terça-feira, 17 de novembro de 2009
A alma infantil, nos diz Cecília Meirelles, como aliás, a alma humana, não se revela jamais completa e subitamente, como uma janela que se abre deixando ver todo um cenário.
É necessário ter cuidado para entendê-la, e sensibilidade no coração para admirá-la.
A autora nos narra que, certa vez, ouviu o comentário de uma professora que, admirada, contava sobre alguns presentes recebidos de alunos seus:
Os presentes mais engraçados que eu já recebi de alunos, foram, certa vez, na zona rural:
Um, levou-me uma pena de pavão incompleta: só com aquela parte colorida na ponta.
Outro, uma pena de escrever, dourada, novinha.
Outro, um pedaço de vidro vermelho...
Cecília afirma que seus olhos se alargaram de curiosidade, esperando a resposta da professora sobre sua compreensão a respeito de cada um dos presentes.
A amiga, então, seguiu dizendo:
O caco de vidro foi o que mais me surpreendeu. Não sabia o que fazer com ele.
Pus-me a revirá-lo nas mãos, dizendo à criança: "Mas que bonito, hein? Muito bonitinho, esse vidro..."
E procurava, assim, provar-lhe o agrado que me causava a oferta.
Ela, porém, ficou meio decepcionada, e, por fim, disse: "Mas esse vidro não é para se pegar, Não... Sabe para que é?
Olhe: a senhora põe ele assim, num olho, e fecha o outro, e vai ver só: fica tudo vermelho... Bonito, mesmo!"
A professora finalizou dizendo que esses presentes são, em geral, os mais sinceros. Têm uma significação muito maior que os presentes comprados.
Cecília Meirelles vai além, e busca ainda fazer uma análise de caráter psicológico:
O que me interessou, no caso relatado, foram os indícios da alma infantil que se encontraram nos três presentes.
E os três parecem ter trazido a mesma revelação íntima:
Uma pena de pavão incompleta º reparem bem -, só com aquele pedacinho "colorido" na ponta, uma pena de escrever "dourada" novinha, e um caco de vidro "vermelho" são, para a criança, três representações de beleza.
Três representações de beleza concentradas no prestígio da cor e desdobradas até o infinito, pelo milagre da sua imaginação.
Essas três ofertas, portanto, da mais humilde aparência (para um adulto desprevenido), não devem ser julgadas como esforço entristecido da criança querendo dar um presente, sem ter recursos para comprar.
A significação de dinheiro, mesmo nas crianças de hoje, ainda é das mais vagas e confusas. E sua relação de valor para com os objetos que a atraem é quase sempre absolutamente inesperada.
Eu tenho certeza - diz a autora ainda º de que uma criança que dá a alguém uma pena dourada, uma pena de pavão e um caco de vidro vermelho, os dá com certo triunfo. Dá com certa convicção de que se está despojando de uma riqueza dos seus domínios, de que está sendo voluntariamente grande, poderosa, superior.
* * * A infância não é somente útil, necessária, indispensável, mas é, ainda, a conseqüência natural das leis que Deus estabeleceu, e que regem o Universo. Com ela, aprendem os Espíritos que reencarnam º mais dóceis e influenciáveis quando no estado infantil. Aprendem também as almas que as cercam, colhendo desse período de inocência e magia o exemplo da pureza e da simplicidade de vida, que devemos todos encontrar em nosso íntimo
A arte do matrimônio
Qual será o segredo dos casamentos duradouros?
Casais que convivem há anos falam de paciência, renúncia, compreensão.
Em verdade, cada um tem sua fórmula especial.
Recentemente lemos as anotações de um escritor que achamos muito interessantes.
Ele afirma que um bom casamento deve ser criado.
No casamento, as pequenas coisas são as grandes coisas.
É jamais ser muito velho para dar-se as mãos, diz ele.
É lembrar de dizer "te amo", pelo menos uma vez ao dia.
É nunca ir dormir zangado.
É ter valores e objetivos comuns.
É estar unidos ao enfrentar o Mundo.
É formar um círculo de amor que una toda a família.
É proferir elogios e ter capacidade para perdoar e esquecer.
É proporcionar uma atmosfera onde cada qual possa crescer na busca recíproca do bem e do belo.
É não só casar-se com a pessoa certa, mas ser o companheiro perfeito.
E para ser o companheiro perfeito é preciso ter bom humor e otimismo.
Ser natural e saber agir com tato.
É saber escutar com atenção, sem interromper a cada instante.
