Amor de corpo inteiro. Um amor que transcende, transpira, transborda. Amor com mãos e pés. Com dedos, braços, pernas, barriga, pele e abraços.
Um amor que surpreende, sem nada inventar, sem precisar exagerar, sem ter que sempre entender. Simplesmente ser... preencher, existir!
Amor que não investiga, que não desconfia, que não acusa.
Amor de palavras, mas também de silêncio. Um silêncio que aquieta o coração, que acaricia a alma e alivia as dores!
Amor que esvazia, que abre espaço, que permite.
Amor sem regras, sem pressões, sem chantagens. Amor que faz crescer.
Amor de gente grande, de coração gigante, de alma transparente.
Amor que permanece. De mim para mim, de mim para você, de você para mim.
Amor que invade respeitando, que adentra acariciando, que ocupa com leveza. Amor sem ego. Que acolhe, perdoa, reconhece.
Amor que desconhece para conhecer, que nunca lembra porque não esquece! Amor que é... assim, sem mais nem menos, sem eira nem beira, sem quê nem porquê.
Simplesmente simples, despretensioso, descontraído, desmedido.
De uma simplicidade tão óbvia que arrasta, que envolve, que derrete.
De uma fluidez tão líquida que escorre, desliza, que não endurece.
Amor que não se pede, que não se dá, porque já é! Para nunca precisar procurar, para nunca correr o risco de encontrar, porque já está!!!
E o que quer que ainda possa surgir... bobagem! Apenas crescimento e aprendizagem...
Volta para casa, não se vá!
Fique, permita-se, entregue-se, comprometa-se!
Simplesmente amor... Você consegue?!?
Texto retirado do livro “Faça o Amor Valer a Pena”, de Rosana Braga – Editora Gente)
domingo, 26 de setembro de 2010
Você só pede desculpas se o outro pedir primeiro? Só demonstra o que sente se a pessoa amada demonstrar primeiro? Só expressa seus sentimentos se tiver certeza de que o outro gosta de você?
Você não “deixa por menos” e responde com grosseria se a pessoa que você gosta assim lhe tratar? Jamais engole sapo e dá o troco quando acha que ela está te sacaneando? Você se sente satisfeito por ter a fama de ser orgulhoso?
Pois eu vou lhe dizer: só você está perdendo com isso! Além de todas as oportunidades de mostrar a sua grandeza, a sua capacidade de transformar as energias e reverter uma situação negativa para positiva, você também está correndo o sério risco de matar o seu amor!!!
A vaidade, os pedidos do ego para que fiquemos sempre “por cima”, para que nos vinguemos de todas as pessoas que nos ofendem e nos magoam de alguma forma, mesmo que esta pessoa seja a que mais acreditamos que amamos, não nos faz crescer, não nos faz, de forma alguma, felizes!
Precisamos compreender o verdadeiro significado do amor. Não quero defender a idéia de que devemos aceitar tudo, mas antes, que possamos ao menos identificar essa voz avassaladora do ego, que grita dentro da gente o tempo todo. Que aprendamos a perceber que os impulsos destrutivos só atrasam ainda mais o nosso sucesso e a nossa realização.
Portanto, quando nos sentirmos tomados pela mágoa ou até pela raiva diante de uma situação que nos fez sentir muito mal, diminuído, subjugado ou traído, que possamos nos voltar para dentro, para o coração... e entender que esse sentimento vai passar, que de alguma forma, certamente também contribuímos para que nem tudo desse certo.
Precisamos começar a admitir mais o quanto nos equivocamos, o quanto agimos de forma egoísta, pequena, vazia, especialmente quando “damos o troco na mesma moeda”. Todos nós achamos que temos razão, sempre. Aliás, todos nós temos mesmo nossas razões. Tanto você, quanto a pessoa com quem você está brigando... e o pior: esta é a pessoa com quem você mais gostaria de estar bem, de estar feliz, de estar satisfeito...
Por que tantos casamentos acabando? Tantos namoros cheios de brigas, desentendimentos e ofensas? Por que tantas relações frias, distantes, cheias de mágoas, ressentimentos e raiva? Simplesmente porque não conseguimos enxergar nossos próprios erros; porque não conseguimos perdoar os erros do outro, porque não aceitamos o fato de que todos nós erramos, mas alguém tem de perdoar primeiro, tem de admitir seus erros primeiro, tem de baixar a guarda e mostrar o quanto está se sentindo mal por tantas brigas... Enfim, plagiando o filme de Nancy Meyers, “alguém tem que ceder”!!! E que bom se puder ser você... porque isso é ser gente, é ser grande, é realmente “estar por cima”...
