terça-feira, 6 de abril de 2010

Gansos

No outono, quando se vê bandos de gansos voando rumo ao sul, formando um grande "V" no céu, indaga-se o que a ciência já descobriu sobre o porquê de voarem desta forma. Sabe-se que quando cada ave bate as asas, move o ar para cima, ajudando a sustentar a ave imediatamente detrás. Ao voar em forma de "V" o bando se beneficia de, pelo menos, 71% a mais de força de vôo, do que uma ave voando sozinha.

Pessoas que têm a mesma direção e sentido de comunidade podem atingir seus objetivos de forma mais rápida e fácil, pois viajam beneficiando-se de um impulso mútuo.

Sempre que um ganso sai do bando, sente subitamente o esforço e a resistência necessários para continuar voando sozinho. Rapidamente, ele entra outra vez em formação para aproveitar o deslocamento do ar provocado pela ave que voa imediatamente a sua frente.

Se tivéssemos o mesmo sentido dos gansos, manter-no-iamos em formação com os que lideram o caminho para onde também desejamos seguir.

Quando o ganso lider se cansa, ele muda de posição, dentro da formação, e outro ganso assume a liderança.

Vale a pena nos revezarmos em tarefas difíceis, e isto serve tanto para as pessoas quanto para os gansos que voam rumo ao sul.

Os gansos detrás gritam, encorajando os da frente para que mantenham a velocidade. Que mensagem passamos quando gritamos detrás?

Finalmente, quando um ganso fica doente, ou ferido por um tiro e cai, dois gansos saem de formação e o acompanham para ajudá-lo e protejê-lo. Ficam com ele até que consiga voar novamente, ou até que morra. Só então levantam vôo sozinhos ou em outra formação, a fim de alcançar seu bando

Sábios porcos - espinhos

Durante a era glacial, muitos animais morriam por causa do frio. Os porcos-espinhos, percebendo esta situação, resolveram se juntar em grupos, assim se agasalhavam e se protegiam mutuamente. Mas os espinhos de cada um feriam os companheiros mais próximos, justamente os que forneciam calor. E, por isso, tornavam a se afastar uns dos outros.

Voltaram a morrer congelados e precisavam fazer uma escolha: desapareciam da face da Terra ou aceitavam os espinhos do semelhante. Com sabedoria, decidiram voltar a ficar juntos. Aprenderam assim a conviver com as pequenas feridas que uma relação muito próxima podia causar, já que o mais importante era o calor do outro.

Sobreviveram!

Moral da história:
O melhor relacionamento não é aquele que une pessoas perfeitas, mas aquele onde cada um aceita os defeitos do outro e consegue pedir perdão pelos próprios defeitos

“Antes de começar o trabalho de modificar o mundo, dê três voltas dentro de sua casa”.

“Antes de começar o trabalho de modificar o mundo, dê três voltas dentro de sua casa”.
Provérbio chinês

O mundo em que você vive lhe agrada? Causa-lhe satisfações? Habita-o com prazer? O que nele necessita ser modificado? A quem cabe tomar essas providências?

As perguntas formuladas devem ser respondidas por você mesmo(a), com as suas análises pessoais. Visam ao seu crescimento e ao desenvolvimento do seu mundo pessoal e das suas estratégias de vida. Se realmente pretender transformar algo ou transmudar-se.
Já se apercebeu de que em todos os lugares nos encontramos com pessoas insatisfeitas, dispostas a substituir algo? Ocorre o mesmo com você?
As mudanças são imperativas da própria Natureza. Nada nela é estático. Tudo está em constante movimento. Assim é a vida em todas as dimensões. Na pessoal, também. Com você e com aqueles que o(a) cercam, é assim, da mesma forma. É preciso imbuir-se dessa consciência.

