, não tem história, não tem passado. É um ser acima de tudo e de todos, capaz de lidar bem demais com todos os seus recalques, com permissão de dividi-los com um par ou superior. Ferenczi propõe algo instigante, porém. Ele crê que o analista pode expressar abertamente ao paciente, em certas oportunidades, os sentimentos que experimenta em relação a este. A psicanalista Paula Heimann, autora do trabalho “A contratransferência”, considerado um marco na história e categorização desse conceito, não concorda

Para ela, a expressão da contratransferência sobrecarrega o paciente. Assim, ele não suportaria a carga psíquica devolvida pelo terapeuta. O analista, portanto, dentro dessa óptica, não deveria falar de si, nem usar de sua experiência pessoal para ilustrar passagens e auxiliar o analisando na compreensão de certos fenômenos que o acometem. Só que, com isso, perderia a oportunidade de lançar mão de quadros e passagens vívidas que podem auxiliar enormemente o paciente. É claro que isso precisa ser usado com parcimônia e bom senso. Há terapeutas que são pacientes dos seus pacientes, dependentes mesmo destes, e chegam ao ponto de, na sessão, ser os que mais falam, pouca margem deixando para o paciente se expressar. Os papéis se invertem como ocorre geralmente na dinâmica desorganizada. O que poderia ser uma troca interessante e proveitosa para ambos torna-se uma terapia para o terapeuta. O paciente já foi esquecido.

Eliana Borges Pereira Leite, psicanalista, membro do Departamento de Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae, diz que “o analisando pode se converter em agente de uma intrusão ou inoculação maciça de seus conteúdos na mente de quem o escuta”. Autores que comungam da tese de Eliana reforçam a necessidade premente de o analista estar constantemente se policiando quanto aos sentimentos experimentados em relação ao analisando. E isso ocorrerá só com supervisão de casos e principalmente análise. Com seus vícios e virtudes, fracassos e fortitudes, enfim, só sendo completamente humano é que o analista pode se propor tratar um ser humano. Colocar-se como alguém que não adoece, não tem problema, não esmorece mais afasta do que aproxima o paciente, porque este, tão acostumado a lidar com máquinas, não gostará de ter mais uma a sua frente, ainda que vestido de gente.

Como evitar 4 problemas comuns que destroem relacionamentos

Todo relacionamento significativo engloba centenas de questões: direitos, deveres, acusações, perdões. Todo tipo de relação inclui problemas, mas quatro deles, comuns, são chamados de “destrutivos”. Saiba quais são e como evitá-los:

1 – VARRER AS COISAS PARA DEBAIXO DO TAPETE
Muitas preocupações são ignoradas, esquecidas e enterradas, porque o cotidiano não deixa tempo para discussão. No entanto, não discutir os problemas só faz eles se acumularem para depois você tropeçar neles mais tarde. Você só pode aguentar essa “pilha de problemas” por um certo tempo, até que você, seu parceiro, ou ambos explodam.

Quando algo sobre o seu relacionamento ou parceiro está em sua mente e lhe incomodando, avalie se é importante ou não. Se é uma questão pequena, esqueça ou peça consolo a um amigo. Se for um grande problema, encontre tempo para tratá-lo imediatamente e de forma calma. Não espere meses ou anos de raiva reprimida para finalmente explodir. Lide com os conflitos, conforme eles aparecem.
2 – NÃO OUVIR O PARCEIRO/FALAR DEMAIS
Uma queixa muito comum entre os casais é que o seu parceiro ou parceira não o ouve mais. Pense no começo do seu relacionamento, quando cada palavra que saia do seu amor era interessante, você não poderia esperar por uma ligação, para ouvir a sua voz, e como foi seu dia, ou o que o seu amor achava das coisas.
E hoje? Você está distraído, muito preocupado com as crianças ou o seu trabalho? Você está entediado com seu parceiro reclamando sem parar sobre o trabalho sem fazer nada sobre isso? Quando você puder entender o porquê de um ou outro parceiro já não ouvir mais, poderá cavar as questões mais profundas. Mas qualquer problema será quase impossível de se corrigir, a menos que ambas as partes estejam prestando atenção.