É mostrar admiração e confiança, interessando-se pelos problemas e atividades do outro. Perguntar o que o atormenta, o que o deixa feliz, por que está aborrecido.
É ser discreto, sabendo o momento de deixar o companheiro a sós para que coloque em ordem seus pensamentos.
É distribuir carinho e compreensão, combinando amor e poesia, sem esquecer galanteios e cortesia.
É ter sabedoria para repetir os momentos do namoro.
Aqueles momentos mágicos em que a orquestra do mundo parecia tocar somente para os dois.
É ser o apoio diante dos demais.
É ter cuidado no linguajar, é ser firme, leal.
É ter atenção além do trivial e conseguir descobrir quando um se tiver esmerado na apresentação para o outro.
Um novo corte de cabelo, uma vestimenta diferente.
Detalhes pequenos, mas importantes.
É saber dar atenção para a família do outro pois, ao se unir o casal, as duas famílias formam uma unidade.
É cultivar o desejo constante de superação.
É responder dignamente e de forma justa por todos os atos.
É ser grato por tudo o que um significa na vida do outro.
* * * O amor real, por manter as suas raízes no equilíbrio, vai se firmando dia a dia, através da convivência estreita. O amor, nascido de uma vivência progressiva e madura, não tende a acabar, mas amplia-se, uma vez que os envolvidos passam a conhecer vícios e virtudes, manias e costumes um do outro. O equilíbrio do amor promove a prática da justiça e da bondade, da cooperação e do senso de dever...
Um belo dia de sol, Sr. Mário, um velho caminhoneirochega em casa todo orgulhoso e chama a sua esposapara ver o lindo caminhão que compraradepois de longos e árduos 20 anos de trabalho.
Era o primeiro que conseguia comprar depois de tantos anos de sufoco e estrada.A partir daquele dia, finalmente seria seu próprio patrão.
Ao chegar à porta de casa, encontra seu filhinho de seis anos, martelando alegremente a lataria do reluzente caminhão.
Irado e aos berros pergunta o que o filho estava fazendo e, sem hesitar, completamente fora de si, martela impiedosamente as mãos do garoto, que se põe a chorar desesperadamente sem entender o que estava acontecendo.
A mulher do caminhoneiro corre em socorro do filho, mas pouco pôde fazer.
Chorando junto ao filho, consegue trazer o marido à realidade, e juntos levam o garoto ao hospital para cuidar dos ferimentos provocados.
Passadas várias horas de cirurgia, o médico desconsolado e bastante abatido, chama os pais e informa que as dilacerações foram de tão grande extensão, que todos os dedos da criança tiveram que ser amputados.
Porém, o menino era forte e resistia bem ao ato cirúrgico, devendo os pais aguardá-lo no quarto.Ao acordar, o menino ainda sonolento esboçou um sorriso e disse ao pai:-Papai, me desculpe.
Eu só queria consertar seu caminhão, como você me ensinou outro dia.
Não fique bravo comigo.
O pai, enternecido e profundamente arrependido, deu um forte abraço no filho e disse que aquilo não tinha mais importância.
Não estava bravo e sim arrependido de ter sido tão duro com ele e que a lataria do caminhão não tinha estragado.
Então o garoto com os olhos radiantes perguntou:- Quer dizer que não está mais bravo comigo?
- É claro que não! – respondeu o pai.
Ao que o menino pergunta:- Se estou perdoado papai, quando meus dedinhos vão nascer de novo?
Nos momentos de raiva cega, machucamos as pessoas que mais amamos, e muitas vezes não podemos “sarar” a ferida que deixamos.
Nos momentos de raiva, tente parar e pensar em suas atitudes,a fim de evitar que os danos seja irreversíveis.Não há nada pior que o arrependimento e a culpa.
Pense nisto!
Um homem foi chamado à praia para pintar um barco.
Trouxe tinta e pincéis e começou a pintar o barco de um vermelho brilhante, como fora contratado para fazer.
Enquanto pintava, notou que a tinta estava passando pelo fundo do barco. Procurou e descobriu que a causa do vazamento era um buraco e o consertou. Quando terminou a pintura, recebeu seu dinheiro e se foi.
No dia seguinte, o proprietário do barco procurou o pintor e lhe entregou um cheque de grande valor.
O pintor ficou surpreso e falou:- O senhor já me pagou pela pintura do barco.
- Mas isto não é pelo trabalho de pintura - falou o homem.
É por ter consertado o vazamento do barco.
