Por sermos espíritos em processo evolutivo, ainda somos portadores de alguns sentimentos, emoções e comportamentos que nos causam vários problemas e afetam a nossa saúde física. Podemos citar como exemplo: egoísmo, orgulho, vaidade, soberba, arrogância, prepotência, medo, cólera, ciúme, mágoa, ressentimento, revide, ódio, inveja, cobiça, culpa, remorso, melindre, ansiedade exagerada, raiva, tristeza, desconfiança, desprezo, queixas, maledicência, angústia, manipulações, mentira, insatisfação, irritabilidade, desânimo, apatia, impaciência, crítica destrutiva, indiferença, agressividade, auto-compaixão, lamentações, amargura, melancolia e calúnias.
A nossa mente comanda todas as funções, todos os órgãos, todos os sistemas, todas as células, todas as reações bioquímicas, estabelecendo o necessário equilíbrio e consequentemente a nossa saúde. Quando os sentimentos e emoções negativas se estabelecem em nossa mente, criamos alterações no comando dos órgãos, na administração dos sistemas, na função das células, no equilíbrio das reações bioquímicas e na harmonia da saúde. O mecanismo é inconsciente, porque nós não desejamos criar doenças. Ninguém deseja sofrer, mas o organismo sujeito às emoções citadas acima se altera e surgem: úlcera, gastrite, colite, enxaqueca, dores musculares, fibromialgia, falta de ar, hipertensão arterial, arritmia cardíaca, angina, infarto, doenças autoimunes, alergia, urticária, eczema, rinite alérgica, bronquite alérgica, psoríase, labirintite, vitiligo, síndrome do cólon irritável, insônia e tantas outras doenças psicossomáticas.
Quando estamos tensos, ansiosos, agitados, estressados, lançamos na circulação grande quantidade de adrenalina, noradrenalina, cortisol, dopamina, acetilcolina que alteram o equilíbrio entre o sistema nervoso autônomo simpático e o parassimpático, que são encarregados de manter os órgãos em perfeita harmonia. Os problemas do dia a dia nos deixam constantemente nestes estados, fazendo com que os mecanismos de autocontrole se percam em suas funções, determinando as alterações e doenças. O cortisol é produzido em grande quantidade pela manhã, para que fiquemos despertos.
Se passarmos o dia todo tensos, estressados, produziremos grandes quantidades de cortisol e à noite, ao deitarmos para dormir, teremos insônia, causada pelo acúmulo de cortisol. A adrenalina lançada na circulação produz alterações graves no sistema circulatório, contraindo as artérias de todo o corpo, gerando a hipertensão arterial, a angina e o infarto. Além da contração das artérias, a adrenalina ocasiona taquicardia e arritmia cardíaca. No sistema digestivo, as descargas de adrenalina determinam alterações no processo digestivo, gastrite, úlcera, colite, alterações do ritmo intestinal.
O sistema nervoso autônomo simpático, em geral estimula a função dos órgãos enquanto o parassimpático, em geral retarda a função. Os dois sistemas devem funcionar em harmonia, mas quando nos estressamos ou ficamos alterados e apresentamos sentimentos e emoções negativas, citadas acima, causamos desequilíbrio entre o simpático e o parassimpático, determinando disfunções e doenças.
Por excesso de tensões, ansiedade, problemas e estresse, pode se estabelecer também a anorexia, que é falta total de apetite, que pode levar a desnutrição e desencarne prematuro. Mas o que ocorre com maior frequência é a gula, o exagero na alimentação e apetite voraz, que resulta em obesidade, que consequentemente leva a outras doenças do excesso de peso, como hipertensão arterial, insuficiência cardíaca, diabetes, artrose nas articulações dos tornozelos, joelhos, quadril e coluna lombar.
Para a prevenção das doenças psicossomáticas, podemos encontrar no Evangelho Segundo o Espiritismo, magníficas lições de saúde, porque os ensinamentos do Mestre Jesus exatamente nos levam à reflexão sobre os nossos sentimentos, emoções e comportamentos, convidando ao perdão, à aceitação, à generosidade, à humildade, à caridade, ao altruísmo, à fé, ao respeito e ao amor ao próximo. Vivenciando estas lições e as aplicando na prática diária, estaremos tomando consciência de nós mesmos, facilitando nossa transformação para melhor, possibilitando o alcance da paz, da serenidade e da saúde plena.
terça-feira, 30 de agosto de 2011
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
A força de um desenho
As crianças privilegiam uma folha de papel branca e lápis de cera para exprimir as suas opiniões, sentimentos e medos – muito mais do que a comunicação verbal. É esta a forma que a pequenada encontra para contar uma história que terá, invariavelmente, representações de cenas e de pessoas da sua vida real. Um desenho encerra um sem número de significados, presentes em pequenos pormenores que podem não ser imediatamente evidentes, mas que com um olhar mais atento podem revelar algo que possa estar a afectar a criança de forma negativa.
Meninos vs. Meninas
Quem já teve oportunidade de analisar desenhos criados por meninos e meninas rapidamente verifica que, na maior parte dos casos, existem diferenças notórias. Por norma, os desenhos de crianças do sexo masculino estão intimamente ligados à acção e à força, sendo por consequência mais escuros e até mais agressivos (podem incluir explosões, armas e monstros, por exemplo); enquanto os desenhos de crianças do sexo feminino estão mais voltados para a natureza e a serenidade, sendo mais contemplativos, belos e coloridos (incluem, não raras vezes, o sol, as nuvens, flores e personagens fantasiosas como fadas, por exemplo).
Como interpretar desenhos
Uma área específica e alvo de estudo intensivo, os desenhos infantis são matéria privilegiada no campo da psicologia, o que significa que nem os professores ou educadores de infância estão completamente treinados para decifrar desenhos. Porém, existem sinais de alerta, presentes nos desenhos das crianças, que podem despertar pais e professores para situações anormais. Os terapeutas especialistas afirmam que a interpretação dos desenhos deve ser feita consoante a idade da criança, ou seja, um desenho todo preto feito por uma criança de 2 anos pode não ter nenhuma conotação negativa, uma vez que esta ainda não tem uma consciência clara da escolha das cores, ao invés de uma criança mais velha, com 4 ou 5 anos. No entanto, os psicólogos vão mais longe nesta matéria e defendem ainda a importância de não avaliar o desenho isoladamente, mas de considerar, para além da idade da criança, a sua personalidade, o seu desenvolvimento cognitivo e ainda o seu historial de desenhos. Em adição, há, naturalmente, o contexto do desenho, ou seja, sugere-se que o adulto fale frequentemente com a criança sobre aquilo que desenha.
Deve estar atento a:
Cores utilizadas e vivacidade das mesmas
Força ou interrupção do traço
Existência de sombras
Isolamento de determinadas figuras (“fechadas” dentro de um quadrado ou de um círculo, por exemplo)
Ausência de determinadas figuras ou representação das mesmas numa escala muito reduzida
Agressividade de determinadas figuras
A criança passa a desenhar, continuadamente, cenários de violência
Desenha repetidamente a mesma figura
Se alguma figura é riscada ou apagada, depois de desenhada
Desenha figuras sem cabeça ou sem rosto
Não consegue desenhar-se a si próprio, numa imagem de família por exemplo
Desenha cenários que não são adequados à sua idade
O que fazer?
Não entre em pânico, nem proíba a criança de desenhar. O desenho tanto pode revelar algo negativo, como não. Mas, independentemente da conclusão final, é sempre preferível saber e descobrir atempadamente algo que esteja menos bem na vida da criança.
Como os adultos nem sempre vêem o que o imaginário das crianças (e a falta de técnica, compreensível nos mais novos) transpõe para o papel, é essencial manter um diálogo aberto sobre os desenhos infantis, sem recriminações, apenas muitos “porquês”. Procure descobrir a “história” por de trás de cada desenho.
Se verificou um ou mais “sinais de alerta” (transcritos na lista acima), é importante reunir os desenhos mais recentes da criança, para verificar se existe uma recorrência desse padrão ou não. Se necessário, marque uma reunião com a professora, de forma a poder também ter acesso aos desenhos efectuados na escola.
Fale com a criança sobre os desenhos em questão, tentando descobrir o que está por de trás dos mesmos, ou seja, a criança pode ou não dizer-lhe exactamente o que se passa ou o que se passou, por isso, será necessário estar atento às “entrelinhas”.
Se os desenhos da criança continuarem a alarmá-lo, procure ajuda profissional.
Acima de tudo, não desencoraje a criança de desenhar, esta é uma actividade lúdica, criativa e educacional, que deve ser praticada continuamente, até porque os seus benefícios são mais do que muitos.
As crianças privilegiam uma folha de papel branca e lápis de cera para exprimir as suas opiniões, sentimentos e medos – muito mais do que a comunicação verbal. É esta a forma que a pequenada encontra para contar uma história que terá, invariavelmente, representações de cenas e de pessoas da sua vida real. Um desenho encerra um sem número de significados, presentes em pequenos pormenores que podem não ser imediatamente evidentes, mas que com um olhar mais atento podem revelar algo que possa estar a afectar a criança de forma negativa.
Meninos vs. Meninas
Quem já teve oportunidade de analisar desenhos criados por meninos e meninas rapidamente verifica que, na maior parte dos casos, existem diferenças notórias. Por norma, os desenhos de crianças do sexo masculino estão intimamente ligados à acção e à força, sendo por consequência mais escuros e até mais agressivos (podem incluir explosões, armas e monstros, por exemplo); enquanto os desenhos de crianças do sexo feminino estão mais voltados para a natureza e a serenidade, sendo mais contemplativos, belos e coloridos (incluem, não raras vezes, o sol, as nuvens, flores e personagens fantasiosas como fadas, por exemplo).
Como interpretar desenhos
Uma área específica e alvo de estudo intensivo, os desenhos infantis são matéria privilegiada no campo da psicologia, o que significa que nem os professores ou educadores de infância estão completamente treinados para decifrar desenhos. Porém, existem sinais de alerta, presentes nos desenhos das crianças, que podem despertar pais e professores para situações anormais. Os terapeutas especialistas afirmam que a interpretação dos desenhos deve ser feita consoante a idade da criança, ou seja, um desenho todo preto feito por uma criança de 2 anos pode não ter nenhuma conotação negativa, uma vez que esta ainda não tem uma consciência clara da escolha das cores, ao invés de uma criança mais velha, com 4 ou 5 anos. No entanto, os psicólogos vão mais longe nesta matéria e defendem ainda a importância de não avaliar o desenho isoladamente, mas de considerar, para além da idade da criança, a sua personalidade, o seu desenvolvimento cognitivo e ainda o seu historial de desenhos. Em adição, há, naturalmente, o contexto do desenho, ou seja, sugere-se que o adulto fale frequentemente com a criança sobre aquilo que desenha.
Deve estar atento a:
Cores utilizadas e vivacidade das mesmas
Força ou interrupção do traço
Existência de sombras
Isolamento de determinadas figuras (“fechadas” dentro de um quadrado ou de um círculo, por exemplo)
Ausência de determinadas figuras ou representação das mesmas numa escala muito reduzida
Agressividade de determinadas figuras
A criança passa a desenhar, continuadamente, cenários de violência
Desenha repetidamente a mesma figura
Se alguma figura é riscada ou apagada, depois de desenhada
Desenha figuras sem cabeça ou sem rosto
Não consegue desenhar-se a si próprio, numa imagem de família por exemplo
Desenha cenários que não são adequados à sua idade
O que fazer?
Não entre em pânico, nem proíba a criança de desenhar. O desenho tanto pode revelar algo negativo, como não. Mas, independentemente da conclusão final, é sempre preferível saber e descobrir atempadamente algo que esteja menos bem na vida da criança.
Como os adultos nem sempre vêem o que o imaginário das crianças (e a falta de técnica, compreensível nos mais novos) transpõe para o papel, é essencial manter um diálogo aberto sobre os desenhos infantis, sem recriminações, apenas muitos “porquês”. Procure descobrir a “história” por de trás de cada desenho.
Se verificou um ou mais “sinais de alerta” (transcritos na lista acima), é importante reunir os desenhos mais recentes da criança, para verificar se existe uma recorrência desse padrão ou não. Se necessário, marque uma reunião com a professora, de forma a poder também ter acesso aos desenhos efectuados na escola.
Fale com a criança sobre os desenhos em questão, tentando descobrir o que está por de trás dos mesmos, ou seja, a criança pode ou não dizer-lhe exactamente o que se passa ou o que se passou, por isso, será necessário estar atento às “entrelinhas”.
Se os desenhos da criança continuarem a alarmá-lo, procure ajuda profissional.
Acima de tudo, não desencoraje a criança de desenhar, esta é uma actividade lúdica, criativa e educacional, que deve ser praticada continuamente, até porque os seus benefícios são mais do que muitos.
O desenho não é uma ilustração e não serve para medir a inteligência
O desenho não é uma ilustração e não serve para medir a inteligência. Ele significa muito mais do que isso; é uma projecção do eu corporal, como tal, pode permitir uma visualização dos conflitos psíquicos e relacionais. O desenho implica um movimento transferencial; é um compromisso entre a realidade interna e a realidade externa da pessoa, entre os processos primários e secundários.
Uma folha de papel, é, à partida, um espelho, havendo sempre a possibilidade de aí nos projectarmos. Pessoas há, que têm dificuldade em projectar o corpo no desenho, os seus fantasmas e os seus desejos (em regra, os adolescentes e os adultos).
O corpo é eminentemente um esquema que nos fornece coordenadas para o pensamentos e para os afectos, permitindo-nos aceder às representações mentais. A representação mental é pois, função do corpo próprio e toda a representação mental é eminentemente espacial.
Se entre o corpo e o afecto existe uma relação primordial, o desenho é um compromisso entre os nossos fantasmas e as nossas defesas. Assim sendo, é possível aceder à compreensão da realidade interna da pessoa, aos seus desejos e censuras.
As crianças até aos dez anos desenham fundamentalmente figuras humanas, imagens corporais habitadas por fantasmas e desejos. O desenho representa a projecção do Eu Corporal, casas, carros, são formas do corpo metamorfosear-se. É claro que a análise dos desenhos infantis é sempre subjectiva, tal como é único o perfil do psicólogo; no entanto, existem sempre características fundamentais nos desenhos que em norma são interpretadas do mesmo modo; por exemplo, uma árvore sem raízes poderá indicar insegurança, mas se for desenhada com frutos pode dar-nos algumas indicações sobre o investimento da criança relativamente a um ou aos dois progenitores; uma casa dividida pela cor pode representar um indício de alguma problemática entre os pais, etc.
As crianças pequenas começam por fazer rabiscos, garatujas. Quando há conflitualidade a criança risca com grande intensidade ou então desenha sem qualquer pressão, o que pode indicar uma provável inibição e uma falta de expansão do Eu.
Um aspecto a considerar também, é o modo de progressão do desenho; em regra ele faz-se no sentido da verticalidade. A criança adquire a noção do eixo (alto-baixo) e é quando a criança domina o seu espaço interno que começa a horizontalidade.
Paulatinamente a criança adquire um maior controlo motor e convergência visual e começará a desenhar círculos (um dentro e outro fora) representando a diferença entre o Eu e o não Eu. À medida em que acede à possibilidade do espaço de visão da mãe, sem que haja angústia de separação, “autonomiza-se”, criando agora círculos com pernas e posteriormente com braços, o que implica já maior maturação. Mais tarde desenhará de perfil e criará uma identidade própria e vai reconhecer-se ao espelho (quando tal não acontece é porque existem problemáticas graves ao nível da identidade). Na psicose, por exemplo, pode haver dificuldade em desenhar um círculo fechado.
Ter uma identidade, é ter um nome, é ter um rosto e é ter um sexo. O processo de identificação implica uma relação triangular; quando a criança ultrapassa melhor ou pior o Complexo de Édipo, tal, pode ser constatado no desenho através da sua profundidade, por exemplo, a inclusão de determinados elementos – o Sol, as nuvens, os campos, etc.
Quando há um espaço bidimensional e o dentro e o fora coexistem, uma casa, por exemplo, em que o interior é perfeitamente visível, tal, já nos dá uma perspectiva de alguma triangulação.
No chamado desenho de inclusão recíproca isto é, quando a criança desenha um personagem dentro de outro personagem (como nas bonecas russas), o que está dentro representa o mesmo que está fora; aqui, a criança ainda não vive no signo do materno, expressa alguma autonomização, mas também, uma grande necessidade da progenitora.
No desenho tridimensional é possível aceder ao processo de triangulação e ao investimento que a criança coloca nos progenitores. Em regra o Sol simboliza o paterno, uma casa simbolizará o materno.
Quando a criança não apresenta no desenho a tridimensionalidade, reduz as diferenças ao idêntico, tende a desenhar em simetria, e então, todas as árvores serão iguais, bem como as casas e as flores. Em regra estas crianças costumam fazer alergias.
As crianças com dificuldades em desenhar, que não gostam de brincar, que são muito agressivas, evoluíram num quadro de falso self, têm dificuldade em projectar-se através do corpo. Esta dificuldade em desenhar implica que a vida interna do sujeito é pobre e pouco subjectiva. É muito frequente os adolescentes traçarem figuras corporais tipo palito, simulando ou dissimulando, o que pode indicar dificuldades de expressão subjectiva.
Finalmente, na psicose, existe um excesso de vida fantasmática (implica o delírio) em que a imagem do corpo é fragmentada e os personagens, normalmente dissociados na folha, podem surgir suspensos no espaço aéreo (linha psicótica). Há confusão entre o dentro e o fora e, como não existe noção de limite, também não há possibilidade de estabilidade entre o dentro e o fora e um rosto próprio que indique permanência.
Uma folha de papel, é, à partida, um espelho, havendo sempre a possibilidade de aí nos projectarmos. Pessoas há, que têm dificuldade em projectar o corpo no desenho, os seus fantasmas e os seus desejos (em regra, os adolescentes e os adultos).
O corpo é eminentemente um esquema que nos fornece coordenadas para o pensamentos e para os afectos, permitindo-nos aceder às representações mentais. A representação mental é pois, função do corpo próprio e toda a representação mental é eminentemente espacial.
Se entre o corpo e o afecto existe uma relação primordial, o desenho é um compromisso entre os nossos fantasmas e as nossas defesas. Assim sendo, é possível aceder à compreensão da realidade interna da pessoa, aos seus desejos e censuras.
As crianças até aos dez anos desenham fundamentalmente figuras humanas, imagens corporais habitadas por fantasmas e desejos. O desenho representa a projecção do Eu Corporal, casas, carros, são formas do corpo metamorfosear-se. É claro que a análise dos desenhos infantis é sempre subjectiva, tal como é único o perfil do psicólogo; no entanto, existem sempre características fundamentais nos desenhos que em norma são interpretadas do mesmo modo; por exemplo, uma árvore sem raízes poderá indicar insegurança, mas se for desenhada com frutos pode dar-nos algumas indicações sobre o investimento da criança relativamente a um ou aos dois progenitores; uma casa dividida pela cor pode representar um indício de alguma problemática entre os pais, etc.
As crianças pequenas começam por fazer rabiscos, garatujas. Quando há conflitualidade a criança risca com grande intensidade ou então desenha sem qualquer pressão, o que pode indicar uma provável inibição e uma falta de expansão do Eu.
Um aspecto a considerar também, é o modo de progressão do desenho; em regra ele faz-se no sentido da verticalidade. A criança adquire a noção do eixo (alto-baixo) e é quando a criança domina o seu espaço interno que começa a horizontalidade.
Paulatinamente a criança adquire um maior controlo motor e convergência visual e começará a desenhar círculos (um dentro e outro fora) representando a diferença entre o Eu e o não Eu. À medida em que acede à possibilidade do espaço de visão da mãe, sem que haja angústia de separação, “autonomiza-se”, criando agora círculos com pernas e posteriormente com braços, o que implica já maior maturação. Mais tarde desenhará de perfil e criará uma identidade própria e vai reconhecer-se ao espelho (quando tal não acontece é porque existem problemáticas graves ao nível da identidade). Na psicose, por exemplo, pode haver dificuldade em desenhar um círculo fechado.
Ter uma identidade, é ter um nome, é ter um rosto e é ter um sexo. O processo de identificação implica uma relação triangular; quando a criança ultrapassa melhor ou pior o Complexo de Édipo, tal, pode ser constatado no desenho através da sua profundidade, por exemplo, a inclusão de determinados elementos – o Sol, as nuvens, os campos, etc.
Quando há um espaço bidimensional e o dentro e o fora coexistem, uma casa, por exemplo, em que o interior é perfeitamente visível, tal, já nos dá uma perspectiva de alguma triangulação.
No chamado desenho de inclusão recíproca isto é, quando a criança desenha um personagem dentro de outro personagem (como nas bonecas russas), o que está dentro representa o mesmo que está fora; aqui, a criança ainda não vive no signo do materno, expressa alguma autonomização, mas também, uma grande necessidade da progenitora.
No desenho tridimensional é possível aceder ao processo de triangulação e ao investimento que a criança coloca nos progenitores. Em regra o Sol simboliza o paterno, uma casa simbolizará o materno.
Quando a criança não apresenta no desenho a tridimensionalidade, reduz as diferenças ao idêntico, tende a desenhar em simetria, e então, todas as árvores serão iguais, bem como as casas e as flores. Em regra estas crianças costumam fazer alergias.
As crianças com dificuldades em desenhar, que não gostam de brincar, que são muito agressivas, evoluíram num quadro de falso self, têm dificuldade em projectar-se através do corpo. Esta dificuldade em desenhar implica que a vida interna do sujeito é pobre e pouco subjectiva. É muito frequente os adolescentes traçarem figuras corporais tipo palito, simulando ou dissimulando, o que pode indicar dificuldades de expressão subjectiva.
Finalmente, na psicose, existe um excesso de vida fantasmática (implica o delírio) em que a imagem do corpo é fragmentada e os personagens, normalmente dissociados na folha, podem surgir suspensos no espaço aéreo (linha psicótica). Há confusão entre o dentro e o fora e, como não existe noção de limite, também não há possibilidade de estabilidade entre o dentro e o fora e um rosto próprio que indique permanência.
Desenho infantil
Luquet Distingue Quatro Estágios:
1- Realismo fortuito: começa por volta dos 2 anos e põe fim ao período chamado rabisco. A criança que começou por traçar signos sem desejo de representação descobre por acaso uma analogia com um objeto e passa a nomear seu desenho.
2- Realismo fracassado: Geralmente entre 3 e 4 anos tendo descoberto a identidade forma-objeto, a criança procura reproduzir esta forma.