3 – EXPECTATIVAS IRRACIONAIS
Expectativas irracionais são exatamente irracionais. E podem surgir em quase qualquer ponto de um relacionamento. Muitos homens e mulheres acabam tendo as piores expectativas sobre a instituição do casamento, e tornam-se rapidamente desencantados com o parceiro, quando casados.
Isso vale em dobro para a criação de filhos, quando a falta de sono, estresse e pressão financeira trazem conflitos para quase todos os casais do mundo. A lista de áreas onde as pessoas têm expectativas irrealistas é quase infinita: como seu parceiro deveria parecer, o trabalho que deveria ter, a quantidade de dinheiro que deveria ganhar, e assim por diante.
Cada pessoa deve conversar sobre o que quer e o que espera, principalmente em certas áreas de conflito especialmente complicadas, para então analisar (talvez com um psicólogo) se as suas expectativas são ou não razoáveis ou mesmo possíveis de se atingir.

4 – CULPAR O SEU PARCEIRO PELOS PROBLEMAS
Recusar-se a aceitar a sua parte na deterioração de qualquer relacionamento geralmente se manifesta como culpa e acusação.
Muito poucas pessoas sabem pedir desculpas e admitir que elas poderiam ter feito as coisas de forma diferente. E, para algumas pessoas extremamente defensivas, fazer isso não é apenas difícil, mas impossível.
Por qualquer razão (infância, um relacionamento anterior onde se sentia impotente) alguns homens e mulheres simplesmente não conseguem admitir que podem estar contribuindo para problemas no relacionamento.
Tudo se resume a “mas ele(a) fez isso primeiro!”, ou, “eu nunca fiz nada de errado, ele(a) que…”. Essas pessoas mantêm uma “pontuação”, e são sempre inocentes. Em casos como este, as pessoas têm que ser capazes de mostrar ao companheiro que se trata de salvar um relacionamento, não de manter uma contagem de quem errou mais, e que ninguém é perfeito ou mesmo precisa ser.[

Comportamento homossexual é bem mais comum do que pensávamos em insetos



Se você é um daqueles que acha que homossexualidade é antinatural, talvez seja hora de dar uma repensada. Pesquisadores descobriram uma frequência surpreendente de comportamentos homossexuais entre os insetos.
Qiao Wang da Universidade Massey, na Nova Zelândia, e seus colegas descobriram que os besouros machos reagiam de maneira semelhante a machos e fêmeas quando os encontravam pela primeira vez em uma planta: tentando copular.
Depois de “montar” um outro besouro do sexo masculino, o inseto se envolvia em uma sondagem bastante complicada e demorada com seu abdômen, até que pudesse tocar um pequeno segmento do abdômen do besouro debaixo dele; é apenas nesse ponto que o inseto podia determinar se tinha montado um macho ou uma fêmea.
Eventualmente, o besouro desengatava de um indivíduo que acabou sendo outro macho, mas Wang sugeriu que “os machos podem desperdiçar bastante tempo durante sua vida reprodutiva”. Hum…
“Acho que faz sentido que eles fiquem confusos, é meio difícil dizer a diferença entre machos e fêmeas simplesmente olhando para os insetos. Mas errar o sexo de um parceiro em potencial não é responsável por todo o sexo gay dos insetos, no entanto”, explica Wang.
Confusão de identidade não parece ser o que está acontecendo em uma pequena mosca que vive perto das águas dos canais ingleses. Machos vagam na superfície das folhas, atacando qualquer coisa que remotamente se assemelhe a uma fêmea (e algumas coisas que não, tais como manchas cinzentas sobre as plantas, ou moscas de outras espécies).
Depois que ele consegue montar uma fêmea, o par embarca em um ritual de acasalamento elaborado, para frente e para trás por até 15 minutos. Uma fêmea que não quer cooperar rapidamente coloca um fim a esta atividade, caso em que os machos partem sem incomodá-la mais.
Às vezes, porém, um macho monta outro macho, e nestes casos o indivíduo montado resiste vigorosamente à montagem, mas o macho agarra as suas costas como se fosse um cavalo.
Os pesquisadores citam ainda outros insetos que se engajam em comportamentos homossexuais, devido a uma mutação em seus cérebros que faz com que se sintam atraídos por indivíduos do mesmo sexo.
E em algumas espécies de insetos, os machos acasalam com outros do sexo masculino e, em seguida, correm acasalar com uma fêmea. Se eles fossem humanos, iríamos achar que eles estavam tentando esconder algo atrás do armário, não?