- Foi um serviço tão pequeno que não quis cobrar, acrescentou o pintor.
Certamente o senhor não está me pagando uma quantia tão alta por algo tão insignificante!
- Meu caro amigo, você não compreendeu - disse o proprietário do barco
- Deixe-me contar-lhe o que aconteceu. Quando pedi a você que pintasse o barco, esqueci de mencionar o vazamento.
Quando o barco secou, meus filhos o pegaram e saíram para uma pescaria. Eu não estava em casa naquele momento.
Quando voltei e notei que haviam saído com o barco, fiquei desesperado, pois me lembrei que o barco tinha um furo.
Grande foi meu alívio e minha alegria quando os vi retornando, sãos e salvos.
Então, examinei o barco e constatei que você o havia consertado.
Percebe, agora, o que fez?
Salvou a vida de meus filhos!
Não tenho dinheiro suficiente para pagar-lhe pela sua "pequena" boa ação, mas isso é apenas a prova da minha gratidão.
Se em nossa ação diária todos nós fizéssemos como aquele pintor, certamente o mundo seria diferente.
Mas, o que geralmente acontece é que fazemos apenas a nossa obrigação, quando a fazemos.
Fazer o que nos compete, com disposição e zelo, é apenas cumprir um dever. ]
Todavia, se, além do dever, buscássemos fazer o que precisa ser feito, sem que ninguém nos peça, então poderíamos dizer que estamos investindo numa sociedade melhor.
Quem trabalha apenas para receber seu salário, demonstra que vale quanto ganha.
Mas, quem executa suas obrigações e vai além, sem esperar recompensa alguma, está investindo na própria felicidade.
O trabalho dignifica o ser, mas o trabalho feito com amor e dedicação, enobrece a alma.
Trabalhar por convicção e prazer, e não por obrigação, é a melhor maneira de se sentir bem.
Isso porque, se ninguém elogiar nosso trabalho nem reconhecer nosso esforço, para nós não fará diferença alguma.
A grande satisfação estará calcada unicamente em fazer com excelência o que fazemos.
E o salário, nesse caso, será apenas uma conseqüência
A mais bela flor
O bosque estava quase deserto quando o homem sentou-se para ler embaixo dos longos ramos de um velho carvalho.
Estava desiludido da vida, com boas razões para chorar, pois o mundo estava tentando afundá-lo. E como se já não tivesse razões suficientes para arruinar o seu dia, um garoto chegou, ofegante, cansado de brincar.
Parou na sua frente, de cabeça baixa e disse, cheio de alegria:
- Veja o que encontrei!O homem olhou desanimado e percebeu que na sua mão havia uma flor. Que visão lamentável! Pensou consigo mesmo.
A flor tinha as pétalas caídas, folhas murchas, e certamente nenhum perfume.
Querendo ver-se livre do garoto e de sua flor, o homem desiludido fingiu pálido sorriso e se virou para o outro lado.
Mas ao invés de recuar, o garoto sentou-se ao seu lado, levou a flor ao nariz e declarou com estranha surpresa:
- O cheiro é ótimo, e é bonita também...
- Por isso a peguei. Tome! É sua.
A flor estava morta ou morrendo, nada de cores vibrantes como laranja, amarelo ou vermelho, mas ele sabia que tinha que pegá-la, ou o menino jamais sairia dali. Então estendeu a mão para pegá-la e disse, um tanto contrafeito:
- Era o que eu precisava.
Mas, ao invés de colocá-la na mão do homem, ele a segurou no ar, sem qualquer razão.
E naquela hora o homem notou, pela primeira vez, que o garoto era cego e que não podia ver o que tinha nas mãos.
A voz lhe sumiu na garganta por alguns instantes.
Lágrimas quentes rolaram do seu rosto enquanto ele agradecia, emocionado, por receber a melhor flor daquele jardim.
O garoto saiu saltitando, feliz, cheirando outra flor que tinha na mão, e sumiu no amplo jardim, em meio ao arvoredo.
Certamente iria consolar outros corações, que embora tenham a visão física, estão cegos para os verdadeiros valores da vida.
Agora o homem já não se sentia mais desanimado e os pensamentos lhe passavam na mente com serenidade.
Perguntava-se a si mesmo como é que aquele garoto cego poderia ter percebido sua tristeza a ponto de aproximar-se com uma flor para lhe oferecer.
Concluiu que talvez a sua auto-piedade o tivesse impedido de ver a natureza que cantava ao seu redor, dando notícias de esperança e paz, alegria e perfume.