3- Realismo intelectual: estendendo-se dos 4 aos 10-12 anos, caracteriza-se pelo fato que a criança desenha do objeto não aquilo que vê, mas aquilo que sabe. Nesta fase ela mistura diversos pontos de vista ( perspectivas ).
4- Realismo visual: É geralmente por volta dos 12 anos, marcado pela descoberta da perspectiva e a submissa às suas leis, daí um empobrecimento, um enxugamento progressivo do grafismo que tende a se juntar as produções adultas.
Marthe Berson distingue três estágios do rabisco:
1 - Estágio vegetativo motor: por volta dos 18 meses, o traçado e mais ou menos arredondado, conexo ou alongado e o lápis não sai da folha formando turbilhões.
2 - Estágio representativo: entre dois e 3 anos, caracteriza-se pelo aparecimento de formas isoladas, a criança passa do traço continuo para o traço descontinuo, pode haver comentário verbal do desenho.
3 - Estágio comunicativo: começa entre 3 e 4 anos, se traduz por uma vontade de escrever e de comunicar-se com outros. Traçado em forma de dentes de serra, que procura reproduzir a escrita dos adultos.
Em Uma Análise Piagetiana, temos:
1 - Garatuja: Faz parte da fase sensório motora ( 0 a 2 anos) e parte da fase pré-operacional (2 a 7 anos). A criança demonstra extremo prazer nesta fase. A figura humana é inexistente ou pode aparecer da maneira imaginária. A cor tem um papel secundário, aparecendo o interesse pelo contraste, mas não há intenção consciente. Pode ser dividida em:
• Desordenada: movimentos amplos e desordenados. Com relação a expressão, vemos a imitação "eu imito, porém não represento". Ainda é um exercício.
• Ordenada: movimentos longitudinais e circulares; coordenação viso-motora. A figura humana pode aparecer de maneira imaginária, pois aqui existe a exploração do traçado; interesse pelas formas (Diagrama).
Aqui a expressão é o jogo simbólico: "eu represento sozinho". O símbolo já existe. Identificada: mudança de movimentos; formas irreconhecíveis com significado; atribui nomes, conta histórias. A figura humana pode aparecer de maneira imaginária, aparecem sóis, radiais e mandalas. A expressão também é o jogo simbólico.
2 - Pré- Esquematismo: Dentro da fase pré-operatória, aparece a descoberta da relação entre desenho, pensamento e realidade. Quanto ao espaço, os desenhos são dispersos inicialmente, não relaciona entre si. Então aparecem as primeiras relações espaciais, surgindo devido à vínculos emocionais. A figura humana, torna-se uma procura de um conceito que depende do seu conhecimento ativo, inicia a mudança de símbolos. Quanto a utilização das cores, pode usar, mas não há relação ainda com a realidade, dependerá do interesse emocional. Dentro da expressão, o jogo simbólico aparece como: "nós representamos juntos".
3 - Esquematismo: Faz parte da fase das operações concretas (7 a 10 anos).Esquemas representativos, afirmação de si mediante repetição flexível do esquema; experiências novas são expressas pelo desvio do esquema. Quanto ao espaço, é o primeiro conceito definido de espaço: linha de base. Já tem um conceito definido quanto a figura humana, porém aparecem desvios do esquema como: exagero, negligência, omissão ou mudança de símbolo. Aqui existe a descoberta das relações quanto a cor; cor-objeto, podendo haver um desvio do esquema de cor expressa por experiência emocional. Aparece na expressão o jogo simbólico coletivo ou jogo dramático e a regra.
4 - Realismo: Também faz parte da fase das operações concretas, mas já no final desta fase. Existe uma consciência maior do sexo e autocrítica pronunciada. No espaço é descoberto o plano e a superposição. Abandona a linha de base. Na figura humana aparece o abandono das linhas. As formas geométricas aparecem. Maior rigidez e formalismo. Acentuação das roupas diferenciando os sexos. Aqui acontece o abandono do esquema de cor, a acentuação será de enfoque emocional. Tanto no Esquematismo como no Realismo, o jogo simbólico é coletivo, jogo dramático e regras existiram.
5 - Pseudo Naturalismo: Estamos na fase das operações abstratas (10 anos em diante)É o fim da arte como atividade expontânea. Inicia a investigação de sua própria personalidade. Aparece aqui dois tipos de tendência: visual (realismo, objetividade); háptico ( expressão subjetividade) No espaço já apresenta a profundidade ou a preocupação com experiências emocionais (espaço subjetivo). Na figura humana as características sexuais são exageradas, presença das articulações e proporções. A consciência visual (realismo) ou acentuação da expressão, também fazem parte deste período. Uma maior conscientização no uso da cor, podendo ser objetiva ou subjetiva. A expressão aparece como: "eu represento e você vê" Aqui estão presentes o exercício, símbolo e a regra.
E ainda alguns psicólogos e pedagogos, em uma linguagem mais coloquial, utilizam as seguintes referencias:
• De 1 a 3 anos
É a idade das famosas garatujas: simples riscos ainda desprovidos de controle motor, a criança ignora os limites do papel e mexa todo o corpo para desenhar, avançando os traçados pelas paredes e chão. As primeiras garatujas são linhas longitudinais que, com o tempo, vão se tornando circulares e, por fim, se fecham em formas independentes, que ficam soltas na página. No final dessa fase, é possível que surjam os primeiros indícios de figuras humanas, como cabeças com olhos.
• De 3 a 4 anos
Já conquistou a forma e seus desenhos têm a intenção de reproduzir algo. Ela também respeita melhor os limites do papel. Mas o grande salto é ser capaz de desenhar um ser humano reconhecível, com pernas, braços, pescoço e tronco.
• De 4 a 5 anos
É uma fase de temas clássicos do desenho infantil, como paisagens, casinhas, flores, super-heróis, veículos e animais, varia no uso das cores, buscando um certo realismo. Suas figuras humanas já dispõem de novos detalhes, como cabelos, pés e mãos, e a distribuição dos desenhos no papel obedecem a uma certa lógica, do tipo céu no alto da folha. Aparece ainda a tendência à antropomorfização, ou seja, a emprestar características humanas a elementos da natureza, como o famoso sol com olhos e boca. Esta tendência deve se estender até 7 ou 8 anos.
• De 5 a 6 anos
Os desenhos sempre se baseiam em roteiros com começo, meio e fim. As figuras humanas aparecem vestidas e a criança dá grande atenção a detalhes como as cores. Os temas variam e o fato de não terem nada a ver com a vida dela são um indício de desprendimento e capacidade de contar histórias sobre o mundo.
• De 7 a 8 anos
O realismo é a marca desta fase, em que surge também a noção de perspectiva. Ou seja, os desenhos da criança já dão uma impressão de profundidade e distância. Extremamente exigentes, muitas deixam de desenhar, se acham que seus trabalhos não ficam bonitos.
Como podemos perceber o linha de evolução é similar mudando com maior ênfase o enfoque em alguns aspectos. O importante é respeitar os ritmos de cada criança e permitir que ela possa desenhar livremente, sem intervenção direta, explorando diversos materiais, suportes e situações.
Para tentarmos entender melhor o universo infantil muitas vezes buscamos interpretar os seus desenhos, devemos porem lembrar que a interpretação de um desenho isolada do contexto em que foi elaborado não faz sentido.
É aconselhável, ao professor, que ofereça às crianças o contato com diferentes tipos de desenhos e obras de artes, que elas façam a leitura de suas produções e escutem a de outros e também que sugira a criança desenhar a partir de observações diversas (cenas, objetos, pessoas) para que possamos ajudá-la a nutrisse de informações e enriquecer o seu grafismo. Assim elas poderão reformular suas idéias e construir novos conhecimentos.
Enfim, o desenho infantil é um universo cheio de mundos a serem explorados.
1- Realismo fortuito: começa por volta dos 2 anos e põe fim ao período chamado rabisco. A criança que começou por traçar signos sem desejo de representação descobre por acaso uma analogia com um objeto e passa a nomear seu desenho.
2- Realismo fracassado: Geralmente entre 3 e 4 anos tendo descoberto a identidade forma-objeto, a criança procura reproduzir esta forma.
3- Realismo intelectual: estendendo-se dos 4 aos 10-12 anos, caracteriza-se pelo fato que a criança desenha do objeto não aquilo que vê, mas aquilo que sabe. Nesta fase ela mistura diversos pontos de vista ( perspectivas ).
4- Realismo visual: É geralmente por volta dos 12 anos, marcado pela descoberta da perspectiva e a submissa às suas leis, daí um empobrecimento, um enxugamento progressivo do grafismo que tende a se juntar as produções adultas.
Marthe Berson distingue três estágios do rabisco:
1 - Estágio vegetativo motor: por volta dos 18 meses, o traçado e mais ou menos arredondado, conexo ou alongado e o lápis não sai da folha formando turbilhões.
2 - Estágio representativo: entre dois e 3 anos, caracteriza-se pelo aparecimento de formas isoladas, a criança passa do traço continuo para o traço descontinuo, pode haver comentário verbal do desenho.
3 - Estágio comunicativo: começa entre 3 e 4 anos, se traduz por uma vontade de escrever e de comunicar-se com outros. Traçado em forma de dentes de serra, que procura reproduzir a escrita dos adultos.
Em Uma Análise Piagetiana, temos:
1 - Garatuja: Faz parte da fase sensório motora ( 0 a 2 anos) e parte da fase pré-operacional (2 a 7 anos). A criança demonstra extremo prazer nesta fase. A figura humana é inexistente ou pode aparecer da maneira imaginária. A cor tem um papel secundário, aparecendo o interesse pelo contraste, mas não há intenção consciente. Pode ser dividida em:
• Desordenada: movimentos amplos e desordenados. Com relação a expressão, vemos a imitação "eu imito, porém não represento". Ainda é um exercício.
• Ordenada: movimentos longitudinais e circulares; coordenação viso-motora. A figura humana pode aparecer de maneira imaginária, pois aqui existe a exploração do traçado; interesse pelas formas (Diagrama).
Aqui a expressão é o jogo simbólico: "eu represento sozinho". O símbolo já existe. Identificada: mudança de movimentos; formas irreconhecíveis com significado; atribui nomes, conta histórias. A figura humana pode aparecer de maneira imaginária, aparecem sóis, radiais e mandalas. A expressão também é o jogo simbólico.
2 - Pré- Esquematismo: Dentro da fase pré-operatória, aparece a descoberta da relação entre desenho, pensamento e realidade. Quanto ao espaço, os desenhos são dispersos inicialmente, não relaciona entre si. Então aparecem as primeiras relações espaciais, surgindo devido à vínculos emocionais. A figura humana, torna-se uma procura de um conceito que depende do seu conhecimento ativo, inicia a mudança de símbolos. Quanto a utilização das cores, pode usar, mas não há relação ainda com a realidade, dependerá do interesse emocional. Dentro da expressão, o jogo simbólico aparece como: "nós representamos juntos".
3 - Esquematismo: Faz parte da fase das operações concretas (7 a 10 anos).Esquemas representativos, afirmação de si mediante repetição flexível do esquema; experiências novas são expressas pelo desvio do esquema. Quanto ao espaço, é o primeiro conceito definido de espaço: linha de base. Já tem um conceito definido quanto a figura humana, porém aparecem desvios do esquema como: exagero, negligência, omissão ou mudança de símbolo. Aqui existe a descoberta das relações quanto a cor; cor-objeto, podendo haver um desvio do esquema de cor expressa por experiência emocional. Aparece na expressão o jogo simbólico coletivo ou jogo dramático e a regra.
4 - Realismo: Também faz parte da fase das operações concretas, mas já no final desta fase. Existe uma consciência maior do sexo e autocrítica pronunciada. No espaço é descoberto o plano e a superposição. Abandona a linha de base. Na figura humana aparece o abandono das linhas. As formas geométricas aparecem. Maior rigidez e formalismo. Acentuação das roupas diferenciando os sexos. Aqui acontece o abandono do esquema de cor, a acentuação será de enfoque emocional. Tanto no Esquematismo como no Realismo, o jogo simbólico é coletivo, jogo dramático e regras existiram.
5 - Pseudo Naturalismo: Estamos na fase das operações abstratas (10 anos em diante)É o fim da arte como atividade expontânea. Inicia a investigação de sua própria personalidade. Aparece aqui dois tipos de tendência: visual (realismo, objetividade); háptico ( expressão subjetividade) No espaço já apresenta a profundidade ou a preocupação com experiências emocionais (espaço subjetivo). Na figura humana as características sexuais são exageradas, presença das articulações e proporções. A consciência visual (realismo) ou acentuação da expressão, também fazem parte deste período. Uma maior conscientização no uso da cor, podendo ser objetiva ou subjetiva. A expressão aparece como: "eu represento e você vê" Aqui estão presentes o exercício, símbolo e a regra.
E ainda alguns psicólogos e pedagogos, em uma linguagem mais coloquial, utilizam as seguintes referencias:
• De 1 a 3 anos
É a idade das famosas garatujas: simples riscos ainda desprovidos de controle motor, a criança ignora os limites do papel e mexa todo o corpo para desenhar, avançando os traçados pelas paredes e chão. As primeiras garatujas são linhas longitudinais que, com o tempo, vão se tornando circulares e, por fim, se fecham em formas independentes, que ficam soltas na página. No final dessa fase, é possível que surjam os primeiros indícios de figuras humanas, como cabeças com olhos.
• De 3 a 4 anos
Já conquistou a forma e seus desenhos têm a intenção de reproduzir algo. Ela também respeita melhor os limites do papel. Mas o grande salto é ser capaz de desenhar um ser humano reconhecível, com pernas, braços, pescoço e tronco.
• De 4 a 5 anos
É uma fase de temas clássicos do desenho infantil, como paisagens, casinhas, flores, super-heróis, veículos e animais, varia no uso das cores, buscando um certo realismo. Suas figuras humanas já dispõem de novos detalhes, como cabelos, pés e mãos, e a distribuição dos desenhos no papel obedecem a uma certa lógica, do tipo céu no alto da folha. Aparece ainda a tendência à antropomorfização, ou seja, a emprestar características humanas a elementos da natureza, como o famoso sol com olhos e boca. Esta tendência deve se estender até 7 ou 8 anos.
• De 5 a 6 anos
Os desenhos sempre se baseiam em roteiros com começo, meio e fim. As figuras humanas aparecem vestidas e a criança dá grande atenção a detalhes como as cores. Os temas variam e o fato de não terem nada a ver com a vida dela são um indício de desprendimento e capacidade de contar histórias sobre o mundo.
• De 7 a 8 anos
O realismo é a marca desta fase, em que surge também a noção de perspectiva. Ou seja, os desenhos da criança já dão uma impressão de profundidade e distância. Extremamente exigentes, muitas deixam de desenhar, se acham que seus trabalhos não ficam bonitos.
Como podemos perceber o linha de evolução é similar mudando com maior ênfase o enfoque em alguns aspectos. O importante é respeitar os ritmos de cada criança e permitir que ela possa desenhar livremente, sem intervenção direta, explorando diversos materiais, suportes e situações.
Para tentarmos entender melhor o universo infantil muitas vezes buscamos interpretar os seus desenhos, devemos porem lembrar que a interpretação de um desenho isolada do contexto em que foi elaborado não faz sentido.
É aconselhável, ao professor, que ofereça às crianças o contato com diferentes tipos de desenhos e obras de artes, que elas façam a leitura de suas produções e escutem a de outros e também que sugira a criança desenhar a partir de observações diversas (cenas, objetos, pessoas) para que possamos ajudá-la a nutrisse de informações e enriquecer o seu grafismo. Assim elas poderão reformular suas idéias e construir novos conhecimentos.
Enfim, o desenho infantil é um universo cheio de mundos a serem explorados.
DESENHO
O teste do desenho é mais um dos recursos ao qual o psicológico recorre como auxiliar da sua praxe seja na empresa, indústria, clínica ou escola. Em suas variadas formas, ele está presente nas atividades de seleção, avaliação e ajuda psicológica. Mas, afinal, o que se busca avaliar por meio do desenho nessas situações? Este artigo pretende esclarecer e contextualizar o teste do desenho, na tentativa de dissipar dúvidas que, quase sempre, angustia os candidatos quando submetidos, em particular, a esse tipo de instrumento nos processos seletivos. Campos (1999) destaca que o primeiro trabalho sobre o desenho como fenômeno expressivo, digno de menção, foi realizado em 1887, por Ricci, em Bolonha. O H-T-P (House - casa, Tree - árvore, Person - pessoa), é o teste projetivo mais usado em exame psicotécnico/seleção de pessoal, avaliação clínica, etc. Outros testes, mas apenas por meio da figura humana, a exemplo do Goodenough e do Machover, estão voltados para mensuração da inteligência infantil.
Nesse momento, se faz necessário uma breve descrição do H-T-P. Este teste é administrado à criança acima de 8 anos de idade, adolescente e adulto, cuja aplicação pode ser em nível individual ou em grupo. Seu tempo de realização é livre, mas, geralmente, não ultrapassa a média de 30 a 90 minutos. O material utilizado é papel ofício A-4 (tamanho ideal, não pode ser papel com pauta), lápis grafite n. 2 (de modo geral grafite é mais apropriado para desenhar, facilita o controle do tônus muscular sobre os traços, ao passo que o estereográfico é escorregadio). Os desenhos são feitos à mão livre, ou seja, sem régua ou objetos que sirva a essa função. Embora, o uso da borracha, por parte do aplicador, seja optativo, quase sempre compõe o kit, até porque que a sua utilização, por si, já consiste em motivo de análise. Quando se trata de criança, também se utiliza lápis coloridos, no que se constitui, assim, a Bateria Acromática e Cromática do H-T-P.
Na concepção de Buck (2003), o H-T-P tem como objetivo obter informação sobre como uma pessoa vivencia a sua individualidade em relação aos outros, e em facilitar a projeção de elementos da personalidade e de áreas de conflitos, identificados como o propósito de avaliação ou terapêutica. Ainda para o autor, “os desenhos também estimulam o estabelecimento de interesse, conforto e confiança entre o examinador e o cliente”(p.2). Sua técnica se respalda no “conceito de que os desenhos da figura humana”, bem como os da casa e da árvore, “são úteis para o estudo da personalidade ou como meio de diagnóstico na avaliação clínica, e se fundamenta na teórica na psicologia da imagem de si mesmo, assim como na teoria psicanalítica da projeção” (HARRIS, 1981, p.57- grifo nosso).
Para Levy (apud TRINCA, 1987), o desenho além de projetar a imagem corporal, usualmente compõe uma gama de projeções relacionadas ao autoconceito, a imagem ideal do eu, e as atitudes para com os outros, mesmo com o examinador na situação da testagem. O teste do desenho pode ser uma expressão consciente, como também incluir símbolos disfarçados e fenômenos inconscientes. O desenho da figura humana, segundo Alves (apud WECHSLER, 2003), é uma das medidas mais utilizá-las pelos psicólogos brasileiros, na maioria das vezes com o intuito de avaliação emocional mais do que cognitiva. A freqüência da utilização dessa técnica, certamente, se deve a sua composição simples, aparentemente objetiva e de baixo custo financeiro (HUTZ e BANDEIRA apud WECHSLER, 2003).
Ao examinando é solicitado, geralmente, um mínimo de três desenhos, e, em seguida se conduz o Inquérito1. Nessa etapa do Inquérito é extraído o maior número possível de informações e descrições subjetivas que o examinando discorre sobre cada uma das figuras grafadas. Cabe ressaltar que, na clínica, esse manejo é bem mais favorável de se consolidar do que num exame psicotécnico, por se tratar, quase sempre, de grupo. Para Deleuze (1997), o devir não é imaginário, bem como uma vigem não é real, ele faz do mínimo de um trajeto ou da sua imobilidade no mesmo lugar, uma viagem; e é esse percurso que leva o imaginário a um devir. Ao trazer esta afirmativa deleuziana para o contexto desta discussão, diríamos que este teste é o “devir”, e que o examinando é o “imaginário”. Daí a importância do Inquérito. Este, junto ao desenho funda as disposições de acesso ao indivíduo, com significativa e vertical compreensão do seu Eu.
Em outras palavras, é a fala do examinado, no seu sincero propósito de colaborar com o processo, que vai dar mais sentido, e legitimar mais ainda as expressões dos seus desenhos. Afinal, “toda linguagem é uma linguagem exposta à emergência dos efeitos do inconsciente” (NASIO, 1993, p.79). Nessa perspectiva, Deleuze (2006) ressalta que a estrutura se estabelece daquilo que é linguagem, seja ela esotérica ou não-verbal, do mesmo modo em que “só há estrutura do inconsciente à medida que o inconsciente fala e é linguagem” (DELEUZE, 2006, pp.238-9). O desenho é uma outra forma de linguagem por meio do qual o inconsciente também se manifesta. Para Campos (1999) o desenho na vez de técnica projetiva reflete uma impressão do “todo” do indivíduo, como uma “Gestalt”2 organizada, que aparece em toda a sua extensão, pelo olhar do examinador experiente na técnica da interpretação de desenho (grifos da autora).
A autora acredita que tudo esta no desenho, cada linha e parte em suas relações com as outras, o aspecto da sua elaboração com um todo apresenta um efeito unificado, diferente do Rorschach que, além de não apresentar tal clareza de interpretação, necessita de cálculos e escores. Enfim, “a projeção do Desenho é apreendido pelo clínico com uma unidade; o Rorschach deve ser tratado parte por parte” (CAMPOS, 1999, p.27). Por questões inerentes à conduta para com os testes psicológicos, não é possível esmiuçar aqui o significado específico do H-T-P, ou seja, em que se consubstanciam seus itens, isto, se não o invalidaria, entretanto retiraria um pouco do seu impacto avaliativo.
Existem os desenhos projetivos a exemplo do Zulliger (aplicação individual ou coletiva, por meio de slides ou apresentação de 3 cartões ou lâminas), e do Rorschach (aplicação somente individual, mediante a apresentação de 10 cartões ou lâminas), com os seus famosos borrões de tinta que se constituem de estímulos ambíguos. O indivíduo descreve, verbalmente, como os percebe. Feito isso, terá que destacar com lápis de cores variadas nas folhas de localização, uma espécie de marca d`água, os locais nos quais as imagens inspiraram suas respostas. O H-T-P é um teste projetivo, mas gráfico, isto o diferencia destes outros citados.
Os três desenhos do H-T-P trabalham com a mesma deliberação tendo em vista para a interpretação das características da personalidade,estado emocional, transtorno mental3 e outros. Convém salientar que, este teste, apesar da sua relevância tende a denotar aspectos patológicos dos quais quase ninguém escapa. Assim sendo, a praxe recomenda a aplicação de mais de um teste de personalidade quando da avaliação do item específico: Personalidade, e da importância de que o avaliador perceba em quais situações deve relativisar os seus dados qualitativos.
