terça-feira, 3 de novembro de 2009

A Nessecidade do Mito




Muitas histórias mitológicas conservam-se na mente das pessoas, dando uma certa, perspectiva daquilo que acontecia em suas vidas.
“Essas informações provenientes de tempos antigos têm a ver com os temas que sempre deram sustentação à vida humana, construíram, civilizações e formaram religiões através dos séculos, e têm a ver com os profundos problemas interiores, com os profundos mistérios, com os profundos limiares da nossa travessia pela vida...”


Aquilo que os seres humanos têm em comum revela-se no mito. Segundo Campbell, eles são histórias da nossa vida, da nossa busca da verdade, da busca do sentido de estarmos vivos. Os mitos são pistas para as potencialidades espirituais da vida humana, daquilo que somos capazes de conhecer e experimentar interiormente. O mito é o relato a experiência da vida. Eles ensinam que nós podemos voltar-nos para dentro.
Assim sendo os mitos têm como tema principal e fundamental que é a busca da espiritualidade interior de cada um de nós.


“Os mitos estão perto do inconsciente colectivo e por isso são infinitos na sua revelação”.

As Características do Mito




A narração mitológica envolve basicamente acontecimentos supostos, relativos a épocas primordiais, ocorridos antes do surgimento dos homens (história dos deuses) ou com os "primeiros" homens (história ancestral). O verdadeiro objecto do mito, contudo, não são os deuses nem os ancestrais, mas a apresentação de um conjunto de ocorrências fabulosas com que se procura dar sentido ao mundo. O mito aparece e funciona como mediação simbólica entre o sagrado e o profano, condição necessária à ordem do mundo e às relações entre os seres. Sob sua forma principal, o mito é cosmogônico ou escatológico, tendo o homem como ponto de intersecção entre o estado primordial da realidade e sua transformação última, dentro do ciclo permanente nascimento-morte, origem e fim do mundo.


As semelhanças com a religião mostram que o mito se refere -- ao menos em seus níveis mais profundos -- a temas e interesses que transcendem a experiência imediata, o senso comum e a razão: Deus, a origem, o bem e o mal, o comportamento ético e a escatologia (destino último do mundo e da humanidade). Crê-se no mito, sem necessidade ou possibilidade de demonstração.


Rejeitado ou questionado, o mito se converte em fábula ou ficção.

Mitos cosmogônicos


Dentre as grandes interrogações que o homem permanece incapaz de responder, apesar de todo o conhecimento experimental e analítico, figura, em todas as mitologias, a da origem da humanidade e do mundo que habita. É como resposta a essa interrogação que surgem os mitos cosmogônicos. As explicações oferecidas por esses mitos podem ser reduzidas a alguns poucos modelos, elaborados por diferentes povos.


É comum encontrar nas várias mitologias a figura de um criador, um demiurgo que, por ato próprio e autónomo, estabeleceu ou fundou o mundo em sua forma atual. Os mitos desse tipo costumam mencionar uma matéria preexistente a toda a criação: “o oceano, o caos (segundo Hesíodo) ou a terra (nas mitologias africanas). A criação ex nihilo (a partir do nada, sem matéria preexistente) já reflecte algum tipo de elaboração filosófica ou racional. A cosmogonia chinesa, por exemplo, atribui a origem de todas as coisas a Pan Gu, que produziu as duas forças ou princípios universais do yin e yang, cujas combinações formam os quatro emblemas e os oito trigramas e, por fim, todos os elementos”.

No hinduísmo, o Rigveda descreve graficamente o nada a original , no qual respirou o Um, nascido do poder do calor.

A água é o elemento primordial mais frequente das cosmogonias, sobretudo nas mitologias asiáticas e da América do Norte. A consolidação da terra faz-se pela acção de um intermédio (espirito ou animal) que a retira do fundo da água e introduz no mundo um elemento de desordem ou mal.

A criação a partir do nada, aparece unicamente pela palavra de deus facto que aparece claramente no livro do Génesis.