E como as Leis da Vida são misericordiosas, permitiram que um garoto privado da visão física o despertasse daquele estado depressivo.
E o homem, finalmente, conseguira ver, através dos olhos de uma criança cega, que o problema não era o mundo, mas ele mesmo.
E ainda mergulhado em profundas reflexões, levou aquela feia flor ao nariz e sentiu a fragrância de uma rosa...
Verdadeiramente cego é todo aquele que não quer ver a realidade que o cerca.
Tantas vezes, pessoas que não percebem o mundo com os olhos físicos, penetram as maravilhas que os rodeiam e se extasiam com tanta beleza.
Talvez tenha sido por essa razão que um pensador afirmou que "o essencial é invisível aos olhos
Muita gente deseja viver em paz convivendo, paradoxalmente, com situações que a tornam impossível.
Ninguém consegue viver em paz, desrespeitando os direitos alheios. Não se vive em paz cultivando na alma os corrosivos da mágoa, da inveja, da prepotência, da ingratidão, do desrespeito.
A paz consciente é incompatível com a ignorância e com o descaso. Não se pode construir a paz nas bases da indiferença moral, nem nos alicerces da violência íntima disfarçada de autenticidade.
A paz que não está sedimentada na razão e no mais profundo sentimento de amor ao próximo, não é paz, é ilusão.
Quem observa a superfície calma das águas de um charco, por exemplo, pode ter a ilusão de vislumbrar a mansuetude, mas se sondar as profundezas, encontrará miasmas pestilentos e odor fétido de podridão.
Para que a nossa paz não passe de mera ilusão, nossas atitudes precisam ser iluminadas pela luz da razão e aquecidas pelo sol do sentimento.
Certa vez alguém escreveu sobre a paz, o seguinte: Paz é suave melodia, extraída da alma pelos dedos invisíveis da consciência tranqüila. É canção que cala a voz da violência, que desperta consciências e dulcifica quem a possui. A paz tem a singeleza e o perfume de flores silvestres, cultivadas no solo fértil da lucidez, pelas mãos habilidosas da razão e do sentimento. E é nesse jardim da alma que brotam as sementes da ternura e da compaixão, do afeto e da mansuetude.Um coração sem paz é como uma orquestra sem tons nem sons, sem flores nem perfumes, sem leveza e sem harmonia. A vida sem paz é como embarcação que navega sem luz, que desconhece o caminho e se perde na imensidão de breu. A paz, ao contrário, enobrece os dons da alma e acarinha a vida. Tem a suavidade da brisa, ao amanhecer, e os vários tons multicores que despertam a aurora. Possui o vigor da mais pujante sinfonia e a sutileza entre tons e semitons.
Paz: a sinfonia perfeita cuja maior nota é o amor. Quando essa sinfonia ecoa nos corações, produz tons e sons na mais perfeita harmonia.
Para extrair da alma a melodia da paz, é preciso afinar os acordes da razão e do sentimento, as duas asas que nos guindarão para a luz inapagável, que a todos nos aguarda no limiar do infinito
Mudando os dias restantes
Certo dia uma senhora chegava em casa de uma das consultas médicas e disse aos familiares:
- Pedi franqueza ao meu médico, pedi que não me poupasse de saber a verdade sobremeu estado de saúde
.Diante dos olhares ansiosos, ela continuou:
- Eles me revelaram que sou portadora de uma moléstia incurável e que tenho poucos dias de vida.
- E a senhora nos conta isso com essa naturalidade? perguntou uma das filhas, emprantos.
Continuou a senhora, com muita serenidade:
- Ora, eu tenho um bom tempo para fazer tudo que já devia ter feito há muito tempo atrás. Vou arrumar toda a minha casa, colocarei belas cortinas em todas as janelas, assim, elas me impedirão de ficar olhando a vida alheia. Todos os dias tirarei o pó da casa e durante esse trabalho pensarei: "Estou me livrando das sujeiras que guardei do passado"
E continuou:
- Vou deixar todos os meus armários organizados, guardarei o que realmente uso e o resto jogarei fora ou doarei a quem precisa. Evitarei assistir ou escutar más notícias. Vou alimentar o meu espírito com leituras saudáveis, conversas amigáveis, dispensarei fofocas e não criticarei mais ninguém.Pensarei naqueles que já me magoaram e, com sinceridade, os perdoarei.