Segundo Van Kolck (1984), o indivíduo ao atender à solicitação - “desenhe uma pessoa” - lança sobre o papel a imagem corporal que possui e que se torna veículo de expressão de sua personalidade (p.14). A autora acrescenta que essa imagem não é apenas consciente, mas também construída como base no corpo do outro, e que não está ligada somente à aparência, mas, em especial, a qualidade da relação. A folha de papel em branco representa o mundo externo do indivíduo que nos desenhos livres é ocupada por objetos diversos sem conexão entre si, ou, pelo contrário, isolados, ou mesmo vazios de conteúdos (PICCOLO, 1995), e, por vezes, porque não, bem distribuídos, relacionados e harmonizados.
O sistema inconsciente, estranhamente, é colocado em dúvida por Nasio (1993), ao mesmo tempo em que indica o suposto lugar do seu trânsito. Para o autor, “se o inconsciente existe, ele só pode existir no interior do campo da psicanálise e, mais precisamente, no interior do campo do tratamento analítico” (p.49). Diríamos que o inconsciente está na vida, no cotidiano das pessoas, e em toda atuação psicológicas, embora umas abordagem priorizem, outras o pretira ou ignore. O inconsciente não é uma invenção de Sigmund Freud, nem patente da psicanálise. Segundo Mueller e Hergenhahn (apud GORSKI, 2005), se atribuem ao filósofo Gottfried W. Leibniz a descoberta do inconsciente muito antes de Freud tocar nessa tecla.
O desenho é uma das mais autênticas expressões do testando, uma vez que capta, em particular, conteúdos inconscientes, sem a sua intervenção. Embora ele possa até intuir que algo do seu interior, do seu Eu, irá torná-lo conhecido, mas não consegue ter o controle sobre o que será exposto. Isto certamente o angustia bem mais, porque o deixa vulnerável. Porém, a intenção não é deixá-lo numa situação desconfortável. Mas, esse teste se estrutura de tal modo que o examinando não consegue manipular informações ao seu favor. Posto que, ele não tem noção de quais aspectos dos desenhos serão considerados favoráveis ao seu caso.
Com exceção de figuras estereotipadas - a exemplo de coqueiro, bananeira e pessoa unidimensional ou feita de “palitos”-, que são impróprias para serem analisados porque não oferecem material suficiente, no teste do desenho não tem resposta certa nem errada. Logo, todos os componentes dos desenhos são analisáveis. A grosso modo, o H-T-P se compara a uma radiografia psíquica. Considerado o fato de que o candidato ou examinado não tem controle sobre os testes, durante o processo de seleção ou avaliação o mais sensato é procurar relaxar (fazer exercícios respiratórios, e manter os pés bem apoiados no chão, sobretudo e de maneira moderada nos momentos antecedem a sua realização, são fundamentais), e ariscar-se em: “Ser a própria pessoa, sem subterfúgios, ou representar algum personagem”, e ser cooperativo às realizações e às solicitações da demanda diagnóstica ou psicométrica. Uma vez que assim proceda, e essa postura é válida para todos os testes, estará facilitando uma melhor denotação do seu potencial, e como conseqüência um resultado mais satisfatório do seu desempenho.
Para um melhor entendimento do trabalho prático com desenhos, a seguir serão apresentadas quatro vinhetas de dois casos clínicos, e de dois exames psicotécnicos. Um paciente, médico, estava em crise no casamento. A sua esposa se queixava que isto se devia, em grande parte, à relação simbiótica do marido com os parentes, em especial ao seu apego à mãe viúva. O que era, veementemente, negado por ele, que se dizia independente e acostumado a se “virar” sozinho. Portanto, está casado ou solteiro lhe parecia, apesar deste seu segundo matrimônio, ser indiferente, etc. Solicitei que ele desenhasse a sua família.
Depois de relutar, de questionar a utilidade do desenho, meio indisposto do tipo: “Só vou fazer porque não tenho outra alternativa”, com o lápis esgrimiu rápidos golpes no papel. Este gesto que também tem outras significações, aqui se restringirá ao que foi explicitado: Quatro esboços do mesmo tamanho, similares, e um apêndice junto e a esquerda do primeiro esboço da seqüência. Cada garatuja como se fossem parênteses sobrepostos. Um menor “a cabeça”, em cima de um outro maior “o tórax”, e a base do primeiro, bastante rechonchuda em relação aos demais, representando os quadris.
Quando do Inquérito, apontei para que os nomeasse, o dos quadris largos era sua mãe, o apêndice que sugeria algo como: “Preso à barra da sua saia”, o paciente se auto-reconheceu, e os outros eram seus irmãos. Sugeri que fizesse um outro desenho, mas, com a sua família: mulher e filho (esta fora a intenção inicial). Desta vez apareceram figuras, mas sem se tocarem: Um homem, na direita do papel, olha para o oeste; uma mulher no seu lado esquerdo, olha para o leste, e uma criancinha dava a impressão de engatinhar alheia ao casal. Ao chamar sua atenção para estes detalhes, o paciente se conscientizou das suas dificuldades, e pareceu disposto a repensar e a assumir seu casamento.
Um outro paciente, este já em fase de ser liberado para cirurgia bariátrica, se dizia muito bem, e que havia superado o trauma de hospital, etc. Sugeri que ele fizesse a cena desse dia tão sonhado. No desenho bem elaborado - não quer dizer bonito, perfeito, mas, que seus componentes estão nitidamente representados -, se evidenciou uma figura de barriga enorme, deitada na mesa de cirurgia sob um grande refletor, e com os olhos arregalados em direção à porta. Ao longo do seu corpo três pessoas identificadas como o cirurgião, a anestesiologista e uma enfermeira. Com base nesse “olhar de pavor com desejo implícito de fuga”, ele resolveu adiar a cirurgia, por uns quinze dias, com o objetivo de explorar um pouco mais esse medo.
Uma examinada, no psicotécnico, achou que a perfeição do desenho seria considerada, daí reforçou e retocou todos os desenhos. Seu H-T-P ficou bizarro, e adquiriu uma outra conotação. Esse fato junto à mesma atitude no Teste Palográfico de reforçar os traços (palos), quando da contagem dos mesmos, contribuíram para a sua não indicação. Num concurso público bastante concorrido, uma candidata à vaga de Agente de investigação (função fictícia para dificultar associações), de repente, por conta de uma pergunta da sua concorrente, durante a realização de um teste, ficou agressiva, e bastante exaltada. Seu protesto tinha um pouco de pertinência, houve de fato uma pequena interferência, mas que não devia ter ocorrido. Porém, não chegara a prejudicar o andamento do todo.
Quando reunidos para discutirmos o caso, a psicóloga e o estagiário responsáveis pela sala, estavam se sentindo profundamente culpados e incompetentes. Na função de um dos membros da coordenação do evento, chamei a atenção de que lhes tinha faltado uma prontidão para conter essa interferência, mas que a reação da moça fora exageradamente desproporcional ao incidente. Na análise do seu teste, todos os desenhos, em especial o da figura humana apresentava vários indicativos de intensa agressividade. Chegou-se a conclusão de que a sua agressividade e tensão não eram reacional a situação da testagem, mas constitucional à sua personalidade. A candidata foi considerada, temporariamente, inapta para o cargo.
O desenho tem a função de estabelecer contato, investigação e tratamento. Na comunicação verbal o examinado poderá tentar conduzir, com seus argumentos, o interlocutor para determinado foco, persuadi-lo para o que julga ser crucial para conquistar a vaga. Daí a grande vantagem do desenho, o indivíduo não tem a chance de exercitar esse artifício. Assim como o corpo fala, o desenho diz por meio do inconsciente, aquilo que, por cautela ou autocensura, o seu autor não se permite verbalizar. No psicotécnico, os traços de personalidade identificados nos desenhos são comparados ao perfil que se exige para o cargo. Nesse caso, por vezes, sujeitos de elevado nível cultural e consideráveis características pessoais, não são contempladas. Do mesmo modo que, um outro, com menos potencial poderá se adequar melhor a essa função.
Num primeiro momento, esse processo, parece meio sem lógica e, em particular, cruel. Deve-se lembrar que este sistema é capitalista, e que a escolha de um candidato se dá em relação a diversos fatores. Alguns são bem específicos de cada empresa ou processo seletivo. Por exemplo, numa empresa na qual não haja perspectiva de ascensão funcional, colocar uma pessoa com elevado nível de escolaridade, inteligente, e criatividade, numa função “elementar”, sem possibilidade de crescimento, seria condená-la ao desajuste. Também seria motivo de constrangimento indicar uma outra para uma colocação que está além do seu potencial. Ela se desgastaria para atingir um nível razoável de satisfação produtiva, ou não atingiria, gerando frustração, ou mesmo, algo mais sério. Segundo Codo e Vasques-Menezes (apud ABREU et al., 2002), as pessoas entram em burnout4 ao se sentirem incapazes de investir em seu trabalho, e em conseqüência da incapacidade de lidar como o mesmo.
Um processo seletivo não é pensado em ternos emergenciais. Entre outros, também porque, contratação no Brasil, implica em encargos sociais altíssimos, etc. Na situação de desempregado há disposição sim, mas que, se não forem seguidos os parâmetros racionais de seleção, não há nenhuma segurança de que seja mantida. Atendida as necessidades básicas de subsistência, outras ocuparão o campo psicológico do indivíduo. Assim sendo, vem à tona o velho jargão, de que somente “o casamento da pessoa certa com a função”, poderá resistir às intempéries ocupacionais.
Entre os desenhos, é o da figura humana geralmente o mais realizado, mas, paradoxalmente, é também o mais rejeitado. Para Buck (2003), isso está associado ao nível de desajustamento do sujeito, uma vez que evidencia, mais diretamente, as dificuldades das relações interpessoais e a consciência corporal, mais do que a casa ou árvore. No que se refere aos dados de inteligência, aptidões, etc., feitas as suas devidas ponderações, pode se considerar os mais elevados escores ou percentuais. Ao passo que, na avaliação ou análise da personalidade propriamente dita, os aspectos mais comprometedores são vistos em relação à capacidade adaptativa. Junto a outros itens que poderão ajudar o paciente a superar as suas dificuldade, e, no caso do examinado, no psicotécnico, a enfrentar as situações. Por conseguinte, tenta-se fazer prevalecer o princípio de que, a parte mais saudável, uma vez destacada e valorizada, favorece as outras mais afetadas: “Como alguém conta comigo, eu sou responsável por minha ação perante o outro” (RICOEUR apud SENNETT, 2002: 174). Todo paciente, etc., por mais comprometido que pareça sempre apresenta algum “gancho” como ponto de partida para a sua ajuda.
Porém, nem sempre é fácil de desvelar áreas conflitivas, para perceber os potencias de um candidato, é preciso técnica e atenção, e, no caso clínico, paciência, bem como persistência, para encontrar e alargar as arestas que contribuam para a “cura” do paciente ou remissão do seu sintoma. Van Kolck (1984) salienta que além da projeção5, mecanismos como identificação6 e introjeção7 podem se manifestar, mas certamente a expressão e a adaptação são os dois processos que ocupam lugar de importância quando o desenho é concretizado. A adaptação, expressão e projeção, segundo a autora, estão explícitas no ato de desenhar. Assim sendo, mais do que qualquer outra especificidade de produção pessoal, deve ser visto com bastante critério os aspectos: Adaptativo que diz respeito à adequação à tarefa solicitada, sua correspondência em relação à faixa etária, sexo e, eventual, patologia; Expressivo que analisa o estilo característico da resposta que se mostra por meio gráfico da forma; e o Projetivo que verifica as situações e objetos que denotam conteúdo e a maneira de tratar o tema.
No teste do desenho, embora seu enunciado se refira “ao melhor que o examinado possa desenhar”, a estética ou beleza artística não é considerada, mas os conteúdos que estão representados. Histórias, críticas, sentimentos e emoções verbalizados durante a aplicação e no inquérito são dados complementares que podem até colaborar com o fechamento do Parecer de um Laudo. Tudo que o indivíduo faz, diz, escreve, desenha é uma projeção do seu Eu, ou são fragmentos de si mesmo. Ele pode até não ser exatamente aquilo, mas está de alguma forma, por meio desses sinais, representado. Van Kolck (1984) cogitar que há “casos de rejeição em graus diferentes de intensidade, a partir da negação a desenhar até o não complemento do desenho”(p.10 - grifo da autora).
Na situação de testagem, o discurso de que não sabe desenhar, a priori pode sugerir uma preocupação com a plástica do desenho, mas, na realidade, trata-se de resistência, um mecanismo de defesa, receio de se projetar. De modo geral, “todas as defesas contêm aspectos adaptativos e são indispensáveis para um ajuste adequado à realidade” (PICCOLO, 1995, p.209). É a “melhor solução” (grifo da autora) encontrada pelo sujeito para lidar com as situações, a sua maneira de perceber e conectar-se tanto com a realidade interna quanto com a realidade externa. Em virtude disto, interessa conhecer quais os perigos fantasiados que o ego tenta evitar, e no que acredita como de mais terrível que possa ocorrer caso relaxe essa conduta defensiva (idem, ibid).
Assim como o corpo não mente, e conta coisas sobre a história emocional, e dos mais profundos sentimentos, caráter e personalidade (KURTZ e PRESTERA, 1989), o mesmo pode-se dizer do desenho, que também funciona com uma estrutura similar à grafologia. Assim como na grafologia, o teste do desenho é uma série de atos, de registros gráficos dos movimentos, “quer dizer, como um filme em que o próprio indivíduo plasma, graficamente, seu tipo de inteligência, sua sensibilidade, seus impulsos, suas tendências, suas reações etc.” (VELS, 1997, p.39).
Segundo Vels (1997), a grafologia tem a vantagem de nos dar uma imagem fiel do indivíduo revelada por ele mesmo, sem intermediário e sem risco de inibição e nervosismo que todo teste psicotécnico produz, quando o indivíduo se sente “examinado” (p. 11 - grifo do autor). É verdade que toda situação de testagem gera algum tipo de tensão, mas, se o indivíduo é conhecedor de que sua grafia é objeto de avaliação, por que na grafologia seria diferente? Enfim, no processo psicotécnico,, se destina um tempo para o Rapport8 ou “quebra gelo”, entre outras, para desmistificar os testes, etc., e também para atenuar a ansiedade ou nervosismo dos examinandos (SILVA, 2007).
Tomando por base o exposto poder-se-ia indagar se o treinamento do H-T-P, por exemplo, leva a exposição de desenhos mais satisfatórios? Nunca é demais ressaltar, que não é permitido o treino de qualquer teste psicológico. Isto fere os princípios éticos que regem a categoria, e que está sujeito à invalidação e punição por parte do CFP (Conselho Federal de Psicologia) que regulariza a profissão. Mas, na hipótese de um sujeito recorrer a esse expediente ilegal? Esse macete com o teste do desenho pode até implicar numa vantagem, mas aparente, uma vez que camufla determinados aspectos, mas, dificilmente, não deixará de transparecer as características que, de fato, são inerentes a sua personalidade.
Provavelmente, ficaria um desenho confuso, correndo o risco de que, exatamente por isto, ser preterido, haja vista as incoerências da expressão dos desenhos. Também deve ser considerado o fato de que a avaliação não se dá somente na exclusividade de um desenho ou teste, mas no seu conjunto que subsidia a decisão do examinador. Nesse sentido, Van Kolck (1984) diz que um traço gráfico isolado nada significa. Cada traço deve ser considerado em conexão com os demais e no contexto geral do desenho (p.6). Enfim, o treino não é garantia para assegurar vaga ou carteira de habilitação.
Na perspectiva de ser um psicanalista fazendo outra coisa mais apropriada para a ocasião, Winnicott (apud MENCARELLI e VAISBERG, 2005) propunha uma espécie de jogo de traços e rabiscos no qual cada pessoa deveria finalizar apenas com um desenho esboçado pelo outro. Assim, em poucos encontros era possível chegar ao núcleo problemático do paciente. Apesar desta “deixa” de Winnicott, o desenho na condição de modalidade de teste psicológico é pouco estudado na academia, como conseqüência seu uso, em termos proporcionais, ainda é bem restrito.
Com exceção da ênfase infantil, e do psicotécnico, o teste do desenho não tem uma presença maciça em termo do auxílio que esse recurso pode trazer. Talvez por consistir-se num instrumento de característica rudimentar - todo mundo, de uma forma ou de outra desenha, rabisca, etc., desde os seus primórdios de criança -, não tenha sido valorizado. Segundo Lipovetsky (2005), “não é mais apenas a riqueza do material que constitui o luxo, mas a aura do nome e renome das grandes casas, o prestígio da grife, a magia da marca” (p. 43). Mas este imperativo simbólico, não é exclusivo da moda. Talvez, nesse universo, seja mais explicitamente ditatorial, todavia está também nos mais diversos universos dos segmentos sociais, mesmo no acadêmico, e nem sempre de modo subjacente.
Enfim, os trabalhos mais expressivos em relação ao desenho estiveram voltados para saúde mental a cargo da Nise da Silveira. Esta psiquiatra que não aceitava o eletrochoque - atualmente denominado eletroconvulsoterapia9 - como meio de tratamento, recorreu ao desenho, modelagem e pintura, na sua assistência aos pacientes psicóticos. Em 28 de setembro de 1956, no Engenho de Dentro, no Rio de Janeiro, fundou o Museu de Imagens do Inconsciente.
O desenho está imerso na realidade social, nas suas mais diversas matrizes de arte, seja mediante das obras clássicas, sofisticadas, estilizadas, e até mesmo nas manifestações dos anseios e protestos populares por meio das grafites de rua. Porém, o desenho na sua função de Avaliação Psicológica, não pode se constituir numa tarefa simplória, não se trata de deleitar ou rejeitar conforme o conforto ou incômodo da percepção. Mas, de ir além, traspassar para enxergar, ali, uma vida imbricada noutras vidas, que almejam pela realização de um sonho, atender uma necessidade, e ter uma chance. Finalmente, o teste do desenho tem o dom de veículo que aproxima, e se faz explicitar dos fragmentos, das nuances de luz e sombra, a compreensão. E, assim, se fecha a gestalt de quem ajuda (psicólogo), e de quem espera ser ajudado (paciente, examinado).
Nesse momento, se faz necessário uma breve descrição do H-T-P. Este teste é administrado à criança acima de 8 anos de idade, adolescente e adulto, cuja aplicação pode ser em nível individual ou em grupo. Seu tempo de realização é livre, mas, geralmente, não ultrapassa a média de 30 a 90 minutos. O material utilizado é papel ofício A-4 (tamanho ideal, não pode ser papel com pauta), lápis grafite n. 2 (de modo geral grafite é mais apropriado para desenhar, facilita o controle do tônus muscular sobre os traços, ao passo que o estereográfico é escorregadio). Os desenhos são feitos à mão livre, ou seja, sem régua ou objetos que sirva a essa função. Embora, o uso da borracha, por parte do aplicador, seja optativo, quase sempre compõe o kit, até porque que a sua utilização, por si, já consiste em motivo de análise. Quando se trata de criança, também se utiliza lápis coloridos, no que se constitui, assim, a Bateria Acromática e Cromática do H-T-P.
Na concepção de Buck (2003), o H-T-P tem como objetivo obter informação sobre como uma pessoa vivencia a sua individualidade em relação aos outros, e em facilitar a projeção de elementos da personalidade e de áreas de conflitos, identificados como o propósito de avaliação ou terapêutica. Ainda para o autor, “os desenhos também estimulam o estabelecimento de interesse, conforto e confiança entre o examinador e o cliente”(p.2). Sua técnica se respalda no “conceito de que os desenhos da figura humana”, bem como os da casa e da árvore, “são úteis para o estudo da personalidade ou como meio de diagnóstico na avaliação clínica, e se fundamenta na teórica na psicologia da imagem de si mesmo, assim como na teoria psicanalítica da projeção” (HARRIS, 1981, p.57- grifo nosso).
Para Levy (apud TRINCA, 1987), o desenho além de projetar a imagem corporal, usualmente compõe uma gama de projeções relacionadas ao autoconceito, a imagem ideal do eu, e as atitudes para com os outros, mesmo com o examinador na situação da testagem. O teste do desenho pode ser uma expressão consciente, como também incluir símbolos disfarçados e fenômenos inconscientes. O desenho da figura humana, segundo Alves (apud WECHSLER, 2003), é uma das medidas mais utilizá-las pelos psicólogos brasileiros, na maioria das vezes com o intuito de avaliação emocional mais do que cognitiva. A freqüência da utilização dessa técnica, certamente, se deve a sua composição simples, aparentemente objetiva e de baixo custo financeiro (HUTZ e BANDEIRA apud WECHSLER, 2003).
Ao examinando é solicitado, geralmente, um mínimo de três desenhos, e, em seguida se conduz o Inquérito1. Nessa etapa do Inquérito é extraído o maior número possível de informações e descrições subjetivas que o examinando discorre sobre cada uma das figuras grafadas. Cabe ressaltar que, na clínica, esse manejo é bem mais favorável de se consolidar do que num exame psicotécnico, por se tratar, quase sempre, de grupo. Para Deleuze (1997), o devir não é imaginário, bem como uma vigem não é real, ele faz do mínimo de um trajeto ou da sua imobilidade no mesmo lugar, uma viagem; e é esse percurso que leva o imaginário a um devir. Ao trazer esta afirmativa deleuziana para o contexto desta discussão, diríamos que este teste é o “devir”, e que o examinando é o “imaginário”. Daí a importância do Inquérito. Este, junto ao desenho funda as disposições de acesso ao indivíduo, com significativa e vertical compreensão do seu Eu.
Em outras palavras, é a fala do examinado, no seu sincero propósito de colaborar com o processo, que vai dar mais sentido, e legitimar mais ainda as expressões dos seus desenhos. Afinal, “toda linguagem é uma linguagem exposta à emergência dos efeitos do inconsciente” (NASIO, 1993, p.79). Nessa perspectiva, Deleuze (2006) ressalta que a estrutura se estabelece daquilo que é linguagem, seja ela esotérica ou não-verbal, do mesmo modo em que “só há estrutura do inconsciente à medida que o inconsciente fala e é linguagem” (DELEUZE, 2006, pp.238-9). O desenho é uma outra forma de linguagem por meio do qual o inconsciente também se manifesta. Para Campos (1999) o desenho na vez de técnica projetiva reflete uma impressão do “todo” do indivíduo, como uma “Gestalt”2 organizada, que aparece em toda a sua extensão, pelo olhar do examinador experiente na técnica da interpretação de desenho (grifos da autora).