Mitos escatológicos



Ao lado da preocupação com o enigma da origem, figura para o homem, como grande mistério, a morte individual, associada ao temor da extinção de todo o povo e mesmo do desaparecimento do universo inteiro.

Morte.
Para a mitologia, a morte não aparece como fato natural, mas como elemento estranho à criação original, algo que necessita de uma justificação, de uma solução em outro plano de realidade.
Três explicações predominam nas diversas mitologias. Há mitos que falam de um tempo primordial em que a morte não existia e contam como ela sobreveio por efeito de um erro, de castigo ou para evitar a superpopulação. Outros mitos, geralmente presentes em tradições culturais mais elaboradas, fazem referência à condição original do homem como ser imortal e habitante de um paraíso terreno, e apresentam a perda dessa condição e a expulsão do paraíso como tragédia especificamente humana. Por fim, há o modelo mítico que vincula a morte à sexualidade e ao nascimento, analogamente às etapas do ciclo de vida vegetal, e que talvez tenha surgido em povos agrícolas.
Já Platão anunciava a reencarnação e a imortalidade da alma na sua obra “Fédom”, acreditando, que as almas dos seres virtuosos iam para junto dos Deuses bons, e no momento da morte a alma separava-se do corpo, permanecendo imperecível. O corpo simbolizava o cárcere da alma, e só a morte a poderia liberta-la desse cárcere, daí a serenidade de Sócrates no momento da sua morte.
. Destruição escatológica - Os mitos retractam frequentemente o fim do mundo como uma grande destruição, de natureza bélica ou cósmica. Antes da destruição, surge um messias ("ungido") ou salvador, que resgata os eleitos por Deus. Esse salvador pode ser o próprio ancestral do povo ou fundador da sociedade, que empreende uma batalha final contra as forças do mal e, após a vitória, inaugura um novo estágio da criação, um novo céu e uma nova terra. Os mitos da destruição escatológica manifestaram-se tardiamente, na literatura apocalíptica judaica, que floresceu entre os séculos II a.C. e II d.C., e deixou sua marca no livro do Apocalipse, atribuído ao apóstolo João. Exemplo típico de mito de destruição (embora não no fim dos tempos) são as narrativas a respeito de grandes inundações. É bastante conhecido o episódio do Antigo Testamento que descreve um dilúvio e o apresenta como castigo de Deus à humanidade. Esse tema tem origens mais remotas e provém de mitos mesopotâmicos.

Mitos sobre o tempo e a eternidade



Os corpos celestes sempre atraíram a curiosidade e o interesse humano, em todas as culturas. A regularidade e precisão inalteráveis do movimento dos astros foram com certeza uma imagem poderosa na formação de uma ideia de "tempo transcendente", concebido como eternidade, em contraste com o mundo de incessantes alterações e os acontecimentos inesperados vividos no tempo terreno. O retorno cíclico dos fenómenos siderais e de processos naturais terrestres projectou-se, em algumas culturas, na concepção cíclica do tempo. . Nas escrituras hinduístas e budistas, elaborou-se um complexo sistema de mundos que desaparecem e ressurgem, sempre num total de quatro. Essa concepção cíclica determinou a adaptação de relatos védicos anteriores e o desenvolvimento de uma doutrina que explica a formação e absorção periódicas do universo como fases de actividade e repouso de energia. Os ascetas e os maias acreditavam que o mundo actual. havia sido precedido de outros quatro, o último dos quais teria sido destruído por um cataclismo; ambos os povos desenvolveram um complicado calendário, a cujo estudo se dedicavam vários sacerdotes astrónomos. A concepção linear e progressiva de tempo (oposta à repetição cíclica) é característica das chamadas religiões históricas -- judaísmo, cristianismo, islamismo --, que afirmam a intervenção de Deus na história, num acontecimento único e irrepetível, e a existência de uma meta final de salvação da humanidade.

