quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
DESEJO
Em filosofia, o desejo é uma tensão em direção a um fim considerado pela pessoa que deseja como uma fonte de satisfação. É uma tendência algumas vezes consciente, outras vezes inconsciente ou reprimida. Quando consciente, o desejo é uma atitude mental que acompanha a representação do fim esperado, o qual é o conteúdo mental relativo à mesma. Enquanto elemento apetitivo, o desejo se distingue da necessidade fisiológica ou psicológica que o acompanha por ser o elemento afetivo do respectivo estado fisiológico ou psicológico.
Tradicionalmente, o desejo pressupõe carência, indigência. Um ser que não caressesse de nada não desejaria nada, seria um ser perfeito, um deus. Por isso Platão e os filósofos cristãos tomam o desejo como uma característica de seres finitos e imperfeitos.
Tradicionalmente, os filósofos viram o Bem como o objeto do desejo. Atualmente isso é questionado.
"O desejo não é sempre ou talvez nem mesmo freqüentemente do Bem ou do Racional, como os filósofos têm freqüentemente compreendido essas noções."
Richard Moran, "Replies to Heal, Reginster, Wilson, and Lear", p. 472 (em Philosophy and Phenomenological Research, volume LXIX, número 2, setembro de 2004, páginas 455-472).
O desejo foi tema importante das configurações da ética como morais metafísicas, tais como as que encontramos no estoicismo e no epicurismo.
Para os estóicos, a felicidade está não em desejar que ocorra o que queremos, mas, ao contrário, em desejar o acontecimento.
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