A autora acredita que tudo esta no desenho, cada linha e parte em suas relações com as outras, o aspecto da sua elaboração com um todo apresenta um efeito unificado, diferente do Rorschach que, além de não apresentar tal clareza de interpretação, necessita de cálculos e escores. Enfim, “a projeção do Desenho é apreendido pelo clínico com uma unidade; o Rorschach deve ser tratado parte por parte” (CAMPOS, 1999, p.27). Por questões inerentes à conduta para com os testes psicológicos, não é possível esmiuçar aqui o significado específico do H-T-P, ou seja, em que se consubstanciam seus itens, isto, se não o invalidaria, entretanto retiraria um pouco do seu impacto avaliativo.
Existem os desenhos projetivos a exemplo do Zulliger (aplicação individual ou coletiva, por meio de slides ou apresentação de 3 cartões ou lâminas), e do Rorschach (aplicação somente individual, mediante a apresentação de 10 cartões ou lâminas), com os seus famosos borrões de tinta que se constituem de estímulos ambíguos. O indivíduo descreve, verbalmente, como os percebe. Feito isso, terá que destacar com lápis de cores variadas nas folhas de localização, uma espécie de marca d`água, os locais nos quais as imagens inspiraram suas respostas. O H-T-P é um teste projetivo, mas gráfico, isto o diferencia destes outros citados.
Os três desenhos do H-T-P trabalham com a mesma deliberação tendo em vista para a interpretação das características da personalidade,estado emocional, transtorno mental3 e outros. Convém salientar que, este teste, apesar da sua relevância tende a denotar aspectos patológicos dos quais quase ninguém escapa. Assim sendo, a praxe recomenda a aplicação de mais de um teste de personalidade quando da avaliação do item específico: Personalidade, e da importância de que o avaliador perceba em quais situações deve relativisar os seus dados qualitativos.
Segundo Van Kolck (1984), o indivíduo ao atender à solicitação - “desenhe uma pessoa” - lança sobre o papel a imagem corporal que possui e que se torna veículo de expressão de sua personalidade (p.14). A autora acrescenta que essa imagem não é apenas consciente, mas também construída como base no corpo do outro, e que não está ligada somente à aparência, mas, em especial, a qualidade da relação. A folha de papel em branco representa o mundo externo do indivíduo que nos desenhos livres é ocupada por objetos diversos sem conexão entre si, ou, pelo contrário, isolados, ou mesmo vazios de conteúdos (PICCOLO, 1995), e, por vezes, porque não, bem distribuídos, relacionados e harmonizados.
O sistema inconsciente, estranhamente, é colocado em dúvida por Nasio (1993), ao mesmo tempo em que indica o suposto lugar do seu trânsito. Para o autor, “se o inconsciente existe, ele só pode existir no interior do campo da psicanálise e, mais precisamente, no interior do campo do tratamento analítico” (p.49). Diríamos que o inconsciente está na vida, no cotidiano das pessoas, e em toda atuação psicológicas, embora umas abordagem priorizem, outras o pretira ou ignore. O inconsciente não é uma invenção de Sigmund Freud, nem patente da psicanálise. Segundo Mueller e Hergenhahn (apud GORSKI, 2005), se atribuem ao filósofo Gottfried W. Leibniz a descoberta do inconsciente muito antes de Freud tocar nessa tecla.
O desenho é uma das mais autênticas expressões do testando, uma vez que capta, em particular, conteúdos inconscientes, sem a sua intervenção. Embora ele possa até intuir que algo do seu interior, do seu Eu, irá torná-lo conhecido, mas não consegue ter o controle sobre o que será exposto. Isto certamente o angustia bem mais, porque o deixa vulnerável. Porém, a intenção não é deixá-lo numa situação desconfortável. Mas, esse teste se estrutura de tal modo que o examinando não consegue manipular informações ao seu favor. Posto que, ele não tem noção de quais aspectos dos desenhos serão considerados favoráveis ao seu caso.
Com exceção de figuras estereotipadas - a exemplo de coqueiro, bananeira e pessoa unidimensional ou feita de “palitos”-, que são impróprias para serem analisados porque não oferecem material suficiente, no teste do desenho não tem resposta certa nem errada. Logo, todos os componentes dos desenhos são analisáveis. A grosso modo, o H-T-P se compara a uma radiografia psíquica. Considerado o fato de que o candidato ou examinado não tem controle sobre os testes, durante o processo de seleção ou avaliação o mais sensato é procurar relaxar (fazer exercícios respiratórios, e manter os pés bem apoiados no chão, sobretudo e de maneira moderada nos momentos antecedem a sua realização, são fundamentais), e ariscar-se em: “Ser a própria pessoa, sem subterfúgios, ou representar algum personagem”, e ser cooperativo às realizações e às solicitações da demanda diagnóstica ou psicométrica. Uma vez que assim proceda, e essa postura é válida para todos os testes, estará facilitando uma melhor denotação do seu potencial, e como conseqüência um resultado mais satisfatório do seu desempenho.
Para um melhor entendimento do trabalho prático com desenhos, a seguir serão apresentadas quatro vinhetas de dois casos clínicos, e de dois exames psicotécnicos. Um paciente, médico, estava em crise no casamento. A sua esposa se queixava que isto se devia, em grande parte, à relação simbiótica do marido com os parentes, em especial ao seu apego à mãe viúva. O que era, veementemente, negado por ele, que se dizia independente e acostumado a se “virar” sozinho. Portanto, está casado ou solteiro lhe parecia, apesar deste seu segundo matrimônio, ser indiferente, etc. Solicitei que ele desenhasse a sua família.
Depois de relutar, de questionar a utilidade do desenho, meio indisposto do tipo: “Só vou fazer porque não tenho outra alternativa”, com o lápis esgrimiu rápidos golpes no papel. Este gesto que também tem outras significações, aqui se restringirá ao que foi explicitado: Quatro esboços do mesmo tamanho, similares, e um apêndice junto e a esquerda do primeiro esboço da seqüência. Cada garatuja como se fossem parênteses sobrepostos. Um menor “a cabeça”, em cima de um outro maior “o tórax”, e a base do primeiro, bastante rechonchuda em relação aos demais, representando os quadris.
Quando do Inquérito, apontei para que os nomeasse, o dos quadris largos era sua mãe, o apêndice que sugeria algo como: “Preso à barra da sua saia”, o paciente se auto-reconheceu, e os outros eram seus irmãos. Sugeri que fizesse um outro desenho, mas, com a sua família: mulher e filho (esta fora a intenção inicial). Desta vez apareceram figuras, mas sem se tocarem: Um homem, na direita do papel, olha para o oeste; uma mulher no seu lado esquerdo, olha para o leste, e uma criancinha dava a impressão de engatinhar alheia ao casal. Ao chamar sua atenção para estes detalhes, o paciente se conscientizou das suas dificuldades, e pareceu disposto a repensar e a assumir seu casamento.
Um outro paciente, este já em fase de ser liberado para cirurgia bariátrica, se dizia muito bem, e que havia superado o trauma de hospital, etc. Sugeri que ele fizesse a cena desse dia tão sonhado. No desenho bem elaborado - não quer dizer bonito, perfeito, mas, que seus componentes estão nitidamente representados -, se evidenciou uma figura de barriga enorme, deitada na mesa de cirurgia sob um grande refletor, e com os olhos arregalados em direção à porta. Ao longo do seu corpo três pessoas identificadas como o cirurgião, a anestesiologista e uma enfermeira. Com base nesse “olhar de pavor com desejo implícito de fuga”, ele resolveu adiar a cirurgia, por uns quinze dias, com o objetivo de explorar um pouco mais esse medo.
Uma examinada, no psicotécnico, achou que a perfeição do desenho seria considerada, daí reforçou e retocou todos os desenhos. Seu H-T-P ficou bizarro, e adquiriu uma outra conotação. Esse fato junto à mesma atitude no Teste Palográfico de reforçar os traços (palos), quando da contagem dos mesmos, contribuíram para a sua não indicação. Num concurso público bastante concorrido, uma candidata à vaga de Agente de investigação (função fictícia para dificultar associações), de repente, por conta de uma pergunta da sua concorrente, durante a realização de um teste, ficou agressiva, e bastante exaltada. Seu protesto tinha um pouco de pertinência, houve de fato uma pequena interferência, mas que não devia ter ocorrido. Porém, não chegara a prejudicar o andamento do todo.
Quando reunidos para discutirmos o caso, a psicóloga e o estagiário responsáveis pela sala, estavam se sentindo profundamente culpados e incompetentes. Na função de um dos membros da coordenação do evento, chamei a atenção de que lhes tinha faltado uma prontidão para conter essa interferência, mas que a reação da moça fora exageradamente desproporcional ao incidente. Na análise do seu teste, todos os desenhos, em especial o da figura humana apresentava vários indicativos de intensa agressividade. Chegou-se a conclusão de que a sua agressividade e tensão não eram reacional a situação da testagem, mas constitucional à sua personalidade. A candidata foi considerada, temporariamente, inapta para o cargo.
O desenho tem a função de estabelecer contato, investigação e tratamento. Na comunicação verbal o examinado poderá tentar conduzir, com seus argumentos, o interlocutor para determinado foco, persuadi-lo para o que julga ser crucial para conquistar a vaga. Daí a grande vantagem do desenho, o indivíduo não tem a chance de exercitar esse artifício. Assim como o corpo fala, o desenho diz por meio do inconsciente, aquilo que, por cautela ou autocensura, o seu autor não se permite verbalizar. No psicotécnico, os traços de personalidade identificados nos desenhos são comparados ao perfil que se exige para o cargo. Nesse caso, por vezes, sujeitos de elevado nível cultural e consideráveis características pessoais, não são contempladas. Do mesmo modo que, um outro, com menos potencial poderá se adequar melhor a essa função.
Num primeiro momento, esse processo, parece meio sem lógica e, em particular, cruel. Deve-se lembrar que este sistema é capitalista, e que a escolha de um candidato se dá em relação a diversos fatores. Alguns são bem específicos de cada empresa ou processo seletivo. Por exemplo, numa empresa na qual não haja perspectiva de ascensão funcional, colocar uma pessoa com elevado nível de escolaridade, inteligente, e criatividade, numa função “elementar”, sem possibilidade de crescimento, seria condená-la ao desajuste. Também seria motivo de constrangimento indicar uma outra para uma colocação que está além do seu potencial. Ela se desgastaria para atingir um nível razoável de satisfação produtiva, ou não atingiria, gerando frustração, ou mesmo, algo mais sério. Segundo Codo e Vasques-Menezes (apud ABREU et al., 2002), as pessoas entram em burnout4 ao se sentirem incapazes de investir em seu trabalho, e em conseqüência da incapacidade de lidar como o mesmo.
Um processo seletivo não é pensado em ternos emergenciais. Entre outros, também porque, contratação no Brasil, implica em encargos sociais altíssimos, etc. Na situação de desempregado há disposição sim, mas que, se não forem seguidos os parâmetros racionais de seleção, não há nenhuma segurança de que seja mantida. Atendida as necessidades básicas de subsistência, outras ocuparão o campo psicológico do indivíduo. Assim sendo, vem à tona o velho jargão, de que somente “o casamento da pessoa certa com a função”, poderá resistir às intempéries ocupacionais.
Entre os desenhos, é o da figura humana geralmente o mais realizado, mas, paradoxalmente, é também o mais rejeitado. Para Buck (2003), isso está associado ao nível de desajustamento do sujeito, uma vez que evidencia, mais diretamente, as dificuldades das relações interpessoais e a consciência corporal, mais do que a casa ou árvore. No que se refere aos dados de inteligência, aptidões, etc., feitas as suas devidas ponderações, pode se considerar os mais elevados escores ou percentuais. Ao passo que, na avaliação ou análise da personalidade propriamente dita, os aspectos mais comprometedores são vistos em relação à capacidade adaptativa. Junto a outros itens que poderão ajudar o paciente a superar as suas dificuldade, e, no caso do examinado, no psicotécnico, a enfrentar as situações. Por conseguinte, tenta-se fazer prevalecer o princípio de que, a parte mais saudável, uma vez destacada e valorizada, favorece as outras mais afetadas: “Como alguém conta comigo, eu sou responsável por minha ação perante o outro” (RICOEUR apud SENNETT, 2002: 174). Todo paciente, etc., por mais comprometido que pareça sempre apresenta algum “gancho” como ponto de partida para a sua ajuda.
Porém, nem sempre é fácil de desvelar áreas conflitivas, para perceber os potencias de um candidato, é preciso técnica e atenção, e, no caso clínico, paciência, bem como persistência, para encontrar e alargar as arestas que contribuam para a “cura” do paciente ou remissão do seu sintoma. Van Kolck (1984) salienta que além da projeção5, mecanismos como identificação6 e introjeção7 podem se manifestar, mas certamente a expressão e a adaptação são os dois processos que ocupam lugar de importância quando o desenho é concretizado. A adaptação, expressão e projeção, segundo a autora, estão explícitas no ato de desenhar. Assim sendo, mais do que qualquer outra especificidade de produção pessoal, deve ser visto com bastante critério os aspectos: Adaptativo que diz respeito à adequação à tarefa solicitada, sua correspondência em relação à faixa etária, sexo e, eventual, patologia; Expressivo que analisa o estilo característico da resposta que se mostra por meio gráfico da forma; e o Projetivo que verifica as situações e objetos que denotam conteúdo e a maneira de tratar o tema.
No teste do desenho, embora seu enunciado se refira “ao melhor que o examinado possa desenhar”, a estética ou beleza artística não é considerada, mas os conteúdos que estão representados. Histórias, críticas, sentimentos e emoções verbalizados durante a aplicação e no inquérito são dados complementares que podem até colaborar com o fechamento do Parecer de um Laudo. Tudo que o indivíduo faz, diz, escreve, desenha é uma projeção do seu Eu, ou são fragmentos de si mesmo. Ele pode até não ser exatamente aquilo, mas está de alguma forma, por meio desses sinais, representado. Van Kolck (1984) cogitar que há “casos de rejeição em graus diferentes de intensidade, a partir da negação a desenhar até o não complemento do desenho”(p.10 - grifo da autora).
Na situação de testagem, o discurso de que não sabe desenhar, a priori pode sugerir uma preocupação com a plástica do desenho, mas, na realidade, trata-se de resistência, um mecanismo de defesa, receio de se projetar. De modo geral, “todas as defesas contêm aspectos adaptativos e são indispensáveis para um ajuste adequado à realidade” (PICCOLO, 1995, p.209). É a “melhor solução” (grifo da autora) encontrada pelo sujeito para lidar com as situações, a sua maneira de perceber e conectar-se tanto com a realidade interna quanto com a realidade externa. Em virtude disto, interessa conhecer quais os perigos fantasiados que o ego tenta evitar, e no que acredita como de mais terrível que possa ocorrer caso relaxe essa conduta defensiva (idem, ibid).
Assim como o corpo não mente, e conta coisas sobre a história emocional, e dos mais profundos sentimentos, caráter e personalidade (KURTZ e PRESTERA, 1989), o mesmo pode-se dizer do desenho, que também funciona com uma estrutura similar à grafologia. Assim como na grafologia, o teste do desenho é uma série de atos, de registros gráficos dos movimentos, “quer dizer, como um filme em que o próprio indivíduo plasma, graficamente, seu tipo de inteligência, sua sensibilidade, seus impulsos, suas tendências, suas reações etc.” (VELS, 1997, p.39).
Segundo Vels (1997), a grafologia tem a vantagem de nos dar uma imagem fiel do indivíduo revelada por ele mesmo, sem intermediário e sem risco de inibição e nervosismo que todo teste psicotécnico produz, quando o indivíduo se sente “examinado” (p. 11 - grifo do autor). É verdade que toda situação de testagem gera algum tipo de tensão, mas, se o indivíduo é conhecedor de que sua grafia é objeto de avaliação, por que na grafologia seria diferente? Enfim, no processo psicotécnico,, se destina um tempo para o Rapport8 ou “quebra gelo”, entre outras, para desmistificar os testes, etc., e também para atenuar a ansiedade ou nervosismo dos examinandos (SILVA, 2007).
Tomando por base o exposto poder-se-ia indagar se o treinamento do H-T-P, por exemplo, leva a exposição de desenhos mais satisfatórios? Nunca é demais ressaltar, que não é permitido o treino de qualquer teste psicológico. Isto fere os princípios éticos que regem a categoria, e que está sujeito à invalidação e punição por parte do CFP (Conselho Federal de Psicologia) que regulariza a profissão. Mas, na hipótese de um sujeito recorrer a esse expediente ilegal? Esse macete com o teste do desenho pode até implicar numa vantagem, mas aparente, uma vez que camufla determinados aspectos, mas, dificilmente, não deixará de transparecer as características que, de fato, são inerentes a sua personalidade.
Provavelmente, ficaria um desenho confuso, correndo o risco de que, exatamente por isto, ser preterido, haja vista as incoerências da expressão dos desenhos. Também deve ser considerado o fato de que a avaliação não se dá somente na exclusividade de um desenho ou teste, mas no seu conjunto que subsidia a decisão do examinador. Nesse sentido, Van Kolck (1984) diz que um traço gráfico isolado nada significa. Cada traço deve ser considerado em conexão com os demais e no contexto geral do desenho (p.6). Enfim, o treino não é garantia para assegurar vaga ou carteira de habilitação.
Na perspectiva de ser um psicanalista fazendo outra coisa mais apropriada para a ocasião, Winnicott (apud MENCARELLI e VAISBERG, 2005) propunha uma espécie de jogo de traços e rabiscos no qual cada pessoa deveria finalizar apenas com um desenho esboçado pelo outro. Assim, em poucos encontros era possível chegar ao núcleo problemático do paciente. Apesar desta “deixa” de Winnicott, o desenho na condição de modalidade de teste psicológico é pouco estudado na academia, como conseqüência seu uso, em termos proporcionais, ainda é bem restrito.
Com exceção da ênfase infantil, e do psicotécnico, o teste do desenho não tem uma presença maciça em termo do auxílio que esse recurso pode trazer. Talvez por consistir-se num instrumento de característica rudimentar - todo mundo, de uma forma ou de outra desenha, rabisca, etc., desde os seus primórdios de criança -, não tenha sido valorizado. Segundo Lipovetsky (2005), “não é mais apenas a riqueza do material que constitui o luxo, mas a aura do nome e renome das grandes casas, o prestígio da grife, a magia da marca” (p. 43). Mas este imperativo simbólico, não é exclusivo da moda. Talvez, nesse universo, seja mais explicitamente ditatorial, todavia está também nos mais diversos universos dos segmentos sociais, mesmo no acadêmico, e nem sempre de modo subjacente.
Enfim, os trabalhos mais expressivos em relação ao desenho estiveram voltados para saúde mental a cargo da Nise da Silveira. Esta psiquiatra que não aceitava o eletrochoque - atualmente denominado eletroconvulsoterapia9 - como meio de tratamento, recorreu ao desenho, modelagem e pintura, na sua assistência aos pacientes psicóticos. Em 28 de setembro de 1956, no Engenho de Dentro, no Rio de Janeiro, fundou o Museu de Imagens do Inconsciente.
O desenho está imerso na realidade social, nas suas mais diversas matrizes de arte, seja mediante das obras clássicas, sofisticadas, estilizadas, e até mesmo nas manifestações dos anseios e protestos populares por meio das grafites de rua. Porém, o desenho na sua função de Avaliação Psicológica, não pode se constituir numa tarefa simplória, não se trata de deleitar ou rejeitar conforme o conforto ou incômodo da percepção. Mas, de ir além, traspassar para enxergar, ali, uma vida imbricada noutras vidas, que almejam pela realização de um sonho, atender uma necessidade, e ter uma chance. Finalmente, o teste do desenho tem o dom de veículo que aproxima, e se faz explicitar dos fragmentos, das nuances de luz e sombra, a compreensão. E, assim, se fecha a gestalt de quem ajuda (psicólogo), e de quem espera ser ajudado (paciente, examinado).
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
Medos e fobias
Remoção da resposta de pânico, fobias e ansiedade
Nascemos só com dois medos naturais: o medo de cair e o medo de barulhos altos. Qualquer outra fobia, medo ou ansiedade que sentimos foi aprendido através de uma experiência directa ou indirecta. Ao longo da vida fomos condicionados para responder de uma certa maneira a uma coisa ou situação em particular.
Exemplos comuns são: Medo de voar
Medo de aranhas, cobras, ratos, pássaros, alturas
Agra fobia, claustrofobia
Ansiedade dental ou médica
Falar em público
Medo de sucesso/ ou de falhar
Medo da água
Os métodos de PNL ajudam a eliminar as fobias, ansiedades e ataques de pânico rapidamente e confortavelmente normalmente numa só sessão.
Prova de cura de fobia
Amanda Mortimer, Your Life Live It
“Quando fui ao meu curso profissional de PNL em Londres em 2006, fui para adicionar mais coisas ao que podia oferecer aos meus clientes. Tinha lido sobre a PNL e compreendi algumas coisas, mas aquele curso mudou a maneira como via tudo que tinha a ver com desenvolvimento humano.
Tive a experiência em primeira-mão de PNL e isto mudou os meus valores e crenças sobre nós como seres, a realização que uma coisa tão enraizada pode ser mudada tão rapidamente e com um efeito duradouro foi uma nova descoberta para mim.
Eis o que aconteceu...
Michelle Rhodes a formadora queria trabalhar com alguém que tinha uma fobia para demonstrar ao grupo como a cura de fobias funcionava. Queria alguma coisa verdadeira e com história, alguma coisa que tinha parado alguém de fazer qualquer coisa que adoravam.
A minha mão foi ao ar, eu adorava triatlons e competi durante anos. Tinha nadado para o meu concelho e isto parou tudo por causa de uma experiência quando nadava em Nottingham. Tive um ataque de pânico na água, a 400 metros da margem e acreditei mesmo que ia afogar-me. Isto parou todos os triatlons, tentei nadar numa piscina e o pânico voltou lá também. Basicamente quando nadava com a cabeça debaixo d´água, pronto, ataque de pânico! Então parei. Três anos mais tarde lá estava eu sentada à frente de 12 pessoas e prestes a ser curada…deve ser isso!
Até murmurei à Michelle que isto não iria funcionar porque estava enraizado demais e que ela ia falhar à frente do grupo todo. Mas, ela pediu me para me sentar e 30 minutos mais tarde estava a beber um chá e a sentir-me confusa.
Quando pensei em nadar senti-me bem, quando pensei em entrar na água e competir senti-me pronta.