Mitos de transformação e de transição
Numerosos mitos narram mudanças cósmicas, produzidas ao término de um tempo primordial anterior à existência humana e graças às quais teriam surgido condições favoráveis à formação de um mundo habitável. Outras grandes transformações e inovações, como a descoberta do fogo e da agricultura, estão associadas aos mitos dos grandes fundadores culturais. Nos mitos, são frequentes as transformações temporárias ou definitivas dos personagens, seja em outras figuras humanas ou em animais, plantas, astros, rochas e outros elementos da natureza. As mudanças e transformações que se dão nos momentos críticos da vida individual e social são objecto de particular interesse mitológico e ritual: nascimento, ingresso na vida adulta, casamento, morte - acontecimentos marcantes para a pessoa e sua comunidade -são interpretados como actualizações de processos cósmicos ou de realidades míticas.

O Eu Transcendente


O mito está directamente ligado à nessecidade do ser humano se transcender através da sua espiritualidade, das suas crenças, das suas fés. O mito surge então como um guia, como um exemplo, que acalma os “espiritos” mais descontentes com a realidade, ajudando-os a adaptarem-se à sua realidade. Por isso resolvi transcrever o excerto seguinte de Mihaly Csikszentmihalyi, que penso que descreve bem a transcendência do eu, e a necessidade do eu transcendente e da espiritualidade Humana:
“Na maior parte das culturas que atingiram a complexidade de civilização, as qualidades tidas em mais alta estima são as envolvidas nos processos mentais de um caracter particular a que, à falta de melhor palavra chamaremos “espiritual”. As competências espirituais incluem a habilidade de controlar directamente a experiência, manipulando os menes( herança cultural, transmitida ao longo dos séculos), que aumentam a harmonia entre os pensamentos, emoções e vontades da pessoa. Aqueles que exercem estas competências são chamados Xamãs, sacerdotes, filósofos, artistas e homens, ou mulheres, sábios dos mais variados tipos. São respeitados e recordados, e mesmo que não lhes sejam concedidos poder ou dinheiro, os seus conselhos são ouvidos, e a sua própria existência é acarinhada pelas comunidades em que vivem.
À primeira vista, é difícil compreender por que razão as contribuições espirituais são consideradas tão importantes pela maioria das sociedades. De um ponto de vista evolutivo, poderia parecer que não têm qualquer valor prático em termos de sobrevivência. Os esforços dos agricultores, construtores, comerciantes, cientistas, etc...produzem benefícios óbvios e concretos; e a actividade intelectual o que produz?
O que é comum a todas as formas de espiritualidade é a tentativa de reduzir a entropia na consciência. A actividade espiritual visa produzir harmonia entre desejos contraditórios, esforça-se por encontrar significado nos acontecimentos casuais da vida e tenta reconciliar os objectivos humanos com as forças que se lhes opõem a partir do meio. Aumenta a complexidade ao clarificar as componentes da experiência individual, tais como o bom e mau, amor e ódio, prazer e dor. procura expressar estes processos em menes que sejam acessíveis a todos e ajuda a integrá-los uns nos outros, bem como , no meio exterior.
Estes esforços para levar harmonia à mente baseiam-se frequentemente, mas não sempre, numa crença em poderes sobrenaturais. Muitas “religiões”orientais, e filosofias estóicas da antiguidade, tentaram desenvolver uma consciência complexa sem o recurso a um ser supremo. Algumas tradições espirituais, com o ioga hindu ou o taoismo, concentram-se exclusivamente em conseguir harmonia e o controlo da mente sem qualquer interesse a entropia social, outras, como a tradição confuciana, visavam primariamente estabelecer a ordem social. Em todo caso, se a importância atribuída a estas tentativas pode servir de indicador, a redução do conflito e da desordem através de meios espirituais parece ser muito adaptativa. Sem elas é provável que as pessoas ficassem cada vez mais desencorajadas e confusas, e que a guerra hobbesiana de “todos contra todos” se tornasse uma característica mais proemimente da paisagem social do que já é”.
Mihaly Csikszentmihalyi, Novas Atitudes Mentais, pág.227/228

Como a Psicologia vê o Mito?