Fez uma pausa e continuou:
- Todas as noites agradecerei a Deus por tudo que estarei conseguindo fazer nestes dias que me restam. Todas as manhãs, ao acordar, perguntarei a mim mesma: "O que posso fazer para tornar o dia de hoje um dia melhor?" Farei de tudo para transmitir felicidade àqueles que de mim se aproximarem. E a cada dia que passar farei ao menos uma boa ação, portanto, quando eu fechar os olhos para nunca mais abri-los, eu terei feito inúmeras boas ações.
Todos que a ouviam, pouco a pouco se retiraram dali, indo cada um para um canto,chorar sozinho. A mulher ali ficou e nos seus olhos havia um brilho de alegria.
Dizia ela a si mesma:
- Não posso curar meu corpo, mas posso mudar a vida que me resta. A minha tarefa de casa é grande, porém vale a pena todo e qualquer esforço.Vou conseguir realizar. Quero transformar meu mundo interior. Vou me tornar umapessoa totalmente diferente do que fui até ontem.
O mais curioso e extraordinário dessa história foi o que aconteceu... Ela conseguiu cumprir plenamente todos os compromissos que tinha assumido consigo mesma.Dos poucos dias de vida que restava a ela, viveu por mais longos e saborosos 23 anos.Ela curou a sua própria alma. A sua moléstia desapareceu.Ela morreu de velhice...
A história é verídica. Será que em pleno século XXl não está na hora de você repensar os nossos conceitos?Quem sabe a partir de agora você começa a colocar metas em sua vida; metas desafiadoras mas, que sejam possíveis de atingir. Tudo é muito simples, perceba que muitas vezes é você mesmo quem complicaas coisas
- Pedi franqueza ao meu médico, pedi que não me poupasse de saber a verdade sobremeu estado de saúde
.Diante dos olhares ansiosos, ela continuou:
- Eles me revelaram que sou portadora de uma moléstia incurável e que tenho poucos dias de vida.
- E a senhora nos conta isso com essa naturalidade? perguntou uma das filhas, emprantos.
Continuou a senhora, com muita serenidade:
- Ora, eu tenho um bom tempo para fazer tudo que já devia ter feito há muito tempo atrás. Vou arrumar toda a minha casa, colocarei belas cortinas em todas as janelas, assim, elas me impedirão de ficar olhando a vida alheia. Todos os dias tirarei o pó da casa e durante esse trabalho pensarei: "Estou me livrando das sujeiras que guardei do passado"
E continuou:
- Vou deixar todos os meus armários organizados, guardarei o que realmente uso e o resto jogarei fora ou doarei a quem precisa. Evitarei assistir ou escutar más notícias. Vou alimentar o meu espírito com leituras saudáveis, conversas amigáveis, dispensarei fofocas e não criticarei mais ninguém.Pensarei naqueles que já me magoaram e, com sinceridade, os perdoarei.
Fez uma pausa e continuou:
- Todas as noites agradecerei a Deus por tudo que estarei conseguindo fazer nestes dias que me restam. Todas as manhãs, ao acordar, perguntarei a mim mesma: "O que posso fazer para tornar o dia de hoje um dia melhor?" Farei de tudo para transmitir felicidade àqueles que de mim se aproximarem. E a cada dia que passar farei ao menos uma boa ação, portanto, quando eu fechar os olhos para nunca mais abri-los, eu terei feito inúmeras boas ações.
Todos que a ouviam, pouco a pouco se retiraram dali, indo cada um para um canto,chorar sozinho. A mulher ali ficou e nos seus olhos havia um brilho de alegria.
Dizia ela a si mesma:
- Não posso curar meu corpo, mas posso mudar a vida que me resta. A minha tarefa de casa é grande, porém vale a pena todo e qualquer esforço.Vou conseguir realizar. Quero transformar meu mundo interior. Vou me tornar umapessoa totalmente diferente do que fui até ontem.
O mais curioso e extraordinário dessa história foi o que aconteceu... Ela conseguiu cumprir plenamente todos os compromissos que tinha assumido consigo mesma.Dos poucos dias de vida que restava a ela, viveu por mais longos e saborosos 23 anos.Ela curou a sua própria alma. A sua moléstia desapareceu.Ela morreu de velhice...
A história é verídica. Será que em pleno século XXl não está na hora de você repensar os nossos conceitos?Quem sabe a partir de agora você começa a colocar metas em sua vida; metas desafiadoras mas, que sejam possíveis de atingir. Tudo é muito simples, perceba que muitas vezes é você mesmo quem complicaas coisas
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