Eu sei, não é fácil, mas eu lhe garanto que a sensação de bem-estar que vai te invadir depois que você conseguir dar o primeiro passo, que você conseguir ceder em nome do amor que sente e da paz que tanto procura, será tão boa que terá valido o seu esforço.
Além do mais, pense um pouquinho: palavras como humanidade, honra, evolução, sensibilidade, afeto, doçura, querer-bem, entre tantas outras, nada mais podem significar do que isso – superar o ego e agir com o coração... Falar com brandura, propor uma conversa, chorar, demonstrar o que você está sentindo, tocar em assuntos tão delicados como confessar um erro seu, um sentimento pequeno que guiou suas atitudes, um arrependimento... Todos nós temos tanto a confessar para quem amamos... Experimente, ao menos desta vez, falar dos seus defeitos, dos seus erros, do quanto você deseja ser aceito como é, apesar de reconhecer que tem tanto a melhorar... falar de você ao invés de acusar, criticar, apontar os erros do outro, detalhar os defeitos da pessoa amada tin-tin por tin-tin, e ainda usar aquele tom trivial de “eu tenho razão”, “você é quem está errado!”, “é você quem precisa mudar”, etc...
Desta vez, fale de você, dos seus erros, do seu desejo de ser feliz, de recomeçar, de tentar de novo, mais um dia... e amanhã, quem sabe, errar um pouco menos... e amar um pouco mais...
mbra-se daquela famosa e inesquecível frase "E foram felizes para sempre...", que sempre finalizava as histórias de contos de fadas num tom infalível?! Ela nos dá a nítida impressão de que todos nós temos um príncipe encantado ou uma fórmula mágica à nossa espera e que, ao encontrá-lo ou descobri-la, inevitavelmente seremos felizes para sempre; como se o simples fato de decidirmos ficar ao lado de alguém fosse suficiente para nos garantir a felicidade eterna...
Certamente muitas pessoas diriam: "Que pena que isso não basta!", mas a verdade é que felizmente essas histórias de amor perfeito, par perfeito, pessoas perfeitas e vidas perfeitas não passam de contos de fadas! Embora tenham uma importância didática e significativa na infância, todos nós crescemos e, definitivamente, não somos personagens encantados de histórias infantis!
Somos reais... humanos... somos uma infinidade de sentimentos bons e ruins, dúvidas, assombros, surpresas, qualidades e, acima de tudo, seres imperfeitos. Que maravilha! Isso quer dizer que, a cada dia, podemos aprender coisas novas, descobrir novos caminhos, voltar atrás em nossos erros ou, pelo menos, tentar não repeti-los mais! Podemos crescer, mudar, transformar, experimentar novas sensações, novas situações... enfim, isso quer dizer que nosso caminho nunca termina; que nossa vida não se resume num final feliz ao encontrarmos a "companhia encantada" ou solucionarmos um problema. Temos que viver intensamente cada dia de nossa preciosa vida. Temos que aprender a amar, dividir, perdoar, envelhecer, errar e consertar, esquecer, relembrar, comemorar, aceitar, enfim, sermos nós mesmos dentro deste surpreendente acontecimento que é a oportunidade de viver.
O mais difícil, muitas vezes, é admitir nossos próprios enganos, mas na medida em que conseguimos compreender que é através desta imperfeição que podemos nos tornar mais humanos, mais cativantes e mais maduros, é que conseguiremos caminhar naturalmente em direção à grandeza da humanidade.
Tem muita gente que prefere deixar de viver a ter de admitir e assumir as conseqüências de suas falhas. Talvez pareça mais fácil abandonar a própria vida do que lutar para se transformar em alguém melhor. Apesar de, geralmente, acreditarem que pôr fim à própria vida seja uma atitude corajosa e nobre, aqueles que tomam esta radical decisão estão apenas se atolando em seus próprios desenganos e perdendo a chance divina de aprender a serem felizes.
O amor se aprende; a alegria se constrói; ser feliz é uma escolha que cabe somente a cada um de nós. Ninguém pode ser qualquer coisa pelo outro, porque somos únicos, somos especiais, somos exclusivos.
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