Mito e psicologia

Freud deu nova orientação à interpretação dos mitos e às explicações sobre sua origem e função. Mais que uma recordação ancestral de situações históricas e culturais, ou uma elaboração fantasiosa sobre fatos reais, os mitos seriam, segundo a nova perspectiva proposta, uma expressão simbólica dos sentimentos e atitudes inconscientes de um povo, de forma perfeitamente análoga ao que são os sonhos na vida do indivíduo. Não foi por outra razão que Freud recorreu ao mito grego para dar nome ao complexo de Édipo: para ele, o mito do rei que mata o pai e casa com a própria mãe simboliza e manifesta a atracção de carácter sexual que o filho, na primeira infância, sente pela mãe e o desejo de suplantar o pai.
"Não será verdade que cada ciência, no final das contas, se reduz a um certo tipo de Mitologia?"
Sigmund Freud

MITOLOGIA


Freqüentemente, quando uma nova era desponta na história, um MITO brota ao mesmo tempo, como se fosse uma pré-estréia do que vai acontecer, trazendo em si sábios conselhos para lidar com os elementos psicológicos desse período.
Estamos no limiar de uma nova era e o mito que se nos desponta é o de Eros e Psiqué visto que o AMOR e a individuação são os principais pontos de busca do ser humano desse novo período da história.
Algo bonito a respeito do inconsciente na personalidade humana é quando chega o tempo de crescer, quando as velhas formas, os velhos hábitos, pavimentam o caminho e dão as boas-vindas aos novos. As velhas formas de agir parecem perseguir as novas que desabrocham, mas, quem sabe, talvez seja a maneira correta de dar à luz uma nova consciência.
É importante lembrar que um mito é algo vivo que existe dentro de cada um de nós. Seremos capazes de captar-lhe a forma viva e verdadeira se o imaginarmos como uma espiral girando sem cessar dentro de nós; poderemos sentir como o mito está vivo dentro da nossa própria estrutura psicológica. Todo “grande”mito é o registro simbólico de um estágio de crescimento na vida de um Ser na busca da sua individuação; é um de-vir, isto é, um vir-a-ser que pulsa latente do inconsciente e se traduz em linguagem a ser decifrada pelo consciente.


O Mito nos mostra os conflitos e as ilusões potenciais da existência autêntica, mas também as possibilidades contidas na situação existencial presente. E, em certo sentido, nada é mais causador de conflito quanto a distinção do que seja o amor. Muitos o coloca em lugar onde certamente ele não se encontra, outros o confundem com outros sentimentos ou lhe atribui sentido equívoco, uma miscelânea de carência, desejo, poder..., O fato é que por amor o ser humano vem provocando guerras e, ao mesmo tempo, por confundi-lo com procriação, vem povoando a terra com entes mal amados porque de certa forma não desejados, não programados, um acidente de percurso no itinerário do amor. Afinal, o que buscamos quando dizemos que estamos “a amar” ?


A história de Eros e Psiqué é um mito pré-cristão e ainda hoje nos diz muito. Isto porque a química do corpo humano não mudou muito de lá para cá, assim como também a dinâmica do inconsciente psicológico continua a mesma. As necessidades básicas do ser humano, tanto físicas quanto psicológicas, permaneceram fixas, embora a forma de serem satisfeitas tenham variado no decorrer do tempo e dependendo do lugar.
Por essa razão é que, quando queremos estudar os padrões humanos, tanto de comportamento quanto de personalidade, é muito elucidativo irmos às fontes primeiras; o Mito.


Sem maiores preocupações com o vestir, o médico conversava descontraído com o enfermeiro e o motorista da ambulância, quando uma senhora elegante chega e de forma ríspida, pergunta:


- Vocês sabem onde está o médico do hospital?

Com tranqüilidade o médico respondeu:

- Boa tarde, senhora! Em que posso ser útil?

Ríspida, retorquiu:

- Será que o senhor é surdo?

Não ouviu que estou procurando pelo médico?

Mantendo-se calmo, contestou:

- Boa tarde, senhora!

O médico sou eu, em que posso ajudá-la ?!?!

- Como?!?! O senhor?!?! Com essa roupa?!?!...