Uma semana mais tarde nadei no mar em Portugal, seis semanas mais tarde competi e ganhei na minha categoria de idade, desde ai competi 5 vezes e o meu medo e pânico não voltou nem uma vez. O meu próximo alvo desportivo é de representar a Grã-bretanha no triatlon de distância nas olimpíadas de 2010 em Budapeste.
Estava convencida, esta coisa do PNL deixou-me surpreendida e deu-me de volta uma coisa que eu amava, é a minha vida e estou a vivê-la!!!
PNL
O que é consultoria pessoal?
Um consultor é literalmente um veículo que uma pessoa (ou grupo de pessoas) dum ponto de partida até o alvo que eles quiserem.
Como é que isto é diferente de uma sessão de PNL?
Um cliente que vem para uma sessão de PNL tem geralmente uma coisa especifica em mente que querem mudar como um medo, uma fobia, um vicio, uma crença que os limita ou um comportamento que não conseguem parar conscientemente. A Amanda verá esta cliente em média três vezes.
Consultoria à quando a Amanda trabalha com um cliente durante um período de tempo, viajando continuadamente para o seu destino escolhido.
O contexto de consultoria oferece uma maneira de criar alinhamento pessoal e profissional para indivíduos, abre possibilidades, utiliza os próprios recursos internos e desenvolve um senso de si mesmo muito forte.
Consultoria PNL é um processo poderoso, ajuda a realizar mudanças profundas, num ambiente seguro e apoiante e ajuda as pessoas terem acesso aos seus recursos internos, para ver claramente o que querem, para mudar comportamentos de sabotagem pessoal, para soltar a energia e força de vontade interna, para tomar acção e obter os resultados que querem.
A consultoria PNL é uma ferramenta poderosa para mudanças substanciais com clientes, e chega aos obstáculos chaves na vida de uma pessoa – ás crenças que os limitam. Trabalhamos juntos para mudar estas para crenças que lhe deram força, isto depois ajuda o cliente a ir ao próximo nível em consultoria de excelência.
Um consultor é literalmente um veículo que uma pessoa (ou grupo de pessoas) dum ponto de partida até o alvo que eles quiserem.
Como é que isto é diferente de uma sessão de PNL?
Um cliente que vem para uma sessão de PNL tem geralmente uma coisa especifica em mente que querem mudar como um medo, uma fobia, um vicio, uma crença que os limita ou um comportamento que não conseguem parar conscientemente. A Amanda verá esta cliente em média três vezes.
Consultoria à quando a Amanda trabalha com um cliente durante um período de tempo, viajando continuadamente para o seu destino escolhido.
O contexto de consultoria oferece uma maneira de criar alinhamento pessoal e profissional para indivíduos, abre possibilidades, utiliza os próprios recursos internos e desenvolve um senso de si mesmo muito forte.
Consultoria PNL é um processo poderoso, ajuda a realizar mudanças profundas, num ambiente seguro e apoiante e ajuda as pessoas terem acesso aos seus recursos internos, para ver claramente o que querem, para mudar comportamentos de sabotagem pessoal, para soltar a energia e força de vontade interna, para tomar acção e obter os resultados que querem.
A consultoria PNL é uma ferramenta poderosa para mudanças substanciais com clientes, e chega aos obstáculos chaves na vida de uma pessoa – ás crenças que os limitam. Trabalhamos juntos para mudar estas para crenças que lhe deram força, isto depois ajuda o cliente a ir ao próximo nível em consultoria de excelência.
O que é que a NLP trata?
Como seria útil ter um manual para o cérebro? Um guia de utilizador? De acordo com o William James, um dos fundadores de American Psychology (Psicologia Americana), uma pessoa utiliza só 10% da potencial máxima do cérebro. A PNL ajuda-lhe a melhor compreender a sua mente e permite o acesso à excelência que já tem a capacidade de ter.
A PNL lhe permitirá de criar novos caminhos neurológicos, isto criará condutas que lhe vão servir melhor na vida e vão eliminar as velhas condutas destrutivas.
Simplesmente, a PNL pode ajudar com qualquer coisa que faz na sua vida que necessita de pensamento, seja conscientemente ou inconscientemente.
Como funciona PNL?
Como funciona PNL?
Pense nisto...houve alguma vez em que decidiu mudar alguma conduta disfuncional e fazer alguma coisa diferente para depois notar que repetiu a mesma conduta sem realizar?
Algum vez pensou porque é que repete sempre as mesmas condutas?
Emoções negativas e condutas que nos limitam tendem ser mais fortes do que a mente lógica e consciente e os hábitos/modelos são gerados e guardados pela mente inconsciente, a mudança tem de ser feita ao nível inconsciente!
Se fosse tão fácil como dizer "vou desistir daquilo agora" então seríamos todos os nossos próprios terapeutas.
Condutas e crenças indesejadas foram aprendidas e guardadas ao nível inconsciente, e estes podem não lhe servir agora. Por exemplo, quando criança pode ter "aprendido" a ter medo de aranhas, isto pode ter sido porque a primeira vez que viu uma aranha, os adultos na sala mostraram-lhe como "reagir" por fugir da aranha. Isto é depois guardado ao nível subconsciente e cada vez que vê uma aranha agora reage da mesma forma automaticamente. Torna-se uma resposta automática e inconsciente que não consegue mudar conscientemente, isto é igual para fobias e medos e só pode ser mudado ao nível inconsciente.
Isto também é verdade de crenças limitadas, pode estar a deixar que uma crença que formou quando novo não lhe deixa desenvolver, como "eu não sou capaz". Isto é só uma crença, não é verdade e então pode ser mudado ao nível inconsciente para uma crença que lhe dará forca na vida.
Muitas vezes as pessoas não sabem conscientemente o que fazem ou especificamente porque é que fazem certas coisas. É que aqui que a PNL é importante. Ajuda-lhe a ver e compreender como pode mudar as respostas e condutas que não funcionam para si para aqueles que lhe deixam viver a sua vida ao máximo. É a sua vida, então vive a!
Pense nisto...houve alguma vez em que decidiu mudar alguma conduta disfuncional e fazer alguma coisa diferente para depois notar que repetiu a mesma conduta sem realizar?
Algum vez pensou porque é que repete sempre as mesmas condutas?
Emoções negativas e condutas que nos limitam tendem ser mais fortes do que a mente lógica e consciente e os hábitos/modelos são gerados e guardados pela mente inconsciente, a mudança tem de ser feita ao nível inconsciente!
Se fosse tão fácil como dizer "vou desistir daquilo agora" então seríamos todos os nossos próprios terapeutas.
Condutas e crenças indesejadas foram aprendidas e guardadas ao nível inconsciente, e estes podem não lhe servir agora. Por exemplo, quando criança pode ter "aprendido" a ter medo de aranhas, isto pode ter sido porque a primeira vez que viu uma aranha, os adultos na sala mostraram-lhe como "reagir" por fugir da aranha. Isto é depois guardado ao nível subconsciente e cada vez que vê uma aranha agora reage da mesma forma automaticamente. Torna-se uma resposta automática e inconsciente que não consegue mudar conscientemente, isto é igual para fobias e medos e só pode ser mudado ao nível inconsciente.
Isto também é verdade de crenças limitadas, pode estar a deixar que uma crença que formou quando novo não lhe deixa desenvolver, como "eu não sou capaz". Isto é só uma crença, não é verdade e então pode ser mudado ao nível inconsciente para uma crença que lhe dará forca na vida.
Muitas vezes as pessoas não sabem conscientemente o que fazem ou especificamente porque é que fazem certas coisas. É que aqui que a PNL é importante. Ajuda-lhe a ver e compreender como pode mudar as respostas e condutas que não funcionam para si para aqueles que lhe deixam viver a sua vida ao máximo. É a sua vida, então vive a!
OTIMISMO
Com os avanços das neurociências, cada dia mais, sabemos que corpo e mente são processos sistêmicos e que interagem entre si. O que acontece no corpo afeta nossa mente e vice-versa. Quando estamos nos sentindo otimistas, liberamos em nosso organismo neurotransmissores que geram a sensação de bem-estar, de alegria, de felicidade e tendem a aumentar as defesas do sistema imunológico, fortalecendo o organismo como um todo.
O otimismo é um estado criado internamente que dá ênfase nos aspectos positivos da vida, não se trata apenas de pensamento positivo, mas sim de uma atitude interna geradora de recursos. Os estudos da Neurolingüística afirmam que nossos estados internos são criados a partir de quatro elementos que são:
a) Fisiologia (o corpo). Por exemplo, fazer regularmente exercícios físicos ajuda a criar um estado de bem-estar.
b) Linguagem (o que falamos). Nosso cérebro aplica a si o que está sendo dito. Ao falar de alguém, fale bem. Se não houver como, o melhor é ficar calada. Quando falamos mal de alguém, começamos a nos sentir da mesma forma.
c) Foco do pensamento. O foco é como uma lanterna acesa na escuridão. Se você aponta para coisas boas e agradáveis, irá se sentir bem. Por outro lado, se apontar para situações desagradáveis, seu estado interno vai seguir nesta direção.
d) Crença. Esta é com certeza a parte mais inconsciente no processo de mudança do estado interno. Nossas crenças são, muitas vezes, formadas ainda na infância e, em geral, temos pouca consciência delas. Anton Tchecóv, certa vez, escreveu: “O homem é o que ele acredita”. Se acreditar que é capaz ou incapaz você estará igualmente certo. A notícia boa é que as crenças podem ser modificadas.
Lembrando que corpo e mente são processos sistêmicos, ao modificar um ou mais elementos da tétrade acima, você pode alterar seu estado emocional na direção que desejar. Cuidando do corpo, observando a linguagem, direcionando o pensamento e criando crenças potencializadoras sobre si, você poderá escolher quais estados emocionais deseja vivenciar, dirigindo sua atenção em direção a mais otimismo, saúde e felicidade.
Diversas pesquisas apontam para o fato de o otimismo melhorar a produtividade no trabalho. Quando você está otimista, transmite uma atitude positiva às pessoas. Como estados emocionais são contagiantes, os outros tendem a responder de modo favorável à sua atitude. O otimismo ajuda a potencializar nossa comunicação intra-pessoal e inter-pessoal, o que torna possível melhorar os relacionamentos, seja com você mesmo, seja no campo pessoal ou mesmo profissional.
O estudo realizado com base no perfil motivacional do enfermeiro atuante em um hospital geral do interior paulista (uma dissertação de Mestrado) e que foi apresentada à Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da USP, conclui: “Ressaltamos que as variáveis Internalidade, Esperança Ativa e Otimismo tiveram comportamento significativo para o perfil motivacional desse grupo de enfermeiros, dando sustentação à Motivação de Realização” (Rev. Latino-Am. Enfermagem vol.7, no.5 Ribeirão Preto, dez. 1999).
A atitude otimista é expressa antes mesmo que você pronuncie uma palavra. Ela pode ser percebida nos gestos, nas ações e na comunicação não-verbal. Na sua vida pessoal e no seu ambiente de trabalho, a atitude otimista faz diferença, inclusive aumentando a sua produtividade e de seus colaboradores.
Saiba que podemos aumentar o nosso otimismo do dia a dia. É importante registrar que nossos estados se modificam no decorrer do dia e variam de intensidade, duração, familiaridade entre outras variações. Não temos como desfrutar somente dos estados bons indefinidamente e é bastante útil que seja assim; mas podemos tomar algumas medidas simples para manter o otimismo em alta. Pensando na questão da tétrade, podemos atuar com os quatros elementos:
a) Fisiologia: cuide da saúde física, mental e emocional fazendo exercícios físicos regulares. Tenha uma alimentação equilibrada e saudável. Tenha uma postura jovial diante da vida
b) Linguagem: aproveite para ler livros, revistas e jornais que agregam valor e entusiasmo ao seu dia-a-dia. Quando possível, elogie as pessoas. Evite comentários negativos sobre os outros. Crie sinergia e fortaleça os relacionamentos conversando com pessoas.
c) Pensamento: focalize sua atenção nos aspectos positivos da vida. Pense em termos de abundância, ou seja, “eu ganho-você ganha”. Seja pró-ativa: assuma a responsabilidade de guiar sua própria vida. Fortaleça seu interior criando imagens mentais daquilo que você realmente quer (tenha uma finalidade em mente). Estimule sua criatividade.
d) Crença: crie o hábito de dizer para si mesma: “Eu posso, eu sou capaz e eu mereço”. Isso ajuda a criar crenças potencializadoras. Transforme resultados em feedback, pois isso ajuda a liberar o seu potencial. Transforme “problemas” em desafios, pois assim você gera mais energia.
A razão que impede muita gente de lidar eficazmente com o otimismo e também com alguns outros estados internos é que por serem muito sutis as mudanças que sofremos ao longo do dia, nem sempre percebemos que estamos em um estado de poucos recursos.
Tendemos a manter um estado base, ou seja, aquele no qual você se sente mais confortável. Nosso estado base é uma combinação da fisiologia, da linguagem que usamos quando conversamos, dos pensamentos, dos sentimentos e das nossas crenças.
Mesmo que externamente tudo pareça estar desmoronando, procure manter uma perspectiva positiva. Citando o poeta Victor Hugo: “Desejo por sinal que você seja triste, não o ano todo, mas apenas um dia. Mas que nesse dia descubra que o riso diário é bom, o riso habitual é insosso e o riso constante é insano”. Eu quero dizer para você: enfrente as dificuldades com otimismo e confiança. Você pode, você é capaz e você merece.
O otimismo é um estado criado internamente que dá ênfase nos aspectos positivos da vida, não se trata apenas de pensamento positivo, mas sim de uma atitude interna geradora de recursos. Os estudos da Neurolingüística afirmam que nossos estados internos são criados a partir de quatro elementos que são:
a) Fisiologia (o corpo). Por exemplo, fazer regularmente exercícios físicos ajuda a criar um estado de bem-estar.
b) Linguagem (o que falamos). Nosso cérebro aplica a si o que está sendo dito. Ao falar de alguém, fale bem. Se não houver como, o melhor é ficar calada. Quando falamos mal de alguém, começamos a nos sentir da mesma forma.
c) Foco do pensamento. O foco é como uma lanterna acesa na escuridão. Se você aponta para coisas boas e agradáveis, irá se sentir bem. Por outro lado, se apontar para situações desagradáveis, seu estado interno vai seguir nesta direção.
d) Crença. Esta é com certeza a parte mais inconsciente no processo de mudança do estado interno. Nossas crenças são, muitas vezes, formadas ainda na infância e, em geral, temos pouca consciência delas. Anton Tchecóv, certa vez, escreveu: “O homem é o que ele acredita”. Se acreditar que é capaz ou incapaz você estará igualmente certo. A notícia boa é que as crenças podem ser modificadas.
Lembrando que corpo e mente são processos sistêmicos, ao modificar um ou mais elementos da tétrade acima, você pode alterar seu estado emocional na direção que desejar. Cuidando do corpo, observando a linguagem, direcionando o pensamento e criando crenças potencializadoras sobre si, você poderá escolher quais estados emocionais deseja vivenciar, dirigindo sua atenção em direção a mais otimismo, saúde e felicidade.
Diversas pesquisas apontam para o fato de o otimismo melhorar a produtividade no trabalho. Quando você está otimista, transmite uma atitude positiva às pessoas. Como estados emocionais são contagiantes, os outros tendem a responder de modo favorável à sua atitude. O otimismo ajuda a potencializar nossa comunicação intra-pessoal e inter-pessoal, o que torna possível melhorar os relacionamentos, seja com você mesmo, seja no campo pessoal ou mesmo profissional.
O estudo realizado com base no perfil motivacional do enfermeiro atuante em um hospital geral do interior paulista (uma dissertação de Mestrado) e que foi apresentada à Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da USP, conclui: “Ressaltamos que as variáveis Internalidade, Esperança Ativa e Otimismo tiveram comportamento significativo para o perfil motivacional desse grupo de enfermeiros, dando sustentação à Motivação de Realização” (Rev. Latino-Am. Enfermagem vol.7, no.5 Ribeirão Preto, dez. 1999).
A atitude otimista é expressa antes mesmo que você pronuncie uma palavra. Ela pode ser percebida nos gestos, nas ações e na comunicação não-verbal. Na sua vida pessoal e no seu ambiente de trabalho, a atitude otimista faz diferença, inclusive aumentando a sua produtividade e de seus colaboradores.
Saiba que podemos aumentar o nosso otimismo do dia a dia. É importante registrar que nossos estados se modificam no decorrer do dia e variam de intensidade, duração, familiaridade entre outras variações. Não temos como desfrutar somente dos estados bons indefinidamente e é bastante útil que seja assim; mas podemos tomar algumas medidas simples para manter o otimismo em alta. Pensando na questão da tétrade, podemos atuar com os quatros elementos:
a) Fisiologia: cuide da saúde física, mental e emocional fazendo exercícios físicos regulares. Tenha uma alimentação equilibrada e saudável. Tenha uma postura jovial diante da vida
b) Linguagem: aproveite para ler livros, revistas e jornais que agregam valor e entusiasmo ao seu dia-a-dia. Quando possível, elogie as pessoas. Evite comentários negativos sobre os outros. Crie sinergia e fortaleça os relacionamentos conversando com pessoas.
c) Pensamento: focalize sua atenção nos aspectos positivos da vida. Pense em termos de abundância, ou seja, “eu ganho-você ganha”. Seja pró-ativa: assuma a responsabilidade de guiar sua própria vida. Fortaleça seu interior criando imagens mentais daquilo que você realmente quer (tenha uma finalidade em mente). Estimule sua criatividade.
d) Crença: crie o hábito de dizer para si mesma: “Eu posso, eu sou capaz e eu mereço”. Isso ajuda a criar crenças potencializadoras. Transforme resultados em feedback, pois isso ajuda a liberar o seu potencial. Transforme “problemas” em desafios, pois assim você gera mais energia.
A razão que impede muita gente de lidar eficazmente com o otimismo e também com alguns outros estados internos é que por serem muito sutis as mudanças que sofremos ao longo do dia, nem sempre percebemos que estamos em um estado de poucos recursos.
Tendemos a manter um estado base, ou seja, aquele no qual você se sente mais confortável. Nosso estado base é uma combinação da fisiologia, da linguagem que usamos quando conversamos, dos pensamentos, dos sentimentos e das nossas crenças.
Mesmo que externamente tudo pareça estar desmoronando, procure manter uma perspectiva positiva. Citando o poeta Victor Hugo: “Desejo por sinal que você seja triste, não o ano todo, mas apenas um dia. Mas que nesse dia descubra que o riso diário é bom, o riso habitual é insosso e o riso constante é insano”. Eu quero dizer para você: enfrente as dificuldades com otimismo e confiança. Você pode, você é capaz e você merece.
pnl
Como passar uma postura de segurança, absorver mais conhecimentos, saber usar o tempo, traçar estratégias para alcançar resultados? Tudo isso é possível através do uso de técnicas da programação neurolingüística (PNL).
Criada há cerca de 30 anos pelo pesquisador californiano Richard Bandler e o professor de lingüística John Grinder, a programação neurolingüística foi desenvolvida com base no trabalho de Milton Erickson, médico, psicólogo e um dos maiores hipnoterapeutas da história.
Em pouco tempo, a PNL se expandiu para além do campo da comunicação e da terapia. Começou a ser utilizada na aprendizagem, em saúde, criatividade, liderança, gerenciamento, vendas, consultoria e no treinamento em empresas. Dos EUA, ganhou praticamente todo o mundo todo.
"Hoje, a PNL é aplicável em qualquer campo onde haja a interação humana"
Basicamente, a neurolingüística é o estudo da estrutura da experiência subjetiva que estuda os padrões ("programação") criados pela interação entre o cérebro ("neuro"), a linguagem ("lingüística") e o corpo.
"A PNL estuda como o cérebro e a mente funcionam, como criamos nossos pensamentos, sentimentos, estados emocionais e comportamentos e como podemos direcionar e otimizar esse processo. Em outras palavras, ela estuda como o ser humano funciona e como ele pode escolher a maneira que quer funcionar"
Como funciona a PNL
A PNL ensina que cada pessoa tem sua própria maneira para aprender. Quando o professor percebe o estilo de aprendizagem do aluno, ele pode apresentar a matéria de uma maneira que torne a aprendizagem mais fácil.
"O conhecimento do estilo preferencial de uma pessoa nos permite apresentar a informação no canal (visual, auditivo, cinestésico) que a pessoa usa mais e, assim, ela absorverá a informação com mais facilidade", resumiu o especialista.
- As pessoas que têm o sistema visual como preferencial usam mais predicativos (verbos, adjetivos e advérbios visuais) e, além disso, olham muito para cima ao pensar e raciocinar.
- Quem usa como sistema preferencial o canal auditivo, além de usar mais predicativos auditivos, movimenta os olhos mais na linha horizontal quando estão pensando.
- Os de preferência cinestésica, além de usar predicativos cinestésicos, falam mais devagar, num tom mais para grave e olham mais para baixo e para direita.
A ativação e uso de mais de um canal preferencial durante as atividades de aprendizagem facilitam e aceleram o aprendizado e promovem melhor retenção das informações. "Quanto mais canais sensoriais são utilizados, mais ativação cerebral acontece. Com isso, você pode aprender melhor", explicou Sandro Pereira.
Passo a passo para o sucesso
Apesar dos objetivos comuns, não existe um método único para se chegar aos resultados prometidos pela PNL. De acordo com o especilista, cada caso é um caso. "Os diferentes modelos aplicados dentro da neurolinguística resultam na combinação de diferentes fatores"
De forma prática, a neurolingüística ajuda a descobrir quais são as estratégias pessoais de motivação, qual a seqüência de passos a serem seguidos e como levantar os recursos necessários para cumpri-los. Tais estratégias são uma série de ações que os indivíduos traçam e que os ajudam a alcançar os resultados almejados.
"A linguagem do cérebro interfere na linguagem corporal. Um pensamento firme e otimista gera uma postura segura. Quando falamos, o cérebro humano aplica a si o que está sendo dito. Isto aciona os nossos mecanismos internos (fisiologia) e nosso corpo segue na direção do que está sendo falado. Portanto, ao determinar um objetivo, faça-o a partir daquilo que você quer alcançar"
Gerar sincronicidade
Alcançar uma meta envolve as seguintes fases: querer, assumir que se quer, agir para alcançar, receber e agradecer. É necessário passar por todas essas fases para garantir que o ciclo tenha continuidade.
"O agradecimento seria qualquer tipo de contrapartida após ter atingido a meta: ou a gratidão, efetivamente, o cumprimento de um trato, ou um 'agir' correto. A contrapartida é fundamental para que a roda continue girando e o indivíduo atinja objetivos futuros"
A PNL ensina justamente a aliar suas técnicas com as estratégias pessoais - por exemplo, as formas de motivação de cada pessoa - aumentando-se as chances de alcançar uma meta.