Não era por isso que você estava esperando quando leu o título deste artigo, nem o que o autor da ilustração esperava quando seu cliente pediu que ele criasse uma ilustração para a sua academia dando como direção apenas que queria algo com uma “sacada genial”. O mais curioso é que as pessoas são tão ingênuas que realmente acreditam (por alguns momentos) que o ilustrador Luis Di Vasca não entendeu o que querem dizer quando, na realidade, está sendo sarcástico através da sua arte.
De saco cheio com a cara de pau de pessoas que pedem para que ele trabalhe de graça o Luis usa seu ‘ódio criativo’ e sarcasmo mais afiado do que Presto Barba, juntamente com suas ilustrações para dar uma lição nos folgados. Seu blog é o resultado de anos de trocas de email com babacas QI de ameba que querem levar vantagem em tudo.

Não suporta chuva, ou não aguenta o calor? Como o clima pode afetar nosso humor

O senso comum nos diz que humor tem tudo a ver com clima. As taxas de suicídio são maiores em lugares frios. As pessoas são mais alegres em lugares quentes. Tem gente que não suporta chuva, e outros que não são felizes a menos que possam sentir o brilho do sol sobre os ombros.
Mas, do ponto de vista científico, será que a chuva realmente deixa as pessoas para baixo? E o sol levanta o humor? Um novo estudo explorou esta crença popular através de pesquisas com cerca de 500 adolescentes e suas mães. O resultado: o tempo de fato tem um efeito direto sobre o nosso humor.
“Identificamos um grupo de ‘Amantes do Verão’, que eram mais felizes, menos medrosos e menos bravos em dias com mais sol e temperaturas mais elevadas, e menos felizes, mais ansiosos e irritados em dias com mais horas de precipitação”, disse o psicólogo Tom Frijns, coautor do estudo.
Os pesquisadores também identificaram um grupo chamado “Odiosos ao Verão”, em que ocorria o processo contrário dos “Amantes do Verão”. Um terceiro grupo, “Odiosos a Chuva”, também foi identificado. Como sugere o nome, este grupo se sente mais irritado e menos feliz em dias com mais chuva.
“Amantes de Verão” contavam com 17% do grupo de adolescentes, enquanto “Odiosos ao Verão” pesavam 27%. “Odiosos a Chuva” eram 9% do grupo, com o resto dos participantes caindo em um grupo rotulado como “Não Afetados”, ou seja, nem chuva, nem neve, nem gelo, nem o sol parecia afetar o humor desse grupo.
Curiosamente, o estudo também encontrou evidências de que o humor ligado ao clima corre na família. “Mães ‘Amantes do Verão’ tinham filhos também ‘Amantes do Verão’ com mais frequência do que seria esperado por acaso”, afirma Frijns. “Da mesma forma, a frequência observada nas mães e filhos ‘Odiosos a Chuva’ foi duas vezes maior do que a esperada em função do acaso”.
E você? Acha que o clima afeta seu humor? De que maneira?