Tudo se move no Universo. O sábio Galileu notou esse fato. Apesar de vigiado, perseguido e condenado, morreu afirmando essa verdade – “eppur si muove”.
Para onde vai esse movimento? Em duas direções fundamentais, básicas para as demais. Movimenta-se para o seu sistema, nele e em torno de si. É como a Terra em seus deslocamentos – na translação e na rotação.
A pessoa que almeja mudar precisa observar esses dois fatores. Em relação a si e ao seu mundo. Para provocar mudanças, onde vivemos, é forçoso que mudemos em primeiro lugar a nós mesmos.
Já notou que “só o outro está errado?” Só ele carece de modificações? Essa é a grita geral em todos os quadrantes. Tudo se exige do outro em quaisquer situações e em todos os níveis: pessoal, familiar, religioso, político e profissional. Em todas as esferas; regional, nacional e internacional. Muitas empresas estão se afastando da prosperidade exatamente por essa razão. Por obtusidade de muitos executivos, gerentes e líderes. Alguns garantem: “Por que mudar se vem dando certo há tantos anos”?
Por esse processo vamos sempre esbarrando na necessidade de continuar exigindo e esperando por mudanças, sem êxito. Em virtude de estratégias impróprias e de conceitos errôneos, sempre com preconceitos, extremismos ou radicalismos. Onde impera o dogmatismo, distanciam-se ou afastam-se a flexibilidade e a flexibilização.
“Nenhuma mudança duradoura vem de fora”. Com mais propriedade, é-nos possível asseverar que as modificações necessárias e fundamentais dificilmente são operadas lá fora, exteriormente. No entanto, quando o ser humano realmente se desprende das amarras do egoísmo e do orgulho, do comodismo e do atrelamento aos condicionamentos exteriores, ancora-se na sabedoria interna que o concita a mudar a si mesmo.

 Só uma pessoa pode mudar a sua vida!

Exclusivamente ela detém esse poder. Somente Você!
Ninguém é capaz de tal proeza, por mais que alardeie alguém por aí. Portanto, valha-se desse seu poder para alterar o sentido da sua existência. Disponha-se a fazê-lo agora! Neste instante, pela determinação de mudar o que precisa ser mudado. De modificar aquilo que tenciona mudar. De transformar o seu mundo para melhor.

Como? De que modo?
Se de fato, com sinceridade, deseja esse mundo melhor, o primeiro caminho a tomar é o da própria remodelação. A começar por si mesmo, melhorando-se. Esta afirmação resulta do pressuposto de que visa a um mundo melhor, composto por você e por todos aqueles que o(a) rodeiam.
É necessário que percorra as vias do Autoconhecimento. Portanto, como só é possível proceder a essa mudança em si próprio(a), se cada um assumir essa benfazeja tarefa, o mundo será natural e normal, devido ao fato de cada um estar cuidando de si.
Fantasticamente producente é cada um de nós propor esse caminho ao nosso grupo, oferecendo-lhe o exemplo pessoal. Aqui se coloca como proposta e como sugestão. Nunca como imposição. Como realizá-lo? De que modo?

Requer muita coragem. Sobremodo quanto à descoberta das fraquezas pessoais. Quanto ao inventário daquilo que necessita ser modificado. Como serão essas metamorfoses? O que pode ser alterado? Somente o que estiver desajustado da engrenagem e do ritmo normal da vida.
Quais são os estágios das mudanças?
É por falta dessa estratégia que diversas empresas de todos os gêneros atravessam por grandes dificuldades. É o que está ausente em muitas consultorias. O começo de tudo está no foco principal da vida: o ser humano. A pessoa como pessoa, com toda a sua humanidade, sem se descuidar do seu lado espiritual.
O primeiro é o pessoal. Desenvolve-se em si, por processos naturais, a fim de revelar os verdadeiros aspectos. Examine com minúcia os passos de como uma flor chega ao seu estado pleno: – semente – botão – flor desabrochada (pétalas abertas e completas; com o seu aroma, beleza e admiração enriquecendo a vida de cada qual).
Assim é você! Pelo menos desejo que seja ou venha a se tornar…

Uma borboleta voando pode mudar sua vida?

