terça-feira, 16 de agosto de 2011

Complexo de Édipo

Complexo de Édipo é uma expressão introduzida por Sigmund Freud para indicar a atração erótica do filho para com a mãe, com sentimentos de ciúme e rivalidade com o pai. Tem origem na tragédia grega, de Sófocles, que narra a história do filho Édipo, que matou o pai (desconhecendo sua verdadeira identidade) e casou-se com a mãe. Freud acreditava que todo menino revive esse drama interno, vendo a mãe como rival.
Quando o complexo não é devidamente superado, costuma levar o homem a uma série de conflitos emocionais. Pode por exemplo, ter atitude hostil para com figuras masculinas de autoridade, simbolizando estas a figura paterna, caso o pai tenha essa característica. Pode também, ao contrário, tornar-se medroso, temendo uma figura de autoridade, que inconscientemente representa seu pai.
No amor, pode ser insatisfeito, buscando constantemente o verdadeiro amor, jamais o encontrando, como se procurasse sempre pela mãe. Pode ter um ciúme exagerado para com sua parceira, temendo perdê-la, como sente que perdeu a mãe. É preciso entender que todo esse processo acontece inconscientemente. Ou seja, a própria pessoa não tem consciência do que ocorre, a não ser que faça uma psicoterapia ou análise.
Atualmente a concepção desse complexo sofreu algumas revisões, não apenas dos psicanalistas – profissionais que seguem a teoria de Freud – como também por outros especialistas. Freud e Jung divergem quanto a essa expressão.
Na psicologia analítica de Jung a expressão tem como equivalente “complexo de incesto”. Jung ainda diz: “Freud está procurando os complexos, eu não. Aí está a diferença central. Procuro saber o que o inconsciente está fazendo com os complexos, porque isso me interessa muito mais do que o fato de as pessoas terem complexos.”
Para Jung o termo Complexo indica uma estrutura psíquica dotada de forte carga afetiva e que todos nós temos. Isso quer dizer, que uma simples palavra ou gesto, pode atingir uma ferida e trazer à tona um complexo, ou seja, algo com muito afeto, e “todo afeto nos afeta.” O complexo pode ser ativado automaticamente pela impulsividade e imediatismo, portanto, pela falta de reflexão.
Há também o Complexo de Eletra, que é a forma feminina do complexo de Édipo, de acordo com a denominação proposta por Jung, onde a filha desenvolve inclinação pelo pai, com ciúme contra a mãe.

Nenhum comentário:

Postar um comentário