Sandro Pereira lembra uma situação vivida por ele: "Certa vez, eu quis comprar um carro, mas não tive possibilidade de imediato. Então comprei adiantado o rádio do carro para me incentivar, no sentido de organizar minha vida (juntar dinheiro, por exemplo) para esta compra".
Um pouco da estratégia de motivação
O objetivo da PNL é criar e dar apoio a uma atitude positiva e a um conjunto de crenças que venham a harmonizar corpo e mente. Fazer isto não significa simplesmente usar a mente para negar ou afastar a doença ou a condição indesejada; o processo exige estratégias e ferramentas concretas e específicas.
Os cursos possuem uma estrutura com base teórica e prática que facilita o processo de ensino e aprendizagem em diversos níveis. Nosso foco é incentivar o aluno a praticar as técnicas que são ministradas durante as aulas e usamos como lema: "Ouse fazer e o poder lhe será dado".
Não ao "não" - O cérebro humano não registra o "não". Esta palavra só existe na linguagem e não na experiência. Por isso a importância de se pensar no que "se quer" ao invés de no que "não se quer".
Ação! - Pensamento positivo apenas não basta. A neurolingüística recomenda a "atitude mental positiva", que seria o pensamento positivo seguido de uma ação em prol daquilo que se quer.
Dê tempo ao tempo - Entre onde se está e aonde se quer chegar há um intervalo de tempo que deve ser respeitado, a fim de evitar ansiedade e frustrações. A PNL ensina ainda a utilizar o tempo de forma frutífera para propósito de cada indivíduo. Além de identificar em que aspectos de sua vida o indivíduo está desperdiçando tempo.
Criada há cerca de 30 anos pelo pesquisador californiano Richard Bandler e o professor de lingüística John Grinder, a programação neurolingüística foi desenvolvida com base no trabalho de Milton Erickson, médico, psicólogo e um dos maiores hipnoterapeutas da história.
Em pouco tempo, a PNL se expandiu para além do campo da comunicação e da terapia. Começou a ser utilizada na aprendizagem, em saúde, criatividade, liderança, gerenciamento, vendas, consultoria e no treinamento em empresas. Dos EUA, ganhou praticamente todo o mundo todo.
"Hoje, a PNL é aplicável em qualquer campo onde haja a interação humana"
Basicamente, a neurolingüística é o estudo da estrutura da experiência subjetiva que estuda os padrões ("programação") criados pela interação entre o cérebro ("neuro"), a linguagem ("lingüística") e o corpo.
"A PNL estuda como o cérebro e a mente funcionam, como criamos nossos pensamentos, sentimentos, estados emocionais e comportamentos e como podemos direcionar e otimizar esse processo. Em outras palavras, ela estuda como o ser humano funciona e como ele pode escolher a maneira que quer funcionar"
Como funciona a PNL
A PNL ensina que cada pessoa tem sua própria maneira para aprender. Quando o professor percebe o estilo de aprendizagem do aluno, ele pode apresentar a matéria de uma maneira que torne a aprendizagem mais fácil.
"O conhecimento do estilo preferencial de uma pessoa nos permite apresentar a informação no canal (visual, auditivo, cinestésico) que a pessoa usa mais e, assim, ela absorverá a informação com mais facilidade", resumiu o especialista.
- As pessoas que têm o sistema visual como preferencial usam mais predicativos (verbos, adjetivos e advérbios visuais) e, além disso, olham muito para cima ao pensar e raciocinar.
- Quem usa como sistema preferencial o canal auditivo, além de usar mais predicativos auditivos, movimenta os olhos mais na linha horizontal quando estão pensando.
- Os de preferência cinestésica, além de usar predicativos cinestésicos, falam mais devagar, num tom mais para grave e olham mais para baixo e para direita.
A ativação e uso de mais de um canal preferencial durante as atividades de aprendizagem facilitam e aceleram o aprendizado e promovem melhor retenção das informações. "Quanto mais canais sensoriais são utilizados, mais ativação cerebral acontece. Com isso, você pode aprender melhor", explicou Sandro Pereira.
Passo a passo para o sucesso
Apesar dos objetivos comuns, não existe um método único para se chegar aos resultados prometidos pela PNL. De acordo com o especilista, cada caso é um caso. "Os diferentes modelos aplicados dentro da neurolinguística resultam na combinação de diferentes fatores"
De forma prática, a neurolingüística ajuda a descobrir quais são as estratégias pessoais de motivação, qual a seqüência de passos a serem seguidos e como levantar os recursos necessários para cumpri-los. Tais estratégias são uma série de ações que os indivíduos traçam e que os ajudam a alcançar os resultados almejados.
"A linguagem do cérebro interfere na linguagem corporal. Um pensamento firme e otimista gera uma postura segura. Quando falamos, o cérebro humano aplica a si o que está sendo dito. Isto aciona os nossos mecanismos internos (fisiologia) e nosso corpo segue na direção do que está sendo falado. Portanto, ao determinar um objetivo, faça-o a partir daquilo que você quer alcançar"
Gerar sincronicidade
Alcançar uma meta envolve as seguintes fases: querer, assumir que se quer, agir para alcançar, receber e agradecer. É necessário passar por todas essas fases para garantir que o ciclo tenha continuidade.
"O agradecimento seria qualquer tipo de contrapartida após ter atingido a meta: ou a gratidão, efetivamente, o cumprimento de um trato, ou um 'agir' correto. A contrapartida é fundamental para que a roda continue girando e o indivíduo atinja objetivos futuros"
A PNL ensina justamente a aliar suas técnicas com as estratégias pessoais - por exemplo, as formas de motivação de cada pessoa - aumentando-se as chances de alcançar uma meta.
Sandro Pereira lembra uma situação vivida por ele: "Certa vez, eu quis comprar um carro, mas não tive possibilidade de imediato. Então comprei adiantado o rádio do carro para me incentivar, no sentido de organizar minha vida (juntar dinheiro, por exemplo) para esta compra".
Um pouco da estratégia de motivação
O objetivo da PNL é criar e dar apoio a uma atitude positiva e a um conjunto de crenças que venham a harmonizar corpo e mente. Fazer isto não significa simplesmente usar a mente para negar ou afastar a doença ou a condição indesejada; o processo exige estratégias e ferramentas concretas e específicas.
Os cursos possuem uma estrutura com base teórica e prática que facilita o processo de ensino e aprendizagem em diversos níveis. Nosso foco é incentivar o aluno a praticar as técnicas que são ministradas durante as aulas e usamos como lema: "Ouse fazer e o poder lhe será dado".
Não ao "não" - O cérebro humano não registra o "não". Esta palavra só existe na linguagem e não na experiência. Por isso a importância de se pensar no que "se quer" ao invés de no que "não se quer".
Ação! - Pensamento positivo apenas não basta. A neurolingüística recomenda a "atitude mental positiva", que seria o pensamento positivo seguido de uma ação em prol daquilo que se quer.
Dê tempo ao tempo - Entre onde se está e aonde se quer chegar há um intervalo de tempo que deve ser respeitado, a fim de evitar ansiedade e frustrações. A PNL ensina ainda a utilizar o tempo de forma frutífera para propósito de cada indivíduo. Além de identificar em que aspectos de sua vida o indivíduo está desperdiçando tempo.
terça-feira, 23 de agosto de 2011
Vida
Quando reconheço a grandeza de minha vida e de cada um que me cerca...A vida fica mais fácil, mais simples.
"Deixa a vida me levar, vida leva eu... ♫"
Vivemos ou passamos pela vida? Fazemos acontecer ou deixamos acontecer?Vemos o lado positivo das coisas ou somos "vítimas"?
Pois bem, resumindo, nos conhecemos realmente ou vivemos aquilo que acreditamos ser realidade?
Depois de muitos estudos pude comprovar: NÓS CRIAMOS TODAS AS "DOENÇAS" DE NOSSO CORPO.
Você se conhece?Quer se conhecer?
Você pode fazer uma experiência consigo mesmo ou com pessoas ao seu redor, usando apenas observação.
Seu instrumento será seu próprio corpo, ele fala o tempo todo com você, você pára para ouvi-lo? Ou vive correndo, agitado, cheio de afazeres, trabalho etc.?
Primeiro PARE e leia atentamente, descreverei alguns prováveis padrões mentais que podem criar "doenças".
É bom saber que os Padrões Mentais nem sempre são verdades para todos, mas pode servir de referência para iniciar a busca pela causa do transtorno que você esteja acometido.
Falaremos inicialmente de partes do corpo e o que elas representam e seus sinais.
Parte do Corpo
Representa capacidade de
Transtorno
Anúncios Google
Cabeça
Mostrar o que somos e/ou estamos passando
Sentimos que algo está errado conosco.
Olhos
Ver
Não queremos ver
Ouvidos
Ouvir
Não queremos ouvir
Pescoço
Flexibilidade de pensamento
Teimosia em rever conceitos
Garganta
Falar por nós mesmos, fluxo criativo do corpo onde ocorrem mudanças
Não nos sentimos no direito de nos expressar, criatividade sufocada e resistência a mudanças
Braços
Habilidade de abraçar experiências da vida
Inflexibilidade em mudar o rumo
Mãos
Seguram,apertam, agarram
Medo de perda
Costas
Sistema de apoio
Carente de apoio: Dor
Parte Superior- emocional
Parte Média- culpa
Parte Inferior- finanças
Pulmões
Ter e soltar a vida
Medo de absorver a vida, sente-se sem direito de viver
Seios
"Super Mãe": Pessoa/ Lugar/ Coisa/ Experiência
Se nega a entregar as rédeas
Câncer, Profundo ressentimento
Coração
Amor e alegria
Negação-infarto
Estômago
Digerir novas idéias
Sente medo das novidades, medo de não ser bom o bastante
Órgãos Genitais
Masculino e Feminino
Idéias distorcidas de ser
Considera o sexo sujo, pecado
Pernas
Conduzir para a vida
Medo de ir em frente ou seguir determinada direção
Joelhos
Flexibilidade, ego e teimosia
Medo de dobras, de modificar atitudes
Pés
Compreensão de nós mesmos e da vida
Compreensão distorcida,sente que não tem para onde ir
Pele
Individualidade
Poder dos outros sobre si, individualidade ameaçada
E então? Identificou-se com alguma coisa?Em qualquer tempo (presente, passado e para o futuro)?
Você mudando Padrões Mentais poderá prevenir ou até mesmo se curar .
"Deixa a vida me levar, vida leva eu... ♫"
Vivemos ou passamos pela vida? Fazemos acontecer ou deixamos acontecer?Vemos o lado positivo das coisas ou somos "vítimas"?
Pois bem, resumindo, nos conhecemos realmente ou vivemos aquilo que acreditamos ser realidade?
Depois de muitos estudos pude comprovar: NÓS CRIAMOS TODAS AS "DOENÇAS" DE NOSSO CORPO.
Você se conhece?Quer se conhecer?
Você pode fazer uma experiência consigo mesmo ou com pessoas ao seu redor, usando apenas observação.
Seu instrumento será seu próprio corpo, ele fala o tempo todo com você, você pára para ouvi-lo? Ou vive correndo, agitado, cheio de afazeres, trabalho etc.?
Primeiro PARE e leia atentamente, descreverei alguns prováveis padrões mentais que podem criar "doenças".
É bom saber que os Padrões Mentais nem sempre são verdades para todos, mas pode servir de referência para iniciar a busca pela causa do transtorno que você esteja acometido.
Falaremos inicialmente de partes do corpo e o que elas representam e seus sinais.
Parte do Corpo
Representa capacidade de
Transtorno
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Cabeça
Mostrar o que somos e/ou estamos passando
Sentimos que algo está errado conosco.
Olhos
Ver
Não queremos ver
Ouvidos
Ouvir
Não queremos ouvir
Pescoço
Flexibilidade de pensamento
Teimosia em rever conceitos
Garganta
Falar por nós mesmos, fluxo criativo do corpo onde ocorrem mudanças
Não nos sentimos no direito de nos expressar, criatividade sufocada e resistência a mudanças
Braços
Habilidade de abraçar experiências da vida
Inflexibilidade em mudar o rumo
Mãos
Seguram,apertam, agarram
Medo de perda
Costas
Sistema de apoio
Carente de apoio: Dor
Parte Superior- emocional
Parte Média- culpa
Parte Inferior- finanças
Pulmões
Ter e soltar a vida
Medo de absorver a vida, sente-se sem direito de viver
Seios
"Super Mãe": Pessoa/ Lugar/ Coisa/ Experiência
Se nega a entregar as rédeas
Câncer, Profundo ressentimento
Coração
Amor e alegria
Negação-infarto
Estômago
Digerir novas idéias
Sente medo das novidades, medo de não ser bom o bastante
Órgãos Genitais
Masculino e Feminino
Idéias distorcidas de ser
Considera o sexo sujo, pecado
Pernas
Conduzir para a vida
Medo de ir em frente ou seguir determinada direção
Joelhos
Flexibilidade, ego e teimosia
Medo de dobras, de modificar atitudes
Pés
Compreensão de nós mesmos e da vida
Compreensão distorcida,sente que não tem para onde ir
Pele
Individualidade
Poder dos outros sobre si, individualidade ameaçada
E então? Identificou-se com alguma coisa?Em qualquer tempo (presente, passado e para o futuro)?
Você mudando Padrões Mentais poderá prevenir ou até mesmo se curar .
Vida
Não assista a sua vida de camarote vivencie ela plenamente. Não finja que seus problemas não existem,pois estando indiferente as coias que rodeiam voce sera um simples expectador do seu viver. Éfácil coordenar a vida dos outros pois estamos vendo os problemas de fora sem envolvimento emocional latente.Olhamos para esses problemas como estivessemos assistindo um filme na tela do cinema.Infelizmente na tela os finais sáo escritos com intuito de transmitir sempre um final feliz e suave pois é manipulado por um escritor.
Na vida real observamos que a todo instante o script muda e os varios papeis que , iinterpretamos ou melhor que encenamos importantes ou não determinam as escolhas de nossa vida.Temos que mudar o foco para que possamos obter soluções rapidas objetivas no continuo da nossa vida, Focando uma nova direção nas nossas emoções atraindo para nos o que realmente gostamos e não o que as pessoas nos rodeiam querem.
A lei da atração,a lei de causa e efeito são cientificamente provadas,certas e justas.Uma atrai a outra e consequentemente atrai tambem os pensamentos ruins e bons,interagindo vorazmente no que mais desejamos.
Mudando o script as criticas a nos mesmos ficam mais suave e nos passamos a nos respeitar mais, valorizando o nosso verdadeiro querer,sem medo nem pudor de sermos felizes.Sem medo de levarmos toco de alguem que amamos muito e que infelizmente não soube dar valor ao verdadeiro amor(que pode ser simplesmente um sexual).So assim é que vamos dar a volta por cima,melhorando a nossa alto estima e a nossa comunicação com o mundo interior(ics) e exterior(material)
Na vida real observamos que a todo instante o script muda e os varios papeis que , iinterpretamos ou melhor que encenamos importantes ou não determinam as escolhas de nossa vida.Temos que mudar o foco para que possamos obter soluções rapidas objetivas no continuo da nossa vida, Focando uma nova direção nas nossas emoções atraindo para nos o que realmente gostamos e não o que as pessoas nos rodeiam querem.
A lei da atração,a lei de causa e efeito são cientificamente provadas,certas e justas.Uma atrai a outra e consequentemente atrai tambem os pensamentos ruins e bons,interagindo vorazmente no que mais desejamos.
Mudando o script as criticas a nos mesmos ficam mais suave e nos passamos a nos respeitar mais, valorizando o nosso verdadeiro querer,sem medo nem pudor de sermos felizes.Sem medo de levarmos toco de alguem que amamos muito e que infelizmente não soube dar valor ao verdadeiro amor(que pode ser simplesmente um sexual).So assim é que vamos dar a volta por cima,melhorando a nossa alto estima e a nossa comunicação com o mundo interior(ics) e exterior(material)
Culpa
A culpa é tão antiga quanto à história da humanidade, a tradição religiosa, as ciências humanas e sociais, mas também, a literatura, a música, os roteiros de filmes e programas televisivos, a culpa aparece como algo negativo, punitivo e de menos valia.
A sensação de sentirmos culpados é como um filme reprisando justamente a cena mais apavorante, uma dor dilacerando a alma trazendo lembranças de repressões, dúvidas, impotência e o pensamento idealizador de que tudo poderia ser diferente "se" tivesse outra chance.
Normalmente ela surge quando acreditamos estar em pecado, violamos regras, cometemos uma falta grave, somos omissos, quando frustramos nossas ou as expectativas alheias. Por isso, tem sido um assunto frequente na terapia ou nas conversas informais capaz de evocar muita angústia e conflitos. Geralmente estamos propícios a perguntar-nos, de quem é a culpa? Pais, filhos, educadores, empregados e empregadores, políticos, autoridades e religiosos passam tempo persuadidos a encontrar o "culpado", muito mais do que enfrentar e encontrar a solução, responsabilidades e questionar as verdades absolutas que nortearam a sociedade por anos a fio, mas que hoje passam por profundas mudanças.
Foram anos de culpa pela perda do paraíso, pela opção e necessidade da mulher de trabalhar fora do lar deixando os filhos em creches, com babás ou familiares. Pela busca do prazer sexual antes relegado a procriação e negado pela falta de conhecimento do próprio corpo. Pelo rompimento dos paradigmas de uma educação conservadora e punitiva. Pela mudança gradativa das relações de trabalho exigindo um ambiente mais humano, digno e de melhores condições de salário. Pela degradação do meio ambiente. Pela direito a orientação sexual homoafetiva. Estes poucos exemplos fazem parte de uma infinidade de transformações que nos levarão a novos caminhos e revisão dos atuais.
A única resposta plausível é que continuaremos inseguros e conseqüentemente mais ansiosos ao tentarmos acertar num mundo incerto. Colocar a culpa no centro da questão será um obstáculo ao crescimento e a auto-realização. Quem mais sofre com os sentimentos de culpa são pessoas em estado de desequilíbrio físico e emocional. Na depressão, adicção a qualquer substância psicoativa, nos transtornos de personalidade, alimentar, ansiedade, borderline, obsessiva compulsiva, e psicopatias gerais, são pessoas mais sensíveis e vulneráveis a crítica, nutrem um alto grau de exigência, são demasiadamente idealizadoras, irritadiças, impulsivas, inseguras e necessitam de aceitação a todo custo, para provar o seu valor enquanto pessoa. E quando são contrariadas ou algo não sai como esperado, dizem e fazem coisas intempestivas, deixando um rastro de dor e arrependimento, mas ao recobrar a lucidez, sente-se remoídas de dor e culpa.
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Outro dia uma paciente me disse: "quando eu era uma pessoa doente era cega emocionalmente e não tinha noção do mal que fazia a mim e aos outros, mas com o conhecimento das minhas emoções passei a exigir menos, ter mais cautela, menos amargura e praticando o autoperdão. Aos poucos fui reparando o mal que fiz as pessoas, especialmente a mim mesma, pois ninguém escolhe ficar doente".
Mas até chegar neste ponto, normalmente, o modo de aliviar a dor é por meio do autoflagelo emocional, alguns até na forma física e corporal, impingindo cortes, queimaduras, machucados ou tentativa de suicídio, buscam a expiação da própria consciência que as condena. São sabotagens diárias que varia desde abandonar momentaneamente algo que dê prazer, recusar propostas interessantes, voltar a fumar, comer compulsivamente, ingerir drogas após dias abstinente, se botar em enrascadas no trabalho, nos relacionamentos amorosos destrutivos, se traindo com padrões dolorosos repetitivos. Fazendo de tudo para se encaixar no papel de "pobre coitada" que não merece amor, alegria, paz, lazer e plenitude.
Primeiro, será preciso retirar a lente de aumento, nem sempre o que cometemos é tão grave que mereça tamanho sofrimento. Segundo, enquanto vivemos no passado ou no futuro perdemos a chance de gozar e vivenciar as requisições do presente. Pois, será somente no dia de hoje que terei acesso e poderei oferecer o que tenho de melhor, quem sabe reparando um mal entendido, exercitando a paciência quando não há chances de retratação ou quando não há condições de fazer nem uma coisa nem outra.
Boss, um grande escritor existencialista, diz que a culpa não deveria ser vista como uma carga de opressão, pois ao sermos lançados no mundo temos um "chamado e uma advertência para cumprir a missão humana de guardião e pastor". Isso quer dizer que somos seres que o mundo precisa, o sentimento de culpa advém deste "ficar-a-dever". No meu entendimento, a culpa sempre aparecerá quando abrimos mão da nossa liberdade de escolha.
E, podemos escolher se fechar no esconderijo que leve a renúncia da consciência – a culpa é do "outro", mantendo-se nas lamurias e perseguições. Ou aprender a lidar com este sentimento capaz de interferir nas relações e na maneira como nos enxergamos assumindo o nosso lugar no mundo, vivenciando com qualidade, nossas emoções, possibilidades e potencial interior.
A seguir sugiro filmes que retratam o Sentimento de Culpa:
- Caché. Ano: 2005, França, Alemanha, Austrália e Itália, direção de Michael Haneke e protagonizado por Daniel Auteil e Juliette Binoche.
- O caçador de Pipas ou o livro do autor Khaled Hosseini. Ano: 2007, Estados Unidos, direção de Marc Forster, protagonizado por Khalid Abdalla e Atossa Leoni.
- Dúvida. Ano 2008. Estados Unidos, direção de John Patrick Shanley, protagonizado por Meryl Streep, Philip Seymour Hoffman e Amy Adams. Também sugiro a leitura do mito de Édipo e Jocasta - tragédia grega "Édipo Rei de Sófocles, do século V a.C", disponível em muitos sites da internet.
Referência Bibliográfica:
BOSS, Medard. "Angústia, Culpa e Libertação. 2ª Ed. São Paulo, Duas Cidades, 1977. P. 38-40.
A sensação de sentirmos culpados é como um filme reprisando justamente a cena mais apavorante, uma dor dilacerando a alma trazendo lembranças de repressões, dúvidas, impotência e o pensamento idealizador de que tudo poderia ser diferente "se" tivesse outra chance.
Normalmente ela surge quando acreditamos estar em pecado, violamos regras, cometemos uma falta grave, somos omissos, quando frustramos nossas ou as expectativas alheias. Por isso, tem sido um assunto frequente na terapia ou nas conversas informais capaz de evocar muita angústia e conflitos. Geralmente estamos propícios a perguntar-nos, de quem é a culpa? Pais, filhos, educadores, empregados e empregadores, políticos, autoridades e religiosos passam tempo persuadidos a encontrar o "culpado", muito mais do que enfrentar e encontrar a solução, responsabilidades e questionar as verdades absolutas que nortearam a sociedade por anos a fio, mas que hoje passam por profundas mudanças.