Todos os grandes matemáticos, usando a Teoria do Caos, dizem que uma borboleta batendo as asas do outro lado do mundo pode provocar um tufão na Indonésia. É que todas as coisas no universo estão de certa forma ligadas, e o bater de asas de uma borboleta pode provocar uma reação em cadeia que termina gerando um tufão.
Se isso pode acontecer, então porque é que não pode fechar sua empresa? Ou mudar sua vida? Já parou para pensar nisso? São tantas variáveis acontecendo na vida que a maioria das pessoas simplesmente desiste de tentar escolher seu destino.
Chuck Yeager foi o primeiro humano a quebrar a barreira do som, voando no seu Bell Aviation X-1. Na época muitas pessoas diziam que a ‘barreira’ era impenetrável, e que ele e seu avião desintegrariam assim que atingisse a velocidade Mach 1 (a velocidade do som).
É claro que a barreira não era impenetrável coisa nenhuma. Era apenas um mito. Anos mais tarde, na sua biografia, Yeager escreveu que "a verdadeira barreira não estava no céu, mas na nossa cabeça – no conhecimento e experiência dos vôos supersônicos".
Da mesma forma, vemos todos os dias pessoas voando baixo, vagarosamente, porque acham que existe alguma ‘barreira’ para uma performance melhor. Uma barreira que os impede de crescer. E geralmente colocam a culpa em fatores externos.
Mas a sua vida não precisa ser assim. Você não precisa viver de susto em susto, de crise em crise, sempre apagando incêndios, sempre perguntado o que virá pela frente, sempre voando baixo. Como assumir o controle?
Já faz algum tempo que sabemos que o futuro será diferente do passado. Mas insistimos em nos recusar a acreditar que nossa vida será diferente do que esperamos que ela seja. A maioria de nós ainda acredita que o futuro será uma continuação do presente, como uma estrada reta que se perde no horizonte.
De acordo com Alvin Toffler, é uma percepção linear, previsível, de que A leva a B que leva a C. Só que a prática mostra que o futuro não é uma continuidade do presente, mas sim uma série de descontinuidades.
E o pior é que nossa educação, ao invés de ajudar a quebrar essas ‘barreiras’, na verdade acaba reforçando-as. As escolas foram desenhadas com a certeza de que todos os problemas do mundo já foram resolvidos, e que o professor conhece todas as respostas.
Então a função do professor passa a ser apresentar os problemas aos alunos, e depois as respostas. Nos ensinam as perguntas e as respostas, mas não a pensar. Por isso a dificuldade quando as perguntas mudam.
Para agarrar o futuro você precisa largar o passado. A única forma de impedir que sua vida seja uma sucessão de descontinuidades é tendo uma estratégia de vida. Se não você é jogado de um lado para outro, de acordo com o vento ou a maré. Ou uma borboleta batendo as asas. E não consegue nunca ir de A para B ou C.
Como diria Toffler, não precisamos que nos ensinem apenas como fazer alguma coisa, mas sim a imaginar o que é possível.
É como quando o primeiro avião conseguiu voar. A partir desse momento, mudou completamente o contexto do desenvolvimento da aviação. Cada avião que caía provava aos cínicos, de forma evidente, que era impossível fazer um avião voar.
Mas quando ele finalmente voou, tudo mudou. As mesmas informações começaram a ser interpretadas de um modo diferente. As quedas passaram a ser vistas como evidências dos erros, de como as coisas não deveriam ser feitas. As pessoas simplesmente começaram a pensar de forma diferente.
A mesma coisa aconteceu com Chuck Yeager e a velocidade do som. As barreiras estavam apenas na cabeça – no conhecimento e na experiência. Bastou alguém dedicar-se a derrubar essas barreiras através de uma boa estratégia para provar que estavam erradas.
Se você quer quebrar suas próprias barreiras e voar alto, precisa de uma estratégia. Estratégia de vida começa com uma proposição diferente de valor, de missão pessoal. É uma forma de definir um território onde você é de alguma forma único.
Estratégia é fazer escolhas. Principalmente, escolher o que fazer diferente, e também o que não fazer. Por isso mesmo você é obrigado a escolher, já que não dá para ser ou fazer tudo.
Esse é outro ponto que deve ficar muito claro: para ter uma boa estratégia você tem que aprender a dizer não. Todos os dias aparecem nas nossas vidas novas propostas de negócios, muitas altamente tentadoras.
Uma pessoa sem estratégia vai acabar distraindo-se ao perseguir negócios que parecem lucrativos, mas que na verdade não tem nada a ver com a estratégia a longo prazo, nem com sua missão de vida. Acabam sugando recursos, tempo e energia, desviando-se da sua missão, confundindo ainda mais sua vida.
As melhores estratégias sempre levam a um objetivo maior. Se não tiver um objetivo bem claro em mente, começará a tomar decisões que inevitavelmente diminuirão sua eficiência.
A essência da estratégia é estabelecer limites. A pessoa sem estratégia está disposta a tentar qualquer coisa. Principalmente, copiar os outros.
Você tem que fazer menos coisas, mas fazê-las muito melhor. Você tem que encontrar e desenvolver vantagens, e não apenas eliminar desvantagens. Criar diferenças, e não apenas copiar: esse é o segredo.
Para terminar, a grande dúvida: vale a pena ter uma estratégia num mundo que muda constantemente? Ela não será uma camisa de força, uma corrente que produz rigidez e inflexibilidade?
Algumas pessoas podem pensar: "As coisas estão mudando rapidamente, então preciso mudar rapidamente também. Logo não posso ter uma estratégia, porque ela me tornaria mais lento".
Acontece que grandes conquistas só são alcançadas por pessoas com objetivos claros e estratégias definidas. Pessoas que não apenas imaginaram voar alto ou quebrar barreiras, mas também bolaram planos para chegar lá.
Por isso Michael Porter defende justamente a idéia contrária: uma boa estratégia na verdade acelera o processo, porque permite que você tome decisões de acordo com seus objetivos.
Peguemos um exemplo como a tecnologia: não adianta comprar todas as bugigangas e novidades tecnológicas que aparecem se isso não tem um objetivo muito claro.
Você não vai aumentar sua produtividade simplesmente porque tem mais aparelhos disponíveis. Você tem que saber para onde quer ir e, com base nisso, tomar as decisões.
Resumindo: ter uma estratégia é ser diferente. Você não é apenas mais uma pessoa – você está ali para trazer algo novo para o mundo, para mudar o mundo, para mudar para melhor a vida das outras pessoas.
Uma vez que você tenha sua estratégia claramente definida, todas as perguntas serão fáceis de responder: ou ajudam você a alcançar seus objetivos, ou não. E finalmente você terá controle da sua vida.