- Ah, Senhora! Desculpe-me! Pensei que a senhora estivesse procurando um médico e não uma vestimenta...

- Oh! Desculpe doutor! Boa tarde! É que... Vestido assim, o senhor nem parece um médico... -


Veja bem as coisas como são...

- disse o médico

- ... as vestes parecem não dizer muitas coisas, pois quando a vi chegando, tão bem vestida, tão elegante, pensei que a senhora fosse sorrir educadamente para todos e depois daria um simpaticíssimo "boa tarde!"; como se vê, as roupas nem sempre dizem muito...


Um dos mais belos trajes da alma é a educação; sabemos que a roupa faz a diferença mas o que não podemos negar é que:


Falta de Educação, Arrogância, Falta de Humildade, Pessoas que se julgam donas do mundo e da verdade, Grosseria e outras "qualidades" derrubam qualquer vestimenta.


Bastam às vezes, apenas 5 minutos de conversa para que o ouro da vestimenta se transforme em barro

MITOLOGIA - Céfalo e Prócirs


Céfalo era um belo jovem que amava sua esposa Prócris, por isso fugia de toda mulher que o procurava, pois era totalmente devotado ao amor que sentia por ela. Prócris havia dado a ele, dois presentes ganhos pela deusa Diana para serem usados na caça: um cachorro, que era o mais veloz de todos e uma flecha que jamais erraria seu alvo.


Durante suas caças na floresta, quando o sol estava a pico, Céfalo deitava numa sombra sobre a relva para se refrescar e descansar. Toda vez que ele descansava, dizia: “Vem brisa suave, vem e refresca o meu peito, vem e mitiga o calor que me faz arder.”


Um dia, alguém passou por perto, ouviu o que Céfalo dizia e contou para Prócris, que duvidou e disse que só acreditaria na traição se visse a cena. Então, esperou Céfalo sair para a caça e o seguiu.


Enquanto Céfalo descansava, escondida em um arbusto, ela ouviu as mesmas palavras que ele sempre dizia e começou a chorar.


Céfalo pensou que era um animal selvagem e lançou sua flecha, que acertou Prócris em cheio.


Quando Céfalo percebeu que havia ferido sua amada com o presente que ela mesma havia dado, fez de tudo para que ela não morresse, porém de nada adiantou.


Prócris morreu dizendo a Céfalo: “Imploro-te que, se algum dia me amaste, se já alguma vez mereci a bondade de tuas mãos, meu marido, faças este meu último desejo: não te cases com essa odiosa Brisa.”

mitologia - Píramo e Tisbe


O conto de Píramo e Tisbe pode ser considerado como a influência que Shakespeare teve para elaborar sua mais famosa obra: Romeu e Julieta.


A história se passa entre dois jovens belos e muito apaixonados, Píramo e Tisbe, que queriam muito casar, porém seus pais não permitiam. Esses jovens moravam em casas vizinhas, separadas por uma parede. Nessa parede havia uma fresta onde os apaixonados trocavam palavras de amor. Em certo dia, se encontraram a noite e decidiram que a única alternativa que tinham para ficar juntos era fugir de suas casas e então combinaram de se encontrar no túmulo de Nino, fora dos limites da cidade, ao pé de uma amoreira branca e próxima a uma fonte refrescante. Tisbe chegou primeiro ao local e de repente uma leoa chegou bem próximo com a boca ensangüentada querendo se molhar na fonte. Tisbe correu e escondeu em uma gruta, deixando seu véu cair sobre a terra. A leoa viu o véu e o rasgou com os dentes ensangüentados.


Quando Píramo chegou e não achou Tisbe, viu as pegadas do felino e o véu de sua amada todo rasgado e ensangüentado, se desesperou e decidiu morrer por causa da amada, desembainhou sua espada e feriu o próprio coração. Quando Tisbe retornou ao local se deparou com o amado morto, entendeu a situação e decidiu também morrer junto com ele.


Segundo a mitologia, foi por causa do sangue dos apaixonados que foi derramado aos pés da amoreira que os deuses se comoveram e decidiram dar a cor vermelha às amoras