Foram anos de culpa pela perda do paraíso, pela opção e necessidade da mulher de trabalhar fora do lar deixando os filhos em creches, com babás ou familiares. Pela busca do prazer sexual antes relegado a procriação e negado pela falta de conhecimento do próprio corpo. Pelo rompimento dos paradigmas de uma educação conservadora e punitiva. Pela mudança gradativa das relações de trabalho exigindo um ambiente mais humano, digno e de melhores condições de salário. Pela degradação do meio ambiente. Pela direito a orientação sexual homoafetiva. Estes poucos exemplos fazem parte de uma infinidade de transformações que nos levarão a novos caminhos e revisão dos atuais.
A única resposta plausível é que continuaremos inseguros e conseqüentemente mais ansiosos ao tentarmos acertar num mundo incerto. Colocar a culpa no centro da questão será um obstáculo ao crescimento e a auto-realização. Quem mais sofre com os sentimentos de culpa são pessoas em estado de desequilíbrio físico e emocional. Na depressão, adicção a qualquer substância psicoativa, nos transtornos de personalidade, alimentar, ansiedade, borderline, obsessiva compulsiva, e psicopatias gerais, são pessoas mais sensíveis e vulneráveis a crítica, nutrem um alto grau de exigência, são demasiadamente idealizadoras, irritadiças, impulsivas, inseguras e necessitam de aceitação a todo custo, para provar o seu valor enquanto pessoa. E quando são contrariadas ou algo não sai como esperado, dizem e fazem coisas intempestivas, deixando um rastro de dor e arrependimento, mas ao recobrar a lucidez, sente-se remoídas de dor e culpa.
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Outro dia uma paciente me disse: "quando eu era uma pessoa doente era cega emocionalmente e não tinha noção do mal que fazia a mim e aos outros, mas com o conhecimento das minhas emoções passei a exigir menos, ter mais cautela, menos amargura e praticando o autoperdão. Aos poucos fui reparando o mal que fiz as pessoas, especialmente a mim mesma, pois ninguém escolhe ficar doente".
Mas até chegar neste ponto, normalmente, o modo de aliviar a dor é por meio do autoflagelo emocional, alguns até na forma física e corporal, impingindo cortes, queimaduras, machucados ou tentativa de suicídio, buscam a expiação da própria consciência que as condena. São sabotagens diárias que varia desde abandonar momentaneamente algo que dê prazer, recusar propostas interessantes, voltar a fumar, comer compulsivamente, ingerir drogas após dias abstinente, se botar em enrascadas no trabalho, nos relacionamentos amorosos destrutivos, se traindo com padrões dolorosos repetitivos. Fazendo de tudo para se encaixar no papel de "pobre coitada" que não merece amor, alegria, paz, lazer e plenitude.
Primeiro, será preciso retirar a lente de aumento, nem sempre o que cometemos é tão grave que mereça tamanho sofrimento. Segundo, enquanto vivemos no passado ou no futuro perdemos a chance de gozar e vivenciar as requisições do presente. Pois, será somente no dia de hoje que terei acesso e poderei oferecer o que tenho de melhor, quem sabe reparando um mal entendido, exercitando a paciência quando não há chances de retratação ou quando não há condições de fazer nem uma coisa nem outra.
Boss, um grande escritor existencialista, diz que a culpa não deveria ser vista como uma carga de opressão, pois ao sermos lançados no mundo temos um "chamado e uma advertência para cumprir a missão humana de guardião e pastor". Isso quer dizer que somos seres que o mundo precisa, o sentimento de culpa advém deste "ficar-a-dever". No meu entendimento, a culpa sempre aparecerá quando abrimos mão da nossa liberdade de escolha.
E, podemos escolher se fechar no esconderijo que leve a renúncia da consciência – a culpa é do "outro", mantendo-se nas lamurias e perseguições. Ou aprender a lidar com este sentimento capaz de interferir nas relações e na maneira como nos enxergamos assumindo o nosso lugar no mundo, vivenciando com qualidade, nossas emoções, possibilidades e potencial interior.
A seguir sugiro filmes que retratam o Sentimento de Culpa:
- Caché. Ano: 2005, França, Alemanha, Austrália e Itália, direção de Michael Haneke e protagonizado por Daniel Auteil e Juliette Binoche.
- O caçador de Pipas ou o livro do autor Khaled Hosseini. Ano: 2007, Estados Unidos, direção de Marc Forster, protagonizado por Khalid Abdalla e Atossa Leoni.
- Dúvida. Ano 2008. Estados Unidos, direção de John Patrick Shanley, protagonizado por Meryl Streep, Philip Seymour Hoffman e Amy Adams. Também sugiro a leitura do mito de Édipo e Jocasta - tragédia grega "Édipo Rei de Sófocles, do século V a.C", disponível em muitos sites da internet.
Referência Bibliográfica:
BOSS, Medard. "Angústia, Culpa e Libertação. 2ª Ed. São Paulo, Duas Cidades, 1977. P. 38-40.
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
Mente
A mente humana grava e executa tudo que lhe é enviado. Seja através de palavras, pensamentos ou atos, seus ou de terceiros, sejam positivos ou negativos. Basta que você os aceite. Essa ação sempre acontecerá, independente se traga ou não resultados positivos prá você. Um cientista de Phoenix Arizona queria provar essa teoria. Precisava de um voluntário que chegasse às últimas conseqüências. Conseguiu um em uma penitenciária. Era um condenado a morte, que seria executado em uma cadeira elétrica. O cientista lhe propôs o seguinte: Ele participaria de uma experiência científica, na qual seria feito um pequeno corte em seu pulso, o suficiente para gotejar o seu sangue até a última gota. Ele teria uma chance de sobreviver, caso o sangue coagulasse. Se isso acontecesse, ele ganharia a liberdade, caso contrário, ele iria falecer pela perda do sangue, porém, teria uma morte sem sofrimento e sem dor. O condenado aceitou, pois era preferível do que morrer na cadeira elétrica, e ainda teria a chance de sobreviver. O condenado foi colocado em uma cama alta, dessas de hospital e amarraram seu corpo para que não se movesse. Fizeram um pequeno corte em seu pulso . Abaixo do pulso, foi colocado uma pequena vasilha de alumínio. Foi dito a ele que ouviria o gotejar de seu sangue na vasilha. O corte foi superficial e não atingiu nenhuma veia ou artéria, mas foi suficiente para que ele sentisse o pulso sendo cortado. Sem que ele soubesse, debaixo de sua cama tinha um frasco de soro com uma pequena válvula. Ao cortarem seu pulso, abriram a válvula do frasco para que ele acreditasse que era o sangue dele que estava pingando na vasilha de alumínio. Na verdade, era o soro do frasco que gotejava. De 10 em 10 minutos, o cientista sem que o condenado visse, fechava um pouco a válvula do frasco e o gotejamento diminuía. O condenado acreditava que era seu sangue que estava diminuindo. Com o passar do tempo, foi perdendo a cor e ficando cada vez mais pálido. Quando o cientista fechou a válvula........ ....o condenado teve uma parada cardíaca e morreu. Sem ter perdido uma gota de sangue. O cientista conseguiu provar que a mente humana cumpre ao pé da letra, tudo que lhe é enviado e aceito pela pessoa, seja positivo ou negativo e que sua ação envolve todo o organismo, quer seja na parte psíquica quer seja na parte orgânica. Essa pesquisa é um alerta para filtrarmos o que enviamos para nossa mente, pois ela não distingue o real da fantasia, o certo do errado, simplesmente grava e executa o que lhe é enviado. “Quem pensa que vai fracassar, já fracassou antes mesmo de tentar”
Somos o que pensamos e acreditamos ser ...
Há duas maneiras de se viver a vida Uma é acreditar que não existe milagre A outra é acreditar que todas as coisas são milagres
“Reflita no que você está fazendo com você mesmo.”
Somos o que pensamos e acreditamos ser ...
Há duas maneiras de se viver a vida Uma é acreditar que não existe milagre A outra é acreditar que todas as coisas são milagres
“Reflita no que você está fazendo com você mesmo.”
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
SI MESMO
A consciência da busca por si mesmo não tem data precisa para começar, mas uma vez iniciada não cessará jamais. Digo consciência da busca, porque ela sempre nos acompanhou, ainda que de forma inconsciente, durante todas as fases anteriores ao início do despertar da consciência.
A busca por si mesmo é a experiência mais profunda, rica, ousada e emocionante à qual podemos nos submeter. Trata-se de um processo paradoxal, difícil, em muitos momentos um verdadeiro labirinto, em outros períodos, de “estrada” arejada, luminosa e arborizada.
Quando a consciência desperta para a busca de si mesmo, você fez a primeira grande descoberta: você se conhece pouco, bem menos do que acreditava conhecer...
Essa consciência pode causar muita dor em algumas pessoas, curiosidade em outras e um total redirecionamento de vida para aquelas que aproveitam melhor a oportunidade, independentemente de em qual grupo estejam.
O curioso desse processo é que você passa a ter uma sensação de que sabe cada vez menos à medida que sabe cada vez mais a respeito de si. É aí que nasce a verdadeira humildade (no melhor dos casos); passamos a nos reconhecer não como melhores ou piores que os outros, mas diferentes. Reconhecemos que não somos nem tão bons quanto gostaríamos, nem tão maus quanto nossas culpas nos fazem parecer. É um renascimento!
Haverá inevitáveis momentos de dor e decepção com a imagem anterior que fazíamos a nosso respeito. Ocorrerão momentos de frustração, desânimo e, não raro, depressão (para algumas pessoas). Todos esses fatos são excelentes desculpas nobres para uma atitude pobre: deixar de buscar se conhecer.
Não desista! Essas dores e sofrimentos mais intensos são momentos de “cura”, restabelecimento do equilíbrio e superação. Passadas as turbulências, aprendemos que para voar mais alto passamos várias vezes por ventos fortes, mas evidencia-se a nossa capacidade de superá-los.
Desistir de conhecer-se somente por constatar que você é diferente do que imaginava é uma grande tolice. Você gostaria de passar o resto da vida como um desconhecido de si mesmo? Acredite, não valeria a pena...
Não seja um estranho a si mesmo, estranhe-se para melhor se conhecer. Não haverá autoestima verdadeira sem autoconhecimento em ação...
Conhecer a nós mesmos é nosso maior desafio, nossa maior viagem, nossa maior loucura e, ao mesmo tempo, nosso maior ato de sanidade.
Ao longo do caminho você se surpreenderá negativa e positivamente consigo, aproveite as surpresas positivas, aprenda e reoriente as negativas – tudo é uma questão de escolha.
As pessoas que você conhece, que dizem não ter escolha, escolheram não possuí-las. Colocaram a si mesmas em cheque; sabotaram-se, esconderam-se e acabaram encurraladas em um canto escuro do que chamam destino...
Seja co-autor e co-autora do seu destino. Conheça a personagem principal: você!
Somente assim você poderá escolher novos caminhos para a sua própria história. Tome coragem de conhecer-se, buscar-se e você será autor e autora de sua própria novela. Diga-se de passagem, a mais importante de todas, porque nessa você não é expectador passivo é ator/atriz vivente!
Todas as pessoas que se acham muito boas ou muito más, incríveis ou desprezíveis, maravilhosas ou fracassadas; todas elas se esqueceram de buscar se conhecer melhor, desistiram da busca por si mesmas.
Muitos serão os obstáculos, não desista, o espetáculo da sua vida só ocorre quando você conhece bem o seu papel...
Descubra-se – esta expressão significa retirar aquilo que oculta: as máscaras, os mecanismos de defesa, os disfarces, papéis que não são nossos, etc.
Descubra-se.
O poeta Gonzaguinha tinha toda a razão:
O que é é o que é (Composição de Gonzaguinha)
“Eu fico
Com a pureza da resposta das crianças
É a vida, é bonita e é bonita
Viver, e não ter a vergonha de ser feliz
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser um eterno aprendiz
Ah meu Deus eu sei, eu sei
Que a vida devia ser bem melhor e será
Mas isso não impede que eu repita
É bonita, é bonita e é bonita
E a vida
E a vida o que é diga lá, meu irmão
Ela é a batida de um coração
Ela é uma doce ilusão, ê ô
Mas e a vida
Ela é maravilha ou é sofrimento
Ela é alegria ou lamento
O que é, o que é, meu irmão
Há quem fale que a vida da gente é um nada no mundo
É uma gota é um tempo que nem dá um segundo
Há quem fale que é um divino mistério profundo
É o sopro do criador
Numa atitude repleta de amor
Você diz que é luta e prazer
Ele diz que a vida é viver
Ela diz que melhor é morrer pois amada não é
E o verbo é sofrer
Eu só sei que confio na moça
E na moça eu ponho a força da fé
Somos nós que fazemos a vida
Como der ou puder ou quiser
Sempre desejada
Por mais que esteja errada
Ninguém quer a morte
Só saúde e sorte
E a pergunta roda
E a cabeça agita
Eu fico
Com a pureza da resposta das crianças
É a vida, é bonita e é bonita
Viver, e não ter a vergonha de ser feliz
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser um eterno aprendiz
Ah meu Deus eu sei, eu sei
Que a vida devia ser bem melhor e será
Mas isso não impede que eu repita
É bonita, é bonita e é bonita
Viver, e não ter a vergonha de ser feliz
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser um eterno aprendiz
Ah meu Deus eu sei, eu sei
Que a vida devia ser bem melhor e será
Mas isso não impede que eu repita
É bonita, é bonita e é bonita
Viver, e não ter a vergonha de ser feliz
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser um eterno aprendiz
Ah meu Deus eu sei, eu sei
Que a vida devia ser bem melhor e será
Mas isso não impede que eu repita
É bonita, é bonita e é bonita”
A busca por si mesmo é a experiência mais profunda, rica, ousada e emocionante à qual podemos nos submeter. Trata-se de um processo paradoxal, difícil, em muitos momentos um verdadeiro labirinto, em outros períodos, de “estrada” arejada, luminosa e arborizada.
Quando a consciência desperta para a busca de si mesmo, você fez a primeira grande descoberta: você se conhece pouco, bem menos do que acreditava conhecer...
Essa consciência pode causar muita dor em algumas pessoas, curiosidade em outras e um total redirecionamento de vida para aquelas que aproveitam melhor a oportunidade, independentemente de em qual grupo estejam.
O curioso desse processo é que você passa a ter uma sensação de que sabe cada vez menos à medida que sabe cada vez mais a respeito de si. É aí que nasce a verdadeira humildade (no melhor dos casos); passamos a nos reconhecer não como melhores ou piores que os outros, mas diferentes. Reconhecemos que não somos nem tão bons quanto gostaríamos, nem tão maus quanto nossas culpas nos fazem parecer. É um renascimento!
Haverá inevitáveis momentos de dor e decepção com a imagem anterior que fazíamos a nosso respeito. Ocorrerão momentos de frustração, desânimo e, não raro, depressão (para algumas pessoas). Todos esses fatos são excelentes desculpas nobres para uma atitude pobre: deixar de buscar se conhecer.
Não desista! Essas dores e sofrimentos mais intensos são momentos de “cura”, restabelecimento do equilíbrio e superação. Passadas as turbulências, aprendemos que para voar mais alto passamos várias vezes por ventos fortes, mas evidencia-se a nossa capacidade de superá-los.
Desistir de conhecer-se somente por constatar que você é diferente do que imaginava é uma grande tolice. Você gostaria de passar o resto da vida como um desconhecido de si mesmo? Acredite, não valeria a pena...
Não seja um estranho a si mesmo, estranhe-se para melhor se conhecer. Não haverá autoestima verdadeira sem autoconhecimento em ação...
Conhecer a nós mesmos é nosso maior desafio, nossa maior viagem, nossa maior loucura e, ao mesmo tempo, nosso maior ato de sanidade.
Ao longo do caminho você se surpreenderá negativa e positivamente consigo, aproveite as surpresas positivas, aprenda e reoriente as negativas – tudo é uma questão de escolha.
As pessoas que você conhece, que dizem não ter escolha, escolheram não possuí-las. Colocaram a si mesmas em cheque; sabotaram-se, esconderam-se e acabaram encurraladas em um canto escuro do que chamam destino...
Seja co-autor e co-autora do seu destino. Conheça a personagem principal: você!
Somente assim você poderá escolher novos caminhos para a sua própria história. Tome coragem de conhecer-se, buscar-se e você será autor e autora de sua própria novela. Diga-se de passagem, a mais importante de todas, porque nessa você não é expectador passivo é ator/atriz vivente!
Todas as pessoas que se acham muito boas ou muito más, incríveis ou desprezíveis, maravilhosas ou fracassadas; todas elas se esqueceram de buscar se conhecer melhor, desistiram da busca por si mesmas.
Muitos serão os obstáculos, não desista, o espetáculo da sua vida só ocorre quando você conhece bem o seu papel...
Descubra-se – esta expressão significa retirar aquilo que oculta: as máscaras, os mecanismos de defesa, os disfarces, papéis que não são nossos, etc.
Descubra-se.
O poeta Gonzaguinha tinha toda a razão:
O que é é o que é (Composição de Gonzaguinha)
“Eu fico
Com a pureza da resposta das crianças
É a vida, é bonita e é bonita
Viver, e não ter a vergonha de ser feliz
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser um eterno aprendiz
Ah meu Deus eu sei, eu sei
Que a vida devia ser bem melhor e será
Mas isso não impede que eu repita
É bonita, é bonita e é bonita
E a vida
E a vida o que é diga lá, meu irmão
Ela é a batida de um coração
Ela é uma doce ilusão, ê ô
Mas e a vida
Ela é maravilha ou é sofrimento
Ela é alegria ou lamento
O que é, o que é, meu irmão
Há quem fale que a vida da gente é um nada no mundo
É uma gota é um tempo que nem dá um segundo
Há quem fale que é um divino mistério profundo
É o sopro do criador
Numa atitude repleta de amor
Você diz que é luta e prazer
Ele diz que a vida é viver
Ela diz que melhor é morrer pois amada não é
E o verbo é sofrer
Eu só sei que confio na moça
E na moça eu ponho a força da fé
Somos nós que fazemos a vida
Como der ou puder ou quiser
Sempre desejada
Por mais que esteja errada
Ninguém quer a morte
Só saúde e sorte
E a pergunta roda
E a cabeça agita
Eu fico
Com a pureza da resposta das crianças
É a vida, é bonita e é bonita
Viver, e não ter a vergonha de ser feliz
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser um eterno aprendiz
Ah meu Deus eu sei, eu sei
Que a vida devia ser bem melhor e será
Mas isso não impede que eu repita
É bonita, é bonita e é bonita
Viver, e não ter a vergonha de ser feliz
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser um eterno aprendiz
Ah meu Deus eu sei, eu sei
Que a vida devia ser bem melhor e será
Mas isso não impede que eu repita
É bonita, é bonita e é bonita
Viver, e não ter a vergonha de ser feliz
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser um eterno aprendiz
Ah meu Deus eu sei, eu sei
Que a vida devia ser bem melhor e será
Mas isso não impede que eu repita
É bonita, é bonita e é bonita”
quinta-feira, 18 de agosto de 2011
LIVRE ESCOLHA
Como todos deveriam saber, para que alguém seja rico, alguém precisa ser pobre - não há patrões sem empregados, fazenda sem peões, teatro sem coxia.
A partir daí, o que cabe tanto a patrões quanto a empregados, dirigentes e povos, ricos e pobres, é uma coisa só: atitude perante seu lote na vida. Ninguém precisa se contentar em ser peão. Todos podem lutar para subir ao topo, e é esta a essência de uma sociedade livre.
Se o homem tivesse se contentado com o que tem, não teríamos progresso, nem criação artística. O que difere o homem dos animais não é ter um cérebro. Animais também o têm. O que difere o homem dos animais é a sua capacidade de ir além de si mesmo e de seu meio-ambiente através de suas escolhas.
O que difere o homem dos animais, e, por sinal, o que o difere dos anjos, é o LIVRE ARBÍTRIO - a capacidade de fazer escolhas a um nível transcendental.
Isto é o que D´us quis dizer quando disse: "O homem agora é um de nós, conhecedor do bem e do mal". Nós, todos nós, somos deuses, porque temos a capacidade de escolha - de livre arbítrio.
Você pode argumentar que o animal também escolhe, ao preferir uma comida a outra; que as plantas também escolhem, ao voltarem-se na direção do sol. Mas a escolha à qual estou me referindo não é a escolha entre o que é bom e o que é mau (note os adjetivos). Este tipo de escolha faz parte da carga genética de cada ser vivo, e que faz com que um cãozinho não coma alimento estragado, ou que uma planta cresça em direção à luz.
Estou me referindo à escolha maior, a escolha transcendental entre o Bem e o Mal - substantivos.
Ora, se o homem pode escolher entre duas coisas, entre o que para ele parece ser o bem, e o que lhe parece ser o mal, ele vai buscar (ou deveria buscar) a superação do mal. Este tipo de escolha pressupõe insatisfação transcendental, que difere da insatisfação visceral que compartilhamos com os demais seres vivos.
Partindo daí, podemos dizer que ninguém escolhe outra coisa se está satisfeito com o que tem. E isto nos leva ao seguinte ponto, por dedução lógica: insatisfação com seu lote faz parte da carga humana. O homem foi criado para superar o que a vida lhe entrega. O homem foi criado INSATISFEITO.
E é esta insatisfação que leva o ser humano ao que o define: ele é capaz tanto de CRIAR, quanto de DESTRUIR, mas sua verdadeira essência é, ou deveria ser, o fato de que ele é o único, em toda a criação, capaz de escolher, sem condicionamento pavloviano, NÃO DESTRUIR.
Todo ser vivente é capaz de destruição. Veja o que pode fazer um lindo cãozinho solto no meio de seus sapatos. Vocè pode condicioná-lo a não ser destrutivo - mas isto é condicionamento, não é livre escolha. O cachorrinho pode escolher não destruir seus sapatos porque teme a represália, o castigo. Ele não escolhe apenas porque ama você.
APENAS O HOMEM PODE ESCOLHER ENTRE O BEM E O MAL, ENTRE CRIAR E DESTRUIR - e é em função disto, e somente por isto, que um ser humano pode ser julgado como sendo BOM ou MAU.