Assim como a heterossexualidade, a homossexualidade é um estado mental. Não há nenhuma doença ou desvio de comportamento ou perversão, como se pretendeu até a algum tempo atrás. Mas não é raro encontrar pessoas que insistam nisso mesmo no meio dos profissionais de saúde.


Em dezembro de 1973 - a APA (Associação Psiquiátrica Americana), propõe e aprova a retirada da homossexualidade da lista de transtornos mentais (passa a não ser mais considerada uma doença).


1985 - O Conselho Federal de Medicina do Brasil (CFM) retira a homossexualidade da condição de desvio sexual.


Nos anos 90 - o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-IV) onde são identificados por códigos todas os distúrbios mentais, que serve de orientador para classe médica, principalmente, para os psiquiatras, também retirou a homossexualidade da condição de distúrbio mental.


1993 - A Organização Mundial de Saúde (OMS) retira o termo "homossexualismo" (que da idéia de doença) e adota o termo homossexualidade.


O Conselho Federal de Psicologia (CPF) divulgou nacionalmente uma resolução que estabelece normas para que os psicólogos contribuam, através de sua prática profissional, para acabar com as discriminações em relação à orientação sexual.


É importante lembrar que sob o ponto de vista legal, a homossexualidade não é classificada como doença também no Brasil. Sendo assim, os psicólogos não devem colaborar com eventos e serviços que se proponham ao tratamento e cura de homossexuais, nem tentar encaminha-los para outros tratamentos. Quando procurados por homossexuais ou seus responsáveis para tratamento, os psicólogos não devem recusar o atendimento, mas sim aproveitar o momento para esclarecer que não se trata de doença, muita menos de desordem mental, motivo pelo qual não podem propor métodos de cura.


Existe uma infinidade de teorias psicológicas e biológicas tentando explicar a origem da homossexualidade. As teorias psicológicas, assim como as biológicas são abundantes em opiniões e afirmações. Entretanto, nada de definitivo foi apresentado até o momento. E penso que, se este é um estado mental, nenhuma conclusão mais será necessária a não ser esta.