Humor

Você dormiu demais e tem cinco minutos para ficar pronto para o trabalho. Quando você chega lá, seus amigos (sempre alertas) começam a rir ao perceberem que você está usando dois sapatos diferentes.
O que você faria?
A) riria também
B) ficaria vermelho e voltaria correndo para casa para que ninguém mais percebesse a troca
Se você escolheu a primeira alternativa, suas probabilidades de levar uma vida mais alegre e ter bom senso de humor são maiores. Esses são alguns dos benefícios trazidos quando rimos de nós mesmos.
Apesar da questão do humor ser difícil de responder cientificamente, uma psicóloga e sua equipe fizeram um estudo colocando o humor à prova.
A equipe analisou 67 estudantes de psicologia, que deveriam escolher mais um ou dois amigos para participarem do estudo. Os 67 participantes classificavam a capacidade de rir deles mesmos, e os amigos davam sua própria avaliação. Sem que nenhum dos participantes tivesse conhecimento, uma câmera escondida tirou fotos deles respondendo o questionário que dizia quão alegres ou mal-humorados eles eram.
Depois disso, as fotos foram distorcidas e mostradas entre os estudantes e estranhos, o que foi uma surpresa para todos. Os participantes tiveram que dizer se achavam as fotos engraçadas, enquanto câmeras de vídeo capturavam suas reações, utilizando um sistema de codificação de ações faciais.
As pessoas que eram capazes de rir mais delas mesmas achavam as próprias imagem distorcidas engraçadas, embora não estivessem mais propensas a rir de rostos desconhecidos distorcidos. A tendência é que essas pessoas sejam mais alegres, como os próprios amigos afirmaram no questionário.
A capacidade de rir de nós mesmos, fundamental para o bom senso de humor, é o que move os espetáculos de humor feitos por uma só pessoa. Segundo o comediante Kevin Camia, ele só consegue conquistar a plateia fazendo piadas com ele mesmo. “Fazendo humor autodepreciativo o público se sente mais confortável. É algo com que ele pode se relacionar”, afirmou. E você, é capaz de rir de si mesmo?

auto-imagem

Para imprimir saúde à sua vida, você precisa de uma auto-imagem sadia. Precisa ver a si mesmo como um ser humano digno; deve aceitar a si mesmo.
Como cirurgião plástico, inúmeras vezes melhorei o aspecto das pessoas. Talvez eu melhorasse o feitio do nariz de uma pessoa ou aprimorasse as linhas de seu queixo. Com a melhoria, sua reação era geralmente de prazer quando olhava no espelho e via sua nova imagem.
"Aqui estou", ela parecia dizer consigo, "com uma aparência melhor do que nunca antes. Vai ser um mundo melhor para mim."
Esses casos eram satisfatórios. Meu paciente se sentia feliz com sua imagem melhorada e eu sentia que meu trabalho era significativo.
Outras pessoas, porém, reagiam de maneira que me confundia, até que cheguei a compreender como se sentiam. Olhavam no espelho e mostravam-se frias e indiferentes; na verdade, embora sua aparência tivesse melhorado, elas não podiam demonstrar prazer pela mudança.
Passei a compreender o significado oculto da reação delas quando falei com certo número dessas pessoas. Devido a fatos desastrosos na vida delas, invariavelmente acontecidos na infância ou na adolescência, sentiam-se inferiores e enfrentavam o mundo com atitudes derrotistas, desalentadas ou hostis.
A mudança na imagem física nada significava para elas, tão fraco era o seu conceito de si mesmas como pessoas — tão fraca era sua auto-imagem.
A lição que aprendi com essas experiências de compreensão, profundamente sentidas porque eu queria servir essas pessoas, conservarei sempre comigo. Não abalou minha confiança no valor da cirurgia plástica como um instrumento para ajudar as pessoas. Não há dúvida de que a pessoa deve apresentar a melhor aparência possível. Mas aprendi, além disso, que a imagem que a pessoa tem de si mesma, a maneira pela qual ela se vê intimamente, é fundamental em seu ajustamento consigo mesma e com o mundo em que ela vive.
Meu objetivo ao escrever este livro é ajudá-lo a reforçar essa auto-imagem para que você enfrente as situações de sua vida saudavelmente, sem permitir que o preconceito contra você mesmo lhe corroa a mente.
Isso não é tarefa fácil, e não estou dizendo que seja. Atitudes negativas profundamente entranhadas impregnam nossa cultura, e todo dia pessoas que você conhece procuram mergulhá-lo nelas. Você não deve permitir que o façam adotar atitudes estereotipadas, humilhantes, para com você mesmo.
Na sua adolescência, na quadra dos vinte anos, você ouvirá dizer que é infeliz. Vozes de tristeza dir-lhe-ão que a automação não permitirá que Você seja criador no trabalho, que é azar seu ser jovem numa época em que o indivíduo não é nada. Você talvez passe a encarar a vida com uma atitude — a de desespero.
Quando atingir a meia-idade ouvirá dizer que o mundo é muito complexo, que tal idade impõe exigências extremamente rigorosas ao indivíduo. Assim, você poderá oferecer aos outros uma atitude — a de negação.
Nos anos de sua velhice, poderá achar que não é mais útil. Poderá achar que sua vida terminou, embora lhe restem ainda muitos anos. Assim, você também se sentirá desesperado.
Na verdade, esses não são anos fáceis para as pessoas em geral; de fato, não existem anos fáceis em qualquer idade. Mas ainda há maravilhas na vida para serem exploradas; há bons momentos para serem vividos. Devemos sepultar nosso pensamento negativo e sentir a promessa emocionante de cada dia.
Há mais esperança para as pessoas hoje em dia; há mais esperança para as pessoas que compreendem como podem agir para a própria melhoria de sua vida interna.
Para viver criativamente, você deve redobrar seus esforços para amparar a si mesmo, para dar o devido mérito a suas realizações, seus sentimentos positivos, suas ações positivas, sua capacidade de construir a vida. Você deve também redobrar seus esforços para reconhecer seus defeitos e encarar humanamente seus erros. Além disso, deve especificamente examinar-se como é, realisticamente, sem tornar-se presa de idéias negativas que poderão oferecer-lhe uma concepção errada a respeito de si mesmo.
Se sua auto-imagem nunca foi forte, você deve trabalhar muito e arduamente para reforçá-la. Se já foi forte, mas enfraqueceu, deve eliminar as idéias autodestrutivas de sua mente e reconstituí-la — uma continuação lógica do que era outrora.
Você encontrará obstáculos de várias naturezas, mas poderá suplantá-los se adotar atitudes positivas para consigo mesmo e se passar a ver a si mesmo como alguém de quem gosta, como alguém com quem gostaria de ter amizade.
Deve compreender, primeiro, o poder incrível de sua mente — para o bem ou para o mal. Não é fácil entender que, num mundo de arranha-céus e superautoestradas, de energia atômica e de astronautas locomovendo-se a grandes velocidades pelo espaço extraterrestre, são os conceitos e imagens simples de sua mente que o tornam feliz ou infeliz.
Mas é assim mesmo. Seus pensamentos, seus conceitos, suas imagens, são os seus bens mais valiosos. Você pode comprar um Cadillac e um casaco de pele e uma casa cara — e ser infeliz. Pode ver a si mesmo como um amigo o faria — e sentir-se contente. Pode dar a volta ao mundo cem vezes e ganhar um milhão de dólares, também — e ser infeliz. Pode reforçar a sua imagem de si mesmo — e sentir-se contente.

Parece estranho ou excêntrico:

Notáveis isolamento interpessoal
social. Alterou os mecanismos de transformação da realidade
no exterior. Impressionante dificuldade de aprendizagem de habilidades sociais
mais básicos. percepções distorcidas e atitudes
desconfiança. Raros, impenetrável, vivem isolados socialmente
várias formas de marginalização. Sem sentido de humor e
ailiativos interesses. Fria, sem expressão. simples adesão a seitas
altamente vulneráveis a transtornos psiquiátricos: a esquizofrenia,
transtornos afetivos e abuso de substâncias.

O disorder Antisocial

As pessoas parecem> Medo ansiosos ou com medo e insegurança
generalizada. > Níveis elevados de ansiedade. > Sensível ao
sinais de punição. > reacções emocionais que interferem com a
perturbar a aprendizagem e comportamento. > A incapacidade de adquirir
estratégias de enfrentamento. > O subdesenvolvimento das áreas
função essencial para a autonomia eo equilíbrio
emocional. > Introversão eo neuroticismo. > Os diferentes
As manifestações clínicas de cada doença parece depender das estratégias
O sujeito passa a lidar com a ansiedade, uma vez
aquisição êxito da aprendizagem adaptativa. > Falta
estratégias de coping adequadas para realizar explosiva, desorganizado e mal conduzida, intercalados com retirada e inibição. > Esses comportamentos não são apenas inútil como um recurso para o seu medo, mas adicionar novos conflitos nas relações interpessoais e hipersensibilidade a
assunto, que tende a mecanismos psicológicos de defesa de negação,
racionalização e projeção e evitar estratégias e inibição em relação à sua conduta.

OBSESSIVO-COMPULSIVO

A prevalência de 1% e é considerado duas vezes
mais comum em homens. > Falta de determinação e dúvidas
constante. > Viver detalhes pendentes para evitar
erro possível. > Escravos das regras e da ordem e incapaz de
improvisar. Ansiedade> quando algo sai do controle, portanto,
eles são obrigados a efectuar controlos frequentes. > Tudo deve
programação. > As regras, perseverante e parcimonioso.
> Preocupação sobre perfeccionismo e rendimentos. >
Necessidade de ordem, limpeza e rigor. > Tendência a dúvida
sistematicamente. > O uso de repetições contínuas
cheques. > Não há tolerância para a incerteza. Você nunca
Estados experiência prazerosa. > Evite qualquer tensão
interpessoais. > Especular em vez de agir. Usados
mecanismos de defesa psicológica em detrimento de estratégias comportamentais enfrentamento: a superstição, racionalização e delegação de decisão em outros. > O contato pessoal difícil e muitas vezes baseiam suas relações de dominação e submissão,> pouco flexível e nada
gratificante e insistem que as coisas sejam feitas do jeito dele. >
Disciplinado, nunca risco improvisar. > Compulsivo
natureza desagradável de muitos comportamentos compulsivos, que são impostos como a necessidade homeostática, embora o recorrente entende
inconveniente ou absurdo. rituais de Conduta>, apesar de
processá-los como supersticioso. > Somente após a execução é
livre de perigo. Suas demandas e perfeccionismo extremo estão
evitar uma visão global das coisas. Antes de iniciar uma
tarefa, pode ficar preso tentando decidir a melhor forma
maneira de fazê-lo. As pessoas estão preocupadas com a eficiência, não
tolerar lazer, isto os leva a desistir de atividades de lazer ou
relacionamentos pessoais. Baixo rendimento, seja por desorganização
e lenta ou a sua tendência para abandonar as coisas de última hora
importantes. Lavagem escravos e horroriza-los sair da
as coisas. Embora mostrado pedante, rígida e inflexível, são
inseguro e temeroso e, em breve tornar-se defensivo. Caracteriza-los
justiça e os escrúpulos de consciência e são muito dadas a moralização.
Carinhoso rara emoção neles e se os outros se sentem desconfortáveis
manifesto. As fronteiras entre transtorno obsessivo-compulsivo
distúrbio de personalidade e transtorno obsessivo-compulsivo nem sempre são fáceis estabelecer. A maioria dos estudos descobriu que antecede a primeira partida da segunda. Para evitar confusão com o presente Finalmente, a CID-10 usa o termo anancastic, referindo-se um dos sintomas mais graves desta doença e que é que o paciente é agredido por impor idéias absurdas involuntariamente. Complicações: Transtorno Depressivo e ansioso. O terror noturno é um despertar de repente e com grande receio da (O paciente acredita que está prestes a morrer). Durante essas crises também sintomas como falta de ar, palpitações, sensação de aperto no peito, sensação de sufocamento e medo de enlouquecer ou perder controle.

transtorno dismórfico corporal

Pessoas que sofrem do chamado transtorno dismórfico corporal, que faz com que os indivíduos tenham uma impressão errada sobre sua aparência, se concentrando em detalhes ou defeitos inexistentes, também têm problemas na hora de olhar objetos inanimados, como uma casa.
Os indivíduos que têm esse problema tendem a se fixar em detalhes mínimos, como uma pinta no nariz, em vez de ver o rosto como um todo.

Por isso, é possível que essas pessoas tenham comportamentos compulsivos sobre sua aparência e tenham o hábito de ficar se olhando constantemente no espelho, por exemplo. Muitos podem ficar envergonhados demais para sair de casa, cair em depressão ou fazer muitas cirurgias plásticas.

Para analisar com o transtorno se reflete no cérebro dos portadores, cientistas da Universidade da Califórnia monitoraram o órgão de 14 pacientes com o uso de técnicas de ressonância magnética.

Os voluntários do estudo ficaram vendo fotos diferentes de casas: algumas com detalhes muito específicas, como as telhas que formam o telhado, e outras eram bem básicas e mostravam apenas a silhueta geral da residência ou portas e janelas pouco detalhadas.

Foi detectado que as pessoas com o transtorno apresentam uma atividade cerebral anormal ao olhar as fotos das casas pouco detalhadas – a região do cérebro que processa elementos visuais trabalha de modo menos ativo. Essa atividade era menor nas pessoas que apresentavam mais sintomas do problema.

Jamie Feusner, autor do estudo, diz que a descoberta é um passo importante para que se possa desenvolver tratamentos contra o problema e os médicos consigam fazer com que as pessoas tenham uma percepção mais correta sobre si mesmas.

– Mas nós ainda não descobrimos se esse processamento cerebral anormal é uma causa para o aparecimento do transtorno ou se isso é um efeito do problema. É o fenômeno do ovo e da galinha.
É possível que você já tenha ouvido em algum momento de sua vida frases como essas:
“É de menino que se torce o pepino”  e “Pau que nasce torto morre torto”.
Chegamos a acreditar na incapacidade de mudanças em nossos comportamentos e sentimentos a partir do
momento que nos tornamos adultos.
Observei essa crença limitante em um amigo quando ele me contou a seguinte historinha:  
Certa vez um escorpião pediu carona ao sapo a fim de que ele pudesse alcançar o outro lado da lagoa. O
sapo, com receio de ser picado pelo escorpião, ficou indeciso. O escorpião lhe garantiu que não o atacaria e
assim o sapo consentiu em transportá‐lo até a outra margem. Acontece que no meio do caminho o
escorpião não resistiu e cravou seu ferrão no sapo. Atingido pelo veneno e já começando a afundar o sapo
perguntou: “Por quê? Por quê?” Ao que o escorpião respondeu: “Porque sou um escorpião e essa é a
minha natureza!”
Pois é, muitas pessoas pensam assim como esse meu bom amigo, que estamos fadados a agir de forma
cristalizada com pouca chance de mudança. A boa notícia é que a ciência tem demonstrado de forma
marcante a capacidade de reorganização do cérebro, mesmo de uma pessoa adulta, nos possibilitando o
tempo todo novos aprendizados.
Isso mesmo, você tem mais poder do que talvez você imagine!
Nosso cérebro possui 100 bilhões de neurônios que estão bem preparados para se reorganizarem
continuamente conforme as necessidades do organismo. Essa é a maravilhosa plasticidade cerebral que
cada vez mais é constatada através das incontáveis pesquisas científicas na área da neurociência.
Como amante da neurociência, fico muito entusiasmada em motivar o meu cliente para que
ele possa alcançar em sua vida um jeito mais confortável e elegante de lidar com seus sentimentos e
comportamentos.
Temos uma área no cérebro muito sofisticada que é encarregada de controlar as emoções negativas. É o
córtex pré‐frontal, que na espécie humana é uma região muito desenvolvida. Assim, podemos nos conter
quando sentimos muita raiva e até mesmo um grande medo, o que permite o surgimento de outras
reações mais adequadas. Ao praticarmos o autocontrole reprogramamos o cérebro em dois sentidos:  
9 de um lado reduzimos a probabilidade do surgimento de uma emoção negativa uma vez
que a associação entre o estímulo e a resposta emocional fica enfraquecida e  9 por outro lado fortalecemos a capacidade do cérebro de dominar tais emoções caso elas
sejam desencadeadas apesar de tudo.
Assim como ocorre com quase todas as outras habilidades o controle consciente das emoções se
aperfeiçoa com a prática. E desta forma vamos sentindo cada vez mais facilidade de conviver com nossos
próprios sentimentos.
Portanto, é muito interessante aprender a controlar as emoções. Isso exige prática!
Sendo necessário você pode contar com a ajuda de um terapeuta experiente para te acompanhar nessa
caminhada!