O resto - riquezas, fama, sucesso - são meros assessórios. A riqueza seria errada, se fruto do roubo, da mentira, do engodo. A fama seria errada, se, para chegar lá, a pessoa pisou sobre quem lhe estava no caminho. O sucesso seria errado, se subir à cabeça e tornar a pessoa socialmente inútil. Fora disto, riqueza, fama e sucesso deveriam ser o resultado da luta pessoal do homem para superar a si mesmo, e, neste contexto, seu direito inalienável.
Outros escritores mais hábeis do que eu já dissertaram ad nauseumsobre este assunto. Nivelar econômica e culturalmente a humanidade é impossível, porque não lhe coibe a criatividade e a sua inerente força de superação. E todo grupo, seita ou nação que busca a igualdade econômico-social de seus membros está fadada ao fracasso ao longo do tempo.
A humanidade, seja ela um povo, um conglomerado ou até mesmo um grupo de internet, não é uma massa informe a ser moldada a partir de um modelo: é um conjunto de mentes possuidoras de livre-arbítrio, com todos os problemas sociais, econômicos e culturais que isto pode acarretar.
O dirigente sábio ofereceria condições de aprendizagem e superação àqueles que dirige. O néscio forçaria regras de igualdade e adaptabilidade a um todo ilusório e inexistente, e, com isto, fomentaria a revolta dos que não se submetem.
Resta ver onde queremos nos encaixar: entre homens livres, ou entre fantoches.
A partir daí, o que cabe tanto a patrões quanto a empregados, dirigentes e povos, ricos e pobres, é uma coisa só: atitude perante seu lote na vida. Ninguém precisa se contentar em ser peão. Todos podem lutar para subir ao topo, e é esta a essência de uma sociedade livre.
Se o homem tivesse se contentado com o que tem, não teríamos progresso, nem criação artística. O que difere o homem dos animais não é ter um cérebro. Animais também o têm. O que difere o homem dos animais é a sua capacidade de ir além de si mesmo e de seu meio-ambiente através de suas escolhas.
O que difere o homem dos animais, e, por sinal, o que o difere dos anjos, é o LIVRE ARBÍTRIO - a capacidade de fazer escolhas a um nível transcendental.
Isto é o que D´us quis dizer quando disse: "O homem agora é um de nós, conhecedor do bem e do mal". Nós, todos nós, somos deuses, porque temos a capacidade de escolha - de livre arbítrio.
Você pode argumentar que o animal também escolhe, ao preferir uma comida a outra; que as plantas também escolhem, ao voltarem-se na direção do sol. Mas a escolha à qual estou me referindo não é a escolha entre o que é bom e o que é mau (note os adjetivos). Este tipo de escolha faz parte da carga genética de cada ser vivo, e que faz com que um cãozinho não coma alimento estragado, ou que uma planta cresça em direção à luz.
Estou me referindo à escolha maior, a escolha transcendental entre o Bem e o Mal - substantivos.
Ora, se o homem pode escolher entre duas coisas, entre o que para ele parece ser o bem, e o que lhe parece ser o mal, ele vai buscar (ou deveria buscar) a superação do mal. Este tipo de escolha pressupõe insatisfação transcendental, que difere da insatisfação visceral que compartilhamos com os demais seres vivos.
Partindo daí, podemos dizer que ninguém escolhe outra coisa se está satisfeito com o que tem. E isto nos leva ao seguinte ponto, por dedução lógica: insatisfação com seu lote faz parte da carga humana. O homem foi criado para superar o que a vida lhe entrega. O homem foi criado INSATISFEITO.
E é esta insatisfação que leva o ser humano ao que o define: ele é capaz tanto de CRIAR, quanto de DESTRUIR, mas sua verdadeira essência é, ou deveria ser, o fato de que ele é o único, em toda a criação, capaz de escolher, sem condicionamento pavloviano, NÃO DESTRUIR.
Todo ser vivente é capaz de destruição. Veja o que pode fazer um lindo cãozinho solto no meio de seus sapatos. Vocè pode condicioná-lo a não ser destrutivo - mas isto é condicionamento, não é livre escolha. O cachorrinho pode escolher não destruir seus sapatos porque teme a represália, o castigo. Ele não escolhe apenas porque ama você.
APENAS O HOMEM PODE ESCOLHER ENTRE O BEM E O MAL, ENTRE CRIAR E DESTRUIR - e é em função disto, e somente por isto, que um ser humano pode ser julgado como sendo BOM ou MAU.
O resto - riquezas, fama, sucesso - são meros assessórios. A riqueza seria errada, se fruto do roubo, da mentira, do engodo. A fama seria errada, se, para chegar lá, a pessoa pisou sobre quem lhe estava no caminho. O sucesso seria errado, se subir à cabeça e tornar a pessoa socialmente inútil. Fora disto, riqueza, fama e sucesso deveriam ser o resultado da luta pessoal do homem para superar a si mesmo, e, neste contexto, seu direito inalienável.
Outros escritores mais hábeis do que eu já dissertaram ad nauseumsobre este assunto. Nivelar econômica e culturalmente a humanidade é impossível, porque não lhe coibe a criatividade e a sua inerente força de superação. E todo grupo, seita ou nação que busca a igualdade econômico-social de seus membros está fadada ao fracasso ao longo do tempo.
A humanidade, seja ela um povo, um conglomerado ou até mesmo um grupo de internet, não é uma massa informe a ser moldada a partir de um modelo: é um conjunto de mentes possuidoras de livre-arbítrio, com todos os problemas sociais, econômicos e culturais que isto pode acarretar.
O dirigente sábio ofereceria condições de aprendizagem e superação àqueles que dirige. O néscio forçaria regras de igualdade e adaptabilidade a um todo ilusório e inexistente, e, com isto, fomentaria a revolta dos que não se submetem.
Resta ver onde queremos nos encaixar: entre homens livres, ou entre fantoches.
terça-feira, 16 de agosto de 2011
A grande maioria cuidava de seus filhos e era responsável pela organização dos serviços domésticos. As que saiam de casa para trabalhar, viviam sob culpa imensa. Seus filhos, carentes da presença da mãe, eram diferentes das demais crianças, as quais estavam sempre acompanhadas de suas mães.
Os anos se passaram e hoje, ao contrário, a maioria das mulheres está no mercado de trabalho. As mulheres atualmente precisam trabalhar para dividir os encargos financeiros do lar e para se afirmarem no mundo como pessoas. Na contemporaneidade, trabalho significa necessidade e razão de vida. A profissão e o trabalho fazem parte da identidade do indivíduo.
Os filhos das mulheres que trabalham fora, já pertencem à maioria das crianças, mas, mesmo assim, não se observa a diminuição de culpa das mães, por se afastarem de seus filhos. Tal culpa continua a penalizá-las, principalmente se além dos ganhos financeiros que trazem para a família, ainda apreciam seu trabalho e/ou são bem-sucedidas profissionalmente.
Quando um bebê nasce, o corpo, o cérebro e a mente de sua mãe se preparam para recebê-lo. Estabelece-se uma relação de paixão de mão dupla, tão necessária para o desenvolvimento saudável da criança, como necessária para a estruturação da personalidade da mulher que se tornou mãe. A licença- maternidade concede pelo menos quatro meses para que a dupla mãe-bebê estabeleça uma relação de sintonia, crie o primeiro espaço da intersubjetividade e nasça um amor incondicional.
Assim, é compreensível a enorme dificuldade que a mãe sente ao precisar se separar de seu bebê e voltar ao trabalho. É como se ela precisasse se separar de um pedaço de si mesma. Além disso, os cuidados com o bebê, com o “pedaço de si mesma” necessitam ser “terceirizados”.
Babás, avós ou berçário são as escolhas possíveis. Cumpre lembrar que as babás estão cada vez mais raras, grande parte das avós, hoje, ainda trabalha e os berçários muitas vezes acabam sendo a melhor ou única opção para deixar o bebê. Ainda que a mãe possa, graças à tecnologia atual, monitorar os movimentos de seu filho em casa ou no berçário, a culpa por não tomar conta dele é avassaladora.
A culpa é amplificada quando o filho bebê ou mesmo o filho maiorzinho, chora desesperado quando a mãe se prepara para sair de casa ou deixá-lo na escola. É um momento doloroso e muitas mulheres preferem se afastar de forma escondida, o que é péssimo para ela e pior ainda para o filho que se percebe enganado, justamente por quem ele mais confia.
É frequente que quando se finda o trabalho, no reencontro com os filhos, a mãe busque compensar sua culpa com mimos inadequados e com a abolição de quaisquer interdições ao comportamento da criança. Essa compensação é sempre ruim.
A culpa por se afastar dos filhos precisa ser melhor elaborada. O trabalho é uma função que dignifica o ser humano, sendo a atividade profissional parte essencial da identidade da pessoa. O trabalho feminino é atualmente fator de peso na economia mundial. Se a criança antigamente se sentia abandonada por sua mãe trabalhar fora de casa, a criança de hoje em geral estranha a mãe que não tem uma profissão.
O fato da mãe ser médica, jornalista, advogada, professora... trabalhar nessa ou naquela empresa ou instituição agrega valor à identidade da criança. Ela se sente desvalorizada quando sua mãe “não é nada profissionalmente". Algumas crianças contam com orgulho que sua avó já se aposentou, mas gosta de trabalhar muito. Crianças que têm mães, pais e avós bem inseridos no mercado de trabalho, possuem a chance de internalizar um modelo de trabalho dignificante.
Atualmente, parece que os trabalhos domésticos e com os filhos não estão tão em alta assim na visão de muitas crianças. Filhos adolescentes, na idade do confronto necessário com os pais, muitas vezes expõem de forma ferina a falta de valor da mãe que não é força de trabalho na sociedade.
Mesmo assim, crianças continuam chorando quando suas mães saem para trabalhar e as mães continuam com uma culpa incomensurável por “terceirizarem” seus filhos. Talvez, ajude saber que quando uma mãe se afasta de seu bebê ou de sua criança já maiorzinha, eles irão ficar tristes mesmo, pois estarão antecipando a ausência dela. Entretanto, é justamente no espaço da falta que nasce a saudade, o desejo e o amor pela pessoa ausente. Assim, viver o espaço da falta não é maléfico para a criança, pelo contrário, essa vivência é benéfica por ser constituinte para a relação amorosa. Tem-se saudade de quem se ama.
O espaço da falta precisa ser bem dimensionado. O afastamento precisa ser gradual e a criança tem que ter certeza que sua mãe volta. O afastar-se e sempre voltar dá segurança à criança. É necessário que se dê parâmetros que a criança possa entender. Por exemplo, pode-se dizer: "A mamãe vai sair ou vai trabalhar, mas a mamãe volta, volta antes do dia acabar ou quando a estrelinha aparecer ou quando o ponteiro do relógio estiver ali etc.", cumprindo sempre inexoravelmente o combinado.
Pode-se ainda contar a historinha do segundo cordão umbilical que une mãe e filho que, diferente do primeiro que foi cortado, quando ele ou ela nasceu, jamais será cortado. É um cordão invisível ou virtual, se quiser usar um termo mais contemporâneo, um cordão que se estica muito, que sai pela porta, entra no elevador, entra em todos os prédios, sobe no avião e está sempre ligando a mãe e seu filho pela eternidade.
Êxito profissional não é incompatível com êxito da função materna. Não é fácil combinar função profissional com função materna, mas não é impossível. Pode-se gostar muito de seu trabalho, buscar competência nele e também agraciar os filhos com os cuidados de um amor incondicional, com um tempo para eles, livre de culpas descabidas.
Os anos se passaram e hoje, ao contrário, a maioria das mulheres está no mercado de trabalho. As mulheres atualmente precisam trabalhar para dividir os encargos financeiros do lar e para se afirmarem no mundo como pessoas. Na contemporaneidade, trabalho significa necessidade e razão de vida. A profissão e o trabalho fazem parte da identidade do indivíduo.
Os filhos das mulheres que trabalham fora, já pertencem à maioria das crianças, mas, mesmo assim, não se observa a diminuição de culpa das mães, por se afastarem de seus filhos. Tal culpa continua a penalizá-las, principalmente se além dos ganhos financeiros que trazem para a família, ainda apreciam seu trabalho e/ou são bem-sucedidas profissionalmente.
Quando um bebê nasce, o corpo, o cérebro e a mente de sua mãe se preparam para recebê-lo. Estabelece-se uma relação de paixão de mão dupla, tão necessária para o desenvolvimento saudável da criança, como necessária para a estruturação da personalidade da mulher que se tornou mãe. A licença- maternidade concede pelo menos quatro meses para que a dupla mãe-bebê estabeleça uma relação de sintonia, crie o primeiro espaço da intersubjetividade e nasça um amor incondicional.
Assim, é compreensível a enorme dificuldade que a mãe sente ao precisar se separar de seu bebê e voltar ao trabalho. É como se ela precisasse se separar de um pedaço de si mesma. Além disso, os cuidados com o bebê, com o “pedaço de si mesma” necessitam ser “terceirizados”.
Babás, avós ou berçário são as escolhas possíveis. Cumpre lembrar que as babás estão cada vez mais raras, grande parte das avós, hoje, ainda trabalha e os berçários muitas vezes acabam sendo a melhor ou única opção para deixar o bebê. Ainda que a mãe possa, graças à tecnologia atual, monitorar os movimentos de seu filho em casa ou no berçário, a culpa por não tomar conta dele é avassaladora.
A culpa é amplificada quando o filho bebê ou mesmo o filho maiorzinho, chora desesperado quando a mãe se prepara para sair de casa ou deixá-lo na escola. É um momento doloroso e muitas mulheres preferem se afastar de forma escondida, o que é péssimo para ela e pior ainda para o filho que se percebe enganado, justamente por quem ele mais confia.
É frequente que quando se finda o trabalho, no reencontro com os filhos, a mãe busque compensar sua culpa com mimos inadequados e com a abolição de quaisquer interdições ao comportamento da criança. Essa compensação é sempre ruim.
A culpa por se afastar dos filhos precisa ser melhor elaborada. O trabalho é uma função que dignifica o ser humano, sendo a atividade profissional parte essencial da identidade da pessoa. O trabalho feminino é atualmente fator de peso na economia mundial. Se a criança antigamente se sentia abandonada por sua mãe trabalhar fora de casa, a criança de hoje em geral estranha a mãe que não tem uma profissão.
O fato da mãe ser médica, jornalista, advogada, professora... trabalhar nessa ou naquela empresa ou instituição agrega valor à identidade da criança. Ela se sente desvalorizada quando sua mãe “não é nada profissionalmente". Algumas crianças contam com orgulho que sua avó já se aposentou, mas gosta de trabalhar muito. Crianças que têm mães, pais e avós bem inseridos no mercado de trabalho, possuem a chance de internalizar um modelo de trabalho dignificante.
Atualmente, parece que os trabalhos domésticos e com os filhos não estão tão em alta assim na visão de muitas crianças. Filhos adolescentes, na idade do confronto necessário com os pais, muitas vezes expõem de forma ferina a falta de valor da mãe que não é força de trabalho na sociedade.
Mesmo assim, crianças continuam chorando quando suas mães saem para trabalhar e as mães continuam com uma culpa incomensurável por “terceirizarem” seus filhos. Talvez, ajude saber que quando uma mãe se afasta de seu bebê ou de sua criança já maiorzinha, eles irão ficar tristes mesmo, pois estarão antecipando a ausência dela. Entretanto, é justamente no espaço da falta que nasce a saudade, o desejo e o amor pela pessoa ausente. Assim, viver o espaço da falta não é maléfico para a criança, pelo contrário, essa vivência é benéfica por ser constituinte para a relação amorosa. Tem-se saudade de quem se ama.
O espaço da falta precisa ser bem dimensionado. O afastamento precisa ser gradual e a criança tem que ter certeza que sua mãe volta. O afastar-se e sempre voltar dá segurança à criança. É necessário que se dê parâmetros que a criança possa entender. Por exemplo, pode-se dizer: "A mamãe vai sair ou vai trabalhar, mas a mamãe volta, volta antes do dia acabar ou quando a estrelinha aparecer ou quando o ponteiro do relógio estiver ali etc.", cumprindo sempre inexoravelmente o combinado.
Pode-se ainda contar a historinha do segundo cordão umbilical que une mãe e filho que, diferente do primeiro que foi cortado, quando ele ou ela nasceu, jamais será cortado. É um cordão invisível ou virtual, se quiser usar um termo mais contemporâneo, um cordão que se estica muito, que sai pela porta, entra no elevador, entra em todos os prédios, sobe no avião e está sempre ligando a mãe e seu filho pela eternidade.
Êxito profissional não é incompatível com êxito da função materna. Não é fácil combinar função profissional com função materna, mas não é impossível. Pode-se gostar muito de seu trabalho, buscar competência nele e também agraciar os filhos com os cuidados de um amor incondicional, com um tempo para eles, livre de culpas descabidas.
aquilo que possuímos em excesso
Embora as pessoas reclamem com imensa frequência daquilo que não possuem, existe outra questão que merece toda a nossa atenção: aquilo que possuímos em excesso.
Aliás, os excessos costumam ser mais prejudiciais que as faltas, mas demoram mais para serem percebidos. As faltas nós notamos imediatamente, os excessos só quando despertam a nossa consciência.
Comemos em excesso (observe você mesmo), trabalhamos em excesso (anda cansado, não é?), guardamos coisas em excesso (dê uma olhada em suas gavetas), nos importamos em excesso com a opinião dos outros... Há um excesso de preocupações e acúmulo de “gorduras” em diversas áreas de nossas vidas.
Em geral, possuímos mais do que necessitamos para ser feliz, mas continuamos insistindo na desculpa de que não somos felizes porque nos falta alguma coisa. E de fato falta: falta assumirmos um estilo de vida mais franco, sincero e liberto.
Tudo o que temos em excesso demanda tempo e energia para ser administrado. Roupas demais, CDs demais, bagunça demais, lembranças demais (fique com as que valem a pena, pelo aprendizado ou felicidade que trouxeram), compromissos demais, pressa demais.
Todos nos beneficiaremos com a prática de determinado nível de minimalismo (sem excessos, porque isso também pode ser demais). Podemos reinventar nossa maneira de viver para viver com o necessário. Não precisa ser o mínimo necessário, pode haver algumas sobras, mas sem os exageros de costume.
Viver melhor com menos. Isso traz uma sensação de leveza e felicidade tão maravilhosa que todos devemos, ao menos, experimentar. Na melhor das hipóteses, aprendemos e adotamos um novo estilo de vida.
Quem está em processo de mudança, reconhece rápido o quanto acumulou de coisas em excesso, e aprende que pode viver tão bem, ou melhor, com muito menos!
Se vamos acampar, somos felizes apenas com uma mochila...
Liberte-se dos excessos de todo o tipo: excesso de informação (aliás, muita coisa é só ruído, nem mereceria sua atenção); excesso de produtos e serviços (consumismo é uma válvula de escape para não olharmos para nossa própria existência e para o vazio que buscamos inutilmente preencher com compras); excesso de relacionamentos (nem todos valem a pena, não é verdade?). Viva mais com menos, experimente algum nível de minimalismo. Permita-se sentir-se livre dos acúmulos e excessos.
Nada é mais gratificante que a liberdade, a sensação de que você se basta sem precisar de um arsenal de coisas, sons e cores a seu redor. Dedique-se a experimentar essa libertadora sensação. Quem sabe viver com pouco, sempre saberá viver em quaisquer situações, mas aqueles que só sabem viver com muito, nas mínimas provações e ausências sofrem e se desesperam. Esses últimos se confundiram com seus excessos... e na falta deles, não se reconhecem.
Nunca sabemos se viveremos com o que temos, com mais ou menos no dia de amanhã, mas se aprendermos a viver com o que é essencial, viveremos sempre bem.
Todo excesso é energia acumulada em local inapropriado, estagnando o fluxo da vida. Excesso de excessos corresponde à falta de si mesmo. E se o que te falta é você, nada poderá preencher esse vazio...
Aliás, os excessos costumam ser mais prejudiciais que as faltas, mas demoram mais para serem percebidos. As faltas nós notamos imediatamente, os excessos só quando despertam a nossa consciência.
Comemos em excesso (observe você mesmo), trabalhamos em excesso (anda cansado, não é?), guardamos coisas em excesso (dê uma olhada em suas gavetas), nos importamos em excesso com a opinião dos outros... Há um excesso de preocupações e acúmulo de “gorduras” em diversas áreas de nossas vidas.
Em geral, possuímos mais do que necessitamos para ser feliz, mas continuamos insistindo na desculpa de que não somos felizes porque nos falta alguma coisa. E de fato falta: falta assumirmos um estilo de vida mais franco, sincero e liberto.
Tudo o que temos em excesso demanda tempo e energia para ser administrado. Roupas demais, CDs demais, bagunça demais, lembranças demais (fique com as que valem a pena, pelo aprendizado ou felicidade que trouxeram), compromissos demais, pressa demais.
Todos nos beneficiaremos com a prática de determinado nível de minimalismo (sem excessos, porque isso também pode ser demais). Podemos reinventar nossa maneira de viver para viver com o necessário. Não precisa ser o mínimo necessário, pode haver algumas sobras, mas sem os exageros de costume.
Viver melhor com menos. Isso traz uma sensação de leveza e felicidade tão maravilhosa que todos devemos, ao menos, experimentar. Na melhor das hipóteses, aprendemos e adotamos um novo estilo de vida.
Quem está em processo de mudança, reconhece rápido o quanto acumulou de coisas em excesso, e aprende que pode viver tão bem, ou melhor, com muito menos!
Se vamos acampar, somos felizes apenas com uma mochila...
Liberte-se dos excessos de todo o tipo: excesso de informação (aliás, muita coisa é só ruído, nem mereceria sua atenção); excesso de produtos e serviços (consumismo é uma válvula de escape para não olharmos para nossa própria existência e para o vazio que buscamos inutilmente preencher com compras); excesso de relacionamentos (nem todos valem a pena, não é verdade?). Viva mais com menos, experimente algum nível de minimalismo. Permita-se sentir-se livre dos acúmulos e excessos.
Nada é mais gratificante que a liberdade, a sensação de que você se basta sem precisar de um arsenal de coisas, sons e cores a seu redor. Dedique-se a experimentar essa libertadora sensação. Quem sabe viver com pouco, sempre saberá viver em quaisquer situações, mas aqueles que só sabem viver com muito, nas mínimas provações e ausências sofrem e se desesperam. Esses últimos se confundiram com seus excessos... e na falta deles, não se reconhecem.
Nunca sabemos se viveremos com o que temos, com mais ou menos no dia de amanhã, mas se aprendermos a viver com o que é essencial, viveremos sempre bem.
Todo excesso é energia acumulada em local inapropriado, estagnando o fluxo da vida. Excesso de excessos corresponde à falta de si mesmo. E se o que te falta é você, nada poderá preencher esse vazio...
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