Como se disse anteriormente, a homossexualidade é um estado psíquico. O indivíduo homossexual não faz opção por ser homossexual. Ele apenas é e não pode, ainda que queira, mudar isso. Ele pode sim, fazer uma opção no sentido de negar esse impulso e tentar viver como heterossexual. Mas isso tem um impacto negativo para o pleno desenvolvimento emocional do indivíduo. Trata-se de uma situação muito mais comum do que se imagina. O impulso sexual que um heterossexual tem por sua parceira é o mesmo que um homossexual tem por seu parceiro do mesmo sexo. O que muda é o objeto.


A questão de ser a homossexualidade um desvio ou não está mais ligada a fatores culturais, econômicos e religiosos. Todos sabemos que, conforme as necessidades de uma determinada cultura, os valores mudam.


Na antiguidade, entre os gregos, um jovem de doze anos, ao terminar o ensino ortodoxo, era tomado por um homem, na maior parte das vezes com mais de 30 anos, para continuar a sua educação. O termo pederastia significava amor de um homem por um jovem que já havia passado pela puberdade, mas ainda não tinha atingido a maturidade. Mas os escritos dos autores gregos daquela época parecem deixar claro que essa posição não pode ser sustentada (O Banquete, Sócrates). O ideal talvez tenha sido puro na teoria, mas nem um pouco na prática.


Entre os romanos a homossexualidade não era reprovada, mas tinha algumas regras. Por exemplo, era inaceitável que um senhor fosse passivo com seu escravo. A felação era um crime aos olhos dos cidadãos romanos. Tirando as regras que sempre existem em qualquer cultura, a homossexualidade era muito presente em Roma e praticada por todos inclusive pelos Césares. Quem gostava, praticava e quem não gostava não praticava. Ninguém interferia com ninguém.


Quando se observa os escritos antropológicos e históricos, não podemos deixar de observar que, em muitos casos, o comportamento sexual do homem é orientado política e economicamente obedecendo então os interesses do estado. Um exemplo disso é que alguns historiadores comentam que em Israel, a homossexualidade e a prostituição tiveram seus períodos de intensa ocorrência.


Passado o período que a história chama de pagão, surge a igreja católica exercendo todo seu poder sobre os homens. Tanto a heterossexualidade como a homossexualidade são condenadas. Entretanto, diante do impulso sexual a igreja passa a "tolerar" a heterossexualidade, mas joga sobre a homossexualidade, toda a sua indignação. Os castigos para os atos homossexuais na idade média eram duros. Apesar disso o homossexual era considerado apenas um perverso.


No final do século XVIII, o homossexual se torna um monstro, um anormal. Era considerado uma ofensa à criação, uma figura diabólica. A igreja estava pronta a insistir nisso. Esse é também o primeiro período em que se dá uma homossexualidade autônoma e isto ocorre sob o signo da feminilidade. Essa anomalia fazia do homossexual alguém mais exposto ao pecado e mais capaz de seduzir. Era alguém com capacidade para se aproximar dos demais e arrasta-los para o pecado.


Muitos países tinham pena de morte para a homossexualidade. Na França, quando Proust publica "Em busca do tempo perdido", onde escreve sobre a questão intrínseca da homossexualidade, ou seja, essa condição era um destino do qual os homossexuais não podiam escapar, houve uma reação social favorável. O fato de não serem perversos, mas vítima de uma condição, absolvia-os da responsabilidade moral. Era uma perspectiva triste, mas oferecia alguma proteção contra os progandistas puristas.


Hoje talvez seja mais fácil para nós compreendermos os direitos individuais. Entender que o respeito a eles é fundamental para a qualidade de vida. Talvez seja a única forma de eliminarmos o preconceito e tornar melhor a vida em sociedade. Homossexualidade não é uma doença e, portanto, não é contagiosa. O nosso preconceito sim, esse é contagioso e destrói. Não devemos esquecer que um homem tem inúmeros papéis em sua vida. Ele é filho, irmão, sobrinho, neto, cunhado, empregado, namorado, aluno, amigo, tem dons intelectuais ou manuais, pode ser homo ou hetero sexual. Não se pode avaliar um homem ou mulher apenas por uma de suas características sob pena de perdermos o melhor que ele (a) tem para nos oferecer.