Esta é a cara de um povo que, segundo a “Faith by Hearing”, NÃO foi esquecido pelo seu deus.
Uma entidade religiosa americana decidiu se juntar aos milhares de doadores que enviam ajuda aos haitianos, depois do terremoto que devastou o país no dia 12. Mas, diferente da maioria, que manda água, comida e medicamentos, o grupo Faith by Hearing (A Fé Vem pelo Ouvir, em tradução livre) decidiu enviar bíblias em áudio que funcionam com energia solar. (...) O objetivo da organização é distribuir as bíblias em áudio entre o maior número possível de equipes de assistências às vítimas do terremoto. "Os haitianos terão que esperar por um longo período e seu conforto é saber que Deus não se esqueceu deles por causa desta tragédia", diz Wilke no site do Faith by Hearing. (Fonte: Terra)
É realmente esquisito e torto o raciocínio dos religiosos
Terremotos ocorrem. Vulcões entram em erupção. Furacões se formam. Muitos destes vêm e vão sem que ninguém fique sabendo ou seja afetado. Assim que a natureza sempre funcionou e sempre funcionará.
Se o deus da mitologia cristã é realmente onipotente e onipresente, ele tem poderes infinitos e conhecimento absoluto do que foi, do que é e do que virá.
Como um pai zeloso que não deixa o filho colocar o dedo na tomada, se deus for bom não deixaria catástrofe alguma se abater sobre seus filhos indefesos na Terra.
Se uma catástrofe ocorre, assim como a criança que coloca o dedo na tomada, há 2 possibilidades bem plausíveis para explicar o ocorrido: a ausência de um conselheiro e protetor ou negligência por má-fé ou sadismo do mesmo.
Se deus é onipresente, com certeza não foi por sua ausência que ocorreu o terremoto. Se ele também é onipotente, viu tudo ocorrendo e não fez nada para conter a situação, sendo definitivamente conivente com a mesma.
Tendo isso em vista, podemos dizer que no caso das bíblias em áudio enviadas ao Haiti, os devotos do “Faith by Hearing” estão completamente errados em sua afirmação. Afinal, o deus cristão sistematicamente esqueceu ou negligenciou as necessidades do povo haitiano. Soa como um insulto, depois de tudo isso, ainda ouvir as palavras bondosas (?) ou reconfortantes (???) do deus que deixou toda aquela hecatombe ocorrer. É como um policial que chega à cena do crime, saca sua rosquinha e começa a comê-la enquanto um serial-killer mata todos os integrantes de uma família, poupando apenas um deles, a quem o policial posteriormente se dirige e ainda exige respeito e reverência.
Interessante que na analogia do policial ninguém jamais em sã consciência concordaria com tamanha contradição: venerar aquele que deixou os membros da família daquela pobre pessoa serem assassinados? De jeito nenhum! Mas com o deus cristão a lógica óbvia e sensata dá lugar a uma espécie de adoração incondicional. Há um perdão sistemático mesmo que ele vá contra o bom senso. Em seus livros e críticas, Dawkins sempre pega neste ponto: por que, afinal, as pessoas defendem tanto seus deuses enquanto condenariam uma pessoa qualquer na mesmíssima situação?
Erra novamente o povo do “Faith by Hearing” ao achar que bíblia alimenta, mata sede ou cura doenças. Sim, eu sei. Os teístas virão sedentos em dizer que a bíblia é um alimento para a alma ou que a fé cura. Vamos usá-la, então, nas salas de cirurgia! Sem cortes, sem dor: apenas orações. O que? Soou exagerado? Tudo bem... então vamos nos recônditos africanos com povos inteiros subnutridos e leiamos os apetitosos e nutritivos versos do Apocalipse, por exemplo. Acabou o problema da fome no mundo. O que? Soou exagerado também? Não dá para fazer nem uma coisa, nem outra? Então acho que concordam que bíblia não mata fome, não cura e não mata a sede. Erram aqueles que enviaram bíblias ao invés do que realmente precisam os haitianos: suprir necessidades primárias. Não há prestígio algum, nem nada de positivo, neste proselitismo que vem em má hora.
Interessante que na analogia do policial ninguém jamais em sã consciência concordaria com tamanha contradição: venerar aquele que deixou os membros da família daquela pobre pessoa serem assassinados? De jeito nenhum! Mas com o deus cristão a lógica óbvia e sensata dá lugar a uma espécie de adoração incondicional. Há um perdão sistemático mesmo que ele vá contra o bom senso. Em seus livros e críticas, Dawkins sempre pega neste ponto: por que, afinal, as pessoas defendem tanto seus deuses enquanto condenariam uma pessoa qualquer na mesmíssima situação?
Erra novamente o povo do “Faith by Hearing” ao achar que bíblia alimenta, mata sede ou cura doenças. Sim, eu sei. Os teístas virão sedentos em dizer que a bíblia é um alimento para a alma ou que a fé cura. Vamos usá-la, então, nas salas de cirurgia! Sem cortes, sem dor: apenas orações. O que? Soou exagerado? Tudo bem... então vamos nos recônditos africanos com povos inteiros subnutridos e leiamos os apetitosos e nutritivos versos do Apocalipse, por exemplo. Acabou o problema da fome no mundo. O que? Soou exagerado também? Não dá para fazer nem uma coisa, nem outra? Então acho que concordam que bíblia não mata fome, não cura e não mata a sede. Erram aqueles que enviaram bíblias ao invés do que realmente precisam os haitianos: suprir necessidades primárias. Não há prestígio algum, nem nada de positivo, neste proselitismo que